Exatos 476 anos atrás, segundo relembra o site Opera Mundi:
Hoje na História: 1534 - Cartazes protestantes criticando a Igreja Católica são afixados por toda a França
Em 18 de Outubro de 1534, a história do protestantismo francês viveu um dos seus momentos fulcrais, com o caso dos cartazes. Impressos em Neuchâtel por instigação do pastor François Antoine Marcourt, cartazes de 37 por 25 cm que criticam a celebração da missa tal como ela é feita oficialmente pela Igreja católica foram afixados em vários locais da França. Além disso, acusam o papa de ter instaurado a Igreja com a finalidade de reforçar seu poder. A repetição cerimonial da morte de Cristo é particularmente atacada, simbólica, no altar. Se o sacrifício já foi consumado, por que se apoderam os sacerdotes católicos deste ritual simbólico?
Os cartazes foram afixados na noite de 17 para 18 de outubro por todo o país, inclusive na residência do rei Francisco I em Amboise. Segundo os protestantes da época “os cartazes continham artigos verdadeiros sobre os horríveis, grandes e insuportáveis da missa real”. Esse episódio trouxe consequências trágicas para os protestantes da França. Francisco I, acreditando em complô, decidiria dar início a uma caça aos “heréticos”. O caso dos cartazes marcou o fim à tolerância religiosa que reinava no país fazia alguns anos.
Os argumentos teológicos dos protestantes fundamentavam-se na Epístola de São Paulo aos Hebreus. A propaganda protestante pretendia transmitir a idéia de que a eucaristia é uma blasfêmia, uma vez que a morte de Cristo não se deixa repetir. Esta demanda foi o resultado da ação de Antoine Marcourt, Pastor de Neuchâtel, também natural da Picardia.
A situação tornou-se particularmente crítica e descambou numa reação brutal por parte da Igreja católica e do estado francês. Protestantes franceses seriam encarcerados e assassinados. Em Janeiro de 1535, o rei Francisco I organiza uma procissão macabra pelas ruas de Paris que parava 6 locais distintos. Em cada uma das paradas havia um pódio onde o rei, os embaixadores e dignos membros do “parlement” se instalaram para assistir à morte pela fogueira de seis “heréticos” envolvidos no caso dos cartazes do ano anterior.
Os cartazes foram afixados na noite de 17 para 18 de outubro por todo o país, inclusive na residência do rei Francisco I em Amboise. Segundo os protestantes da época “os cartazes continham artigos verdadeiros sobre os horríveis, grandes e insuportáveis da missa real”. Esse episódio trouxe consequências trágicas para os protestantes da França. Francisco I, acreditando em complô, decidiria dar início a uma caça aos “heréticos”. O caso dos cartazes marcou o fim à tolerância religiosa que reinava no país fazia alguns anos.
Os argumentos teológicos dos protestantes fundamentavam-se na Epístola de São Paulo aos Hebreus. A propaganda protestante pretendia transmitir a idéia de que a eucaristia é uma blasfêmia, uma vez que a morte de Cristo não se deixa repetir. Esta demanda foi o resultado da ação de Antoine Marcourt, Pastor de Neuchâtel, também natural da Picardia.
A situação tornou-se particularmente crítica e descambou numa reação brutal por parte da Igreja católica e do estado francês. Protestantes franceses seriam encarcerados e assassinados. Em Janeiro de 1535, o rei Francisco I organiza uma procissão macabra pelas ruas de Paris que parava 6 locais distintos. Em cada uma das paradas havia um pódio onde o rei, os embaixadores e dignos membros do “parlement” se instalaram para assistir à morte pela fogueira de seis “heréticos” envolvidos no caso dos cartazes do ano anterior.
O rei Francisco I foi relativamente tolerante com o protestantismo.
ResponderExcluirEsse incidente deu-se porque alguém (talvez um protestante, mas talvez também um inimigo do protestantismo) afixou o cartaz na porta do próprio quarto do rei.
Francisco era um humanista, temperamental, cruel às vezes (como o foram seus contemporâneos, Henrique VIII e Cristiano II da Dinamarca), mas sabia que a ruptura da unidade religiosa na Europa colocava o campo católico nas mãos da casa da Áustria (sua inimiga), mas que os franceses não iriam aderir em massa ao protestantismo como aconteceu na Alemanha ou na Inglaterra.
Portanto, ele tinha que jogar com duas bolas.