Eis o único motivo por que desejo solidão – estar perdido para todas as coisas criadas, morrer para elas e para o conhecimento delas, pois elas me lembram a distância que me separa de Ti. Elas me falam algo de Ti: que estás muito longe delas, embora nelas estejas. Tu as fizeste e a Tua presença lhes sustenta o ser, mas elas Te escondem de mim. Como gostaria de viver sozinho, fora delas! O beata solitude. Ó solidão abençoada!
Pois sabia que somente deixando-as eu poderia chegar a Ti; e por isso tenho me sentido tão infeliz quando parecia que Tu me condenavas a permanecer nelas. Agora a minha dor passou e a minha alegria está por começar: a alegria que se alegra na mais profunda dor. Pois estou começando a entender. Ensinaste-me e consolaste-me e recomecei a esperar e a aprender.
(Thomas Merton, “Diálogos com o Silêncio”, Fissus Editora, 2003, pág. 21)
Thomas Merton é puro bálsamo! Vida longa a esse blog!!!
ResponderExcluirAbraços
Alan Brizotti
Obrigado pela visita, irmão Alan! Thomas Merton tem muito a nos ensinar. Abraços!
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