Evangélicos e política é uma combinação cada vez mais comum, infelizmente.
Que não costuma dar certo, diga-se de passagem.
Nada, entretanto, como um ato falho grandioso para revelar essa estranha incompatibilidade.
A gafe em questão aconteceu na última quarta-feira, 30 de outubro de 2013, por ocasião da reunião anual da Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Estado do Paraná (CIEADEP), realizada em Londrina.
"Prestigiando" o evento estava o atual governador do Estado, Beto Richa (PSDB).
Entre as várias decisões tomadas no congresso, uma delas foi "ungir" a vereadora curitibana Noemia Rocha (PMDB) como candidata oficial da denominação para a Assembleia Legislativa estadual.
Aí você se pergunta: desde quando existe essa tal "unção" para candidaturas políticas?
Pois é, para certos "evangélicos" hoje existe absolutamente tudo na Bíblia, que - para eles - virou uma casa de secos e molhados (para não dizer outra coisa), e é tudo ao gosto do freguês.
Estava tudo sob controle até que uma das pastoras presentes ao ágape foi chamada para fazer uma oração especial em favor do governador Beto Richa, que, todo pimpão, se preparou para receber mais uma "unção".
O problema é que - ao fazer a oração - a pastora trocou o nome do governador pelo do seu arqui-inimigo político, o ex-governador Roberto Requião (PMDB), para estupefação e constrangimento geral dos cerca de 2.000 pastores que testemunharam a involuntária "ofensa" ao atual mandatário paranaense.
Roberto Requião, é claro, não perdeu tempo nem a oportunidade e - no seu twitter - vaticinou: "recebo o acontecido como um sinal de Deus".
Já o blog do Esmael Morais, de onde vem esta informação, aproveitou para dizer que a Assembleia de Deus do Paraná está "rezando" para o "santo" errado.
Não, você está enganado. "Os Trapalhões" não foram convidados para animar o evento. Ah! e o "complexo de Balaão" não foi catalogado como, digamos, "distúrbio psicológico"...