Já ensina o ditado popular que "pra morrer basta estar vivo", sabedoria tristemente confirmada por dois fatos ocorridos no Brasil num curto espaço de tempo.
É desafiadoramente humana essa perspectiva de que tudo pode estar maravilhosamente bem num determinado momento, e num estalar de dedos o mundo se transforma em tragédia.
Há mortes que deixam surpresa a própria morte, como atestam essas duas notícias, a primeira publicada na Folha de S. Paulo no dia 19/11/12, e a segunda no UOL em 21/11/12:
Noivo morre após se ferir com copo durante festa de casamento no Rio
O militar Fábio Gefferson dos Santos Maciel, de 33 anos, morreu após sofrer uma lesão na veia femoral provocada por um copo, durante comemoração do seu próprio casamento, na madrugada desta segunda-feira (19), na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.
O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha do Governador) como morte acidental.
Maciel, que é sargento da Marinha, comemorava o seu casamento no Clube Nautilus, quando tropeçou. Com a queda, um copo do tipo tulipa que estava no seu bolso esquerdo se quebrou, cortando a veia femoral do sargento. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
Seu corpo permanece no IML (Instituto Médico Legal) e será levado por um voo pago pela Marinha para Manaus, cidade onde moram seus familiares. O enterro deverá ser na próxima quarta-feira.
Homem morre engasgado com peixe vivo durante brincadeira em pescaria no Ceará
Uma brincadeira acabou em tragédia para a família de um homem que estava passando o fim de semana no litoral de Icapuí (a 226 km de Fortaleza).
Segundo a polícia, o homem morreu engasgado depois que colocou um peixe vivo na boca para mostrar que conseguia segurá-lo com os dentes.
O peixe, da espécie solha (popularmente chamado de soia), que tem o couro escorregadio, pulou e entrou na traqueia do homem. O caso ocorreu próximo ao meio-dia do último domingo (18), quando a vítima participava de uma pescaria com amigos.
A polícia e o hospital de Icapuí, onde o homem foi socorrido, não divulgaram a identidade dele porque a família pediu restrições.
O homem morava em Fortaleza, tinha 45 anos e passava o fim de semana com a família em uma das praias de Icapuí.
De acordo com o inspetor Janilson Coutinho, da delegacia de Icapuí, esta não foi a primeira vez que o homem colocava um peixe vivo na boca.
“A família relatou que ele sempre fazia esse tipo de brincadeira. Dessa vez o peixe conseguiu se soltar, pulou para a garganta do homem e ele morreu engasgado”, disse.
A polícia não abriu investigação sobre o caso porque entendeu que se tratou de um acidente provocado pela vítima e que não houve crime.