Pode ser que a principal dificuldade dela se concretizar foi o fato de que você tê-la "cacarejado" antes de colocá-la em prática.
Muitas vezes, as pessoas têm planos sensacionais, mas perdem tempo e motivação contando-os aos outros antes de trabalharem com afinco para que eles deem certo.
Resultado: dão com os burros n'água.
Portanto, quando você tiver aquele insight, aquela ideia luminosa sobre o que fazer da sua vida, seja em que área for, não conte com o ovo antes da galinha. Guarde-a para si e, antes de mais nada, mãos à obra para implementá-la.
É o que ensina Derek Silvers em mais uma miniconferência TED, no vídeo de 3 minutos com transcrição abaixo. Aprenda:
Todos vocês, por favor, pensem em seus maiores objetivos pessoais. De verdade. Levem um segundo. Vocês precisam sentir isso para aprender. Levem alguns segundos e pensem de seu maior objetivo pessoal. Pronto? Imaginem que estão decidindo agora mesmo que vocês vão realizar isso. Imaginem que vocês contarão a alguém hoje o que fazerão. Imaginem os elogios deles e a boa impressão que terão de vocês. Não é agradável falar disso em voz alta? Vocês não sentem que estão um passo mais próximos desde já, como se isso já se tornasse parte da identidade de vocês?
Pois bem, uma má notícia: vocês deveriam ter ficado de boca fechada, porque aquele sentimento agradável, o torna menos propício a alcançar seus objetivos. Repetidamente, testes psicológicos provaram que contar a alguém a sua meta faz que a realização dela se torne menos provável. Sempre que vocês têm uma meta, existem alguns passos que precisam ser tomados, alguns trabalhos que precisam ser feitos no sentido de realizá-la. Idealmente, vocês não deveriam sentir-se satisfeitos enquanto não tivessem feito o trabalho. Mas quando vocês contam a alguém a meta de vocês, e eles reconhecem isso, os psicólogos descobriram que isso se chama uma realidade social. É como se a mente fosse iludida a sentir que ela já está feita. E então, como vocês sentiram essa satisfação, vocês ficam menos motivados a fazer o trabalho duro que é realmente necesssário. Assim, isso contradiz a sabedoria convencional de que deveríamos contar nossas metas a nossos amigos, certo? -- então, vamos guardar isso conosco, isso mesmo.
Então, vamos olhar as evidências. 1926, Kurt Lewin, fundador da psicologia social, chamou isso de "substituição." 1922, Vera Mahler descobriu, quando alguma coisa era reconhecida pelos outros, ela parecia real na mente. 1982, Peter Gollwitzer escreveu um livro inteiro sobre isso, e em 2009, ele realizou alguns novos testes que foram publicados.
Foi assim: 163 pessoas através de quatro testes separados -- cada um escreveu sua meta pessoal. Metade deles anunciaram seus compromissos com as metas à sala, e metade não anunciou. Então eles tiveram 45 minutos para fazer um trabalho que os levaria diretamente à realização das metas deles, mas disseram a eles que poderiam parar a qualquer momento. Pois bem, aqueles que ficaram com as bocas fechadas trabalharam todos os 45 minutos, em média, e quando perguntaram a eles depois, disseram que sentiam que tinham um longo caminho a percorrer até atingirem as metas deles. Mas aqueles que tinham anunciado largaram depois de apenas 33 minutos, na média, e quando perguntaram a eles depois, disseram que se sentiam bem mais próximos de atingirem suas metas.
Então, se isso for verdade, o que podemos fazer? Bem, a gente poderia resistir à tentação de anunciarmos nossas metas. A gente pode retardar a gratificação que o reconhecimento social proporciona. E podemos entender que nossas mentes confundem o falar com o fazer. Mas se a gente precisa mesmo falar sobre alguma coisa, a gente pode falar de modo que não nos proporcione satisfação, algo como, "Eu realmente quero correr essa maratona, portanto preciso treinar cinco vezes por semana, e chutem meu traseiro se eu não fizer isso, certo?"
Portanto, pessoal, na próxima vez que vocês ficarem tentados a contarem suas metas a alguém, o que vocês vão dizer? Exatamente. Muito bem.
(Aplausos)