Parece que ninguém - a não ser o próprio - esperava que Donald J. Trump vencesse as eleições americanas da última terça-feira, dia 8 de novembro de 2016, que entrou para a história como o dia em que a América acabou.
O candidato foi tratado por anos a fio como um bufão, uma espécie de bobo da corte que jamais teria chances de vitória diante da profusão de asneiras que insistia em pronunciar a cada minuto.
O establishment da política e da mídia nacionais e internacionais, reunidos em torno do hoje cadáver político de Hillary Clinton, se deliciaram com o ar canastrão, o jeito de falar de caricatura, enfim, a piada pronta chamada de Trump.
Só que os seus piores medos se tornaram realidade e Donald é hoje presidente eleito dos Estados Unidos, e não há mais nada a fazer senão aceitar o fato consumado.
Como se diz no popular, "aceita que dói menos"...
Afinal, se Donald Trump cumprir tudo o que prometeu na campanha eleitoral, da construção da muralha da fronteira com o México até o banimento de latinos e muçulmanos do território dos EUA, pouco restará a fazer senão esvair-se em lágrimas, coisa que já estão fazendo pessoas enquadradas nessa situação.
Curioso, entretanto, é ver evangélicos fundamentalistas norte-americanos e líderes russos comemorando juntos, irmanados, a eleição de Trump para a presidência dos Estados Unidos.
Sim, amigos, evangélicos e "comunistas" juntos festejando a vitória política de alguém no continente americano.
Isto pode, sim, mas só fora do Brasil, já que aqui continuarão imperando as falácias, a ignorância e a mediocridade sem fim.
Resta saber se o mundo vai nos acompanhar nesta jornada de bonde (ou tanque) sem freio em direção ao caos total.