A informação foi publicada no blog Conversa de Bicho do Estadão:
Hospital veterinário em São Paulo cria espaço para o dono se despedir do animal
Por mais que muitas vezes sabemos que a eutanásia aliviará o nosso melhor amigo de uma situação de sofrimento e que o procedimento será aplicado por ele estar em uma condição irrecuperável, a dor da perda é muito grande.
Por acreditar que o dono tem um vínculo importante com o seu melhor amigo e que o pet também tem esse laço com o seu proprietário, o Hospital Veterinário Santa Inês criou um espaço ecumênico para que, em casos que não haja mais tratamentos para o animal, ele e seu dono tenham um momento tranquilo e reservado para dizer adeus.
A Sala Ecumênica conta com uma estrutura adaptada para dar conforto para o proprietário e para os animais durante a eutanásia assistida. Construída em uma área interna, mas isolada da rotina do hospital, conta com cadeiras, mesa de granito, sistema de controle de temperatura e suporte hospitalar, garantindo a tranquilidade aos membros da família. Não há custo para utilizar o local e velar o bicho.
“Criamos esse espaço porque vimos a necessidade de haver um lugar calmo para deixar o dono à vontade para se despedir do amigo, com todo o respeito que ambos merecem”, explica Eduardo Pacheco, diretor clínico do Hospital Veterinário Santa Inês.
Para oferecer um serviço completo, o hospital firmou parceria com o Pet Memorial, empresa especializada em cremação de animais de estimação e que está no mercado há mais de 12 anos prestando esse suporte aos donos. Caso haja interesse, o proprietário pode contratar o serviço de cremação, que é feita de forma individual, e até adquirir uma bela urna para guardar as cinzas do pet.
Outra opção é o encaminhamento do corpo, após refrigeração, para as empresas Loga ou Ecourbis. Elas recolhem semanalmente os bichos que morrem em clínicas e hospitais, por serem considerados resíduos sólidos de saúde. Após a coleta, eles são levados para uma usina de incineração coletiva e é cobrada uma taxa pelo serviço.
Segundo a lei, a responsabilidade de destinação final de um animal morto é do proprietário, mas existe a certeza que depois de tantos anos juntos, dar um fim digno ao melhor amigo é algo importante e ameniza o sentimento de ter perdido um companheiro.