Parte 13 - A teologia do suficiente
por Richard Foster
Econômica e socialmente, a visão de shalom é captada no que o Bispo John Taylor chama de “A Teologia do Suficiente”. A ganância do rico é temperada pela necessidade do pobre. Justiça, harmonia e equilíbrio prevalecem. “Ela significava um tipo dançante de inter-relacionamento, uma busca de algo mais livre do que a igualdade, mais generosa do que a equidade, o sempre-mutante equilíbrio de um sistema de vida”. Extravagância excessiva, ambição arrogante, ganância arrasadora – tudo isto é alheio à fraternidade completa e satisfeita de shalom. Sob o reinado do shalom de Deus, os pobres já não são oprimidos porque a cobiça já não domina.
Numa cena particularmente terna, Jeremias lamenta a fraude e ganância dos profetas e sacerdotes, dizendo: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias 6:14). Em suma, Jeremias havia movido uma ação por mau procedimento profissional contra os charlatões religiosos auto-produzidos. Estes haviam colocado um curativo simples sobre uma ferida social enorme e dito: “Shalom, shalom – tudo vai ficar bem”. Mas Jeremias trovejou, com efeito: “En shalom – não está tudo bem. A justiça é rejeitada, os pobres oprimidos, o órfão ignorado. Não há inteireza nem cura aqui!”.
Mas a paz terapêutica de Deus não será rejeitada para sempre. Isaías viu um dia no qual a reconciliação entre as pessoas será uma realidade, um dia quando a justiça e a retidão reinarão, um tempo em que a inteireza da paz de Deus reinará e o povo andará “na luz do Senhor” (Is 2:4-5).
(FOSTER, Richard. Celebração da Simplicidade. Campinas: United Press, 1999, p. 45-46)
por Richard Foster
Econômica e socialmente, a visão de shalom é captada no que o Bispo John Taylor chama de “A Teologia do Suficiente”. A ganância do rico é temperada pela necessidade do pobre. Justiça, harmonia e equilíbrio prevalecem. “Ela significava um tipo dançante de inter-relacionamento, uma busca de algo mais livre do que a igualdade, mais generosa do que a equidade, o sempre-mutante equilíbrio de um sistema de vida”. Extravagância excessiva, ambição arrogante, ganância arrasadora – tudo isto é alheio à fraternidade completa e satisfeita de shalom. Sob o reinado do shalom de Deus, os pobres já não são oprimidos porque a cobiça já não domina.
Numa cena particularmente terna, Jeremias lamenta a fraude e ganância dos profetas e sacerdotes, dizendo: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias 6:14). Em suma, Jeremias havia movido uma ação por mau procedimento profissional contra os charlatões religiosos auto-produzidos. Estes haviam colocado um curativo simples sobre uma ferida social enorme e dito: “Shalom, shalom – tudo vai ficar bem”. Mas Jeremias trovejou, com efeito: “En shalom – não está tudo bem. A justiça é rejeitada, os pobres oprimidos, o órfão ignorado. Não há inteireza nem cura aqui!”.
Mas a paz terapêutica de Deus não será rejeitada para sempre. Isaías viu um dia no qual a reconciliação entre as pessoas será uma realidade, um dia quando a justiça e a retidão reinarão, um tempo em que a inteireza da paz de Deus reinará e o povo andará “na luz do Senhor” (Is 2:4-5).
(FOSTER, Richard. Celebração da Simplicidade. Campinas: United Press, 1999, p. 45-46)