terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Irã condena execução de líder xiita pela Arábia Saudita


A matéria é da Agência Brasil:

Arábia Saudita sofrerá "vingança divina", diz líder supremo do Irã

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, condenou a execução do líder religioso xiita Nimr al-Nimr, ocorrida este sabado (2). Khamenei afirmou que os sauditas sofrerão "uma vingança divina" pelo ato.

"Sem dúvidas, o ilegítimo derramamento de sangue deste mártir inocente terá um efeito rápido, e uma vingança divina se abaterá sobre os políticos sauditas", disse Ali Khamenei hoje (3) sobre a morte de Nimr al-Nimr.

O religioso era opositor declarado da família real saudita e havia sido preso em 2012, após uma série de protestos da minoria xiita no Bahrein. A manifestação no país vizinho foi contida em uma ação conjunta das autoridades sauditas e barenitas e foi considerada extremamente violenta pelas entidades de defesa dos direitos humanos.

Al-Nimr era acusado de motim, desobediência ao rei e porte de armas e foi executado ao lado de 46 terroristas que pertenciam, em sua maioria, ao grupo Al Qaeda. O xiita sempre reconheceu sua posição opositora ao governo, mas negava ter incitado a violência nos protestos ou portar uma arma.

Após a execução, centenas de muçulmanos xiitas foram às ruas protestar pela morte de al-Nimr na Arábia Saudita, no Bahrein, no Iêmen, no Irã e no Líbano.

Um grupo de pessoas chegou a invadir a embaixada saudita em Teerã e destruiu o local. O governo iraniano informou que deteve 40 pessoas que teriam invadido o centro diplomático. O consulado saudita em Mashaad, no norte do Irã, também foi invadido por pessoas que protestavam contra a morte do líder.



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