terça-feira, 12 de novembro de 2013

Abraço do papa x abraço de afogado


Na tradicional audiência geral da quarta-feira, 6 de novembro de 2013, o papa Francisco surpreendeu o mundo ao abraçar um homem desfigurado pela neurofibromatose, também conhecida como "doença de Von Recklinghausen".

A enfermidade, de origem genética e até o momento incurável, se caracteriza pelo crescimento descontrolado do tecido nervoso conhecido como neurofibroma, e se apresenta em várias formas, que podem eventualmente ser tratadas com radioterapia ou remoção cirúrgica, caso seja possível.

Em sua pior manifestação, o enfermo pode ficar completamente desfigurado pelos tumores e arquejado pelas fortes dores, como se pode perceber pelo que aconteceu no evento com o papa.

A rejeição social é, portanto, um equivalente moderno da situação pela qual passavam os leprosos na época de Jesus, o que chama ainda mais a atenção para o belo gesto do papa em abraçar alguém que tenha essa doença.

É inevitável notar, também, o contraste do gesto papal com a atitude de certos líderes evangélicos brasileiros, que se afogam (e geram afogados) em suas preocupações e pregações com mansões, aviões, carrões e televisões, deixando de lado o cuidado com o próximo, cuidado este que - muitas vezes - se basta com um simples abraço.





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