Agora, parece que a situação começou a mudar. Ainda confiante no rolo compressor das medidas populistas do seu marido e antecessor, Cristina Kirchner parece que caiu no erro de imaginar que tudo pode, mesmo num país que ama e odeia os ditadores ao mesmo tempo, mas que, depois do golpe militar de 1976, passou a ter uma paranóia de autoritarismos. Parece que os Kirchner passam muito tempo divertindo-se com o karaokê em Olivos, e pensam que todos deviam simplesmente imitar e divertir-se com seus discursos. Preocupada com o desabastecimento do país, em função dos altos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional, puxados pela crescente demanda chinesa, a presidenta instituiu uma espécie de pedágio nas exportações do campo, retendo parte da produção para o mercado interno. Parece que isto foi o estopim para que os produtores rurais se rebelassem fazendo piquetes e bloqueando estradas. Cristina Kirchner, crente de que o seu poder está acima de tudo, continuou na linha autoritária, e a classe média portenha foi às ruas nas últimas noites, com seu tradicional cacerolazo para protestar. Parece que a Argentina chegou a um impasse. As pessoas querem produzir, trabalhar, ganhar dinheiro, mas o governo ainda pensa o país como um imenso quartel onde pode mandar e desmandar sem oposição. Alguma coisa começa a mudar na Argentina, e eu sinceramente espero que tudo se resolva na mais absoluta paz e para o bem do país. Resta saber se os Kirchner pensam o mesmo, porque la Argentina, mi amigo, merece mucho más!
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““Na verdade, todo homem anda qual uma sombra; na verdade, em vão se inquieta, amontoa riquezas, e não sabe quem as levará." (Salmo 39:6)
sexta-feira, 28 de março de 2008
El karaokê de los Kirchner
El karaokê de los Kirchner
2008-03-28T16:25:00-03:00
Hélio Pariz
Argentina|cidadania|política|
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