quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Afastados três padres acusados de violar email do bispo de Foz do Iguaçu

Cuidado, D. Dirceu Vegini! O perigo mora ao lado...

Coisas estranhas andam acontecendo na Tríplice Fronteira, e não é contrabando, a não ser de fofocas...

Em Foz do Iguaçu (PR), não vale muito o ditado "vá reclamar com o bispo". 

Lá é o bispo  - D. Dirceu Vegini - que anda se queixando dos seus párocos, inclusive apelando à Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012) para enquadrar os sacerdotes na esfera criminal.

Vem chegando o verão e muita água ainda vai rolar por aquelas cataratas, conforme a notícia abaixo do G1 Paraná:

Após suposta violação de e-mails, igreja afasta três padres no Paraná

Caso aconteceu em agosto de 2012 e só foi divulgado em julho de 2013.
Segundo advogado, mensagens continham críticas a vários religiosos.

Fabiula Wurmeister

Após investigações de denúncias de violação de e-mails envolvendo a Cúria Diocesana de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, a Igreja Católica decidiu afastar três padres supostamente envolvidos no escândalo. O decreto que determina a suspensão das funções sacerdotais foi entregue aos religiosos na sexta-feira (1º) e dava prazo para que eles deixassem as paróquias até o fim da tarde deste sábado (2). Foram afastados os padres Sérgio Bertoti, Agostinho Gatelli – de Foz do Iguaçu – e Paulo de Souza, que havia sido transferido para Guarapuava.

A determinação de afastamento é assinada pela Congregação para o Clero, com sede no Vaticano, e se baseia em denúncias feitas pelo bispo Dom Dirceu Vegine e por fiéis apontando que sete padres tiveram acesso a mensagens eletrônicas confidenciais. O crime virtual envolvendo a Cúria Diocesana vem sendo investigado pela Polícia Civil e internamente pela própria igreja. A distribuição dos mais de 200 e-mails ocorreu em agosto de 2012, mas o caso só foi divulgado no dia 16 de julho de 2013 após o bispo denunciar a invasão de privacidade à polícia. O conteúdo das mensagens está sob segredo de justiça.

Procurados pelo G1, os padres confirmaram o afastamento, mas preferiram não se pronunciar. A equipe também tentou entrar em contato com o bispo de Foz do Iguaçu, mas até a publicação desta reportagem ele não havia sido encontrado para comentar o assunto.

Em nota, a Cúria Diocesana informou que a Santa Sé solicitou a investigação prévia dos três sacerdotes conforme exige o Código de Direito Canônico, a qual será feita pelo Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Cascavel, também no oeste. "O Decreto Administrativo do Tribunal Eclesiástico determinou que, durante a investigação processual, os sacerdotes citados fossem afastados de suas funções ministeriais e ofícios. As disposições atuais poderão ser revogadas ou findarão ao cessar o Processo Penal Canônico", diz o comunicado assinado pelo chaceler do Bispado, padre Mariano Venzo.

Na época em que o caso foi divulgado, o advogado Álvaro Albuquerque, que representa os sacerdotes, alegou que um funcionário roubou a senha do bispo e acessou mensagens eletrônicas confidenciais trocadas entre Dom Dirceu e outros religiosos. As mensagens continham críticas a alguns padres, cardeais e até ao Papa Francisco.

“Nestes e-mails, eles [o bispo e outros religiosos] falam mal das pessoas. O bispo falando mal do próprio Papa [Francisco], que acabou de ser eleito (...). E basicamente xingando, falando pejorativamente, colocando apelidos e denigrindo a imagem de, pelo menos, dez a 20 padres aqui da diocese”, afirmou o advogado dos padres denunciados. Ainda segundo Albuquerque, pelo menos 50 paróquias da cidade tiveram acesso ao conteúdo das mensagens particulares.

Bispo nega acusações

No dia 19 de julho, Dom Dirceu falou sobre o caso em uma entrevista coletiva concedida à imprensa. Na ocasião, ele negou que teria falado mal dos sacerdotes e afirmou que não fez denúncia pessoal a ninguém. “Eu não conheço estas críticas e queria dizer mais: a pessoa que teve acesso ao meu correio eletrônico, ela pôde, também, escrever o que ela quis. E, para me incriminar, enviar para as pessoas as quais ela achou conveniente”, defendeu-se ao dizer que só procurou a polícia para esclarecer o caso.



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