"The Sound of Silence" ("O Som do Silêncio") é um clássico lançado em 1965 por Simon & Garfunkel que merece ser sempre revisitado.
Paul Simon e Art Garfunkel eram dois garotos de origem judaica que se encontraram aos 12 anos de idade numa escola do bairro em que moravam em Nova York, isto em 1953.
Desta junção de talentos, improvável para a pré-adolescência em qualquer tempo e circunstância, surgiu uma das duplas mais espetaculares e de maior sucesso na história da música popular, mais especificamente do gênero folk americano.
Felizmente, eles tiveram bom senso e preferiram utilizar seus nomes reais ao invés de perpetuar o Tom & Jerry, primeiro título da dupla. O mundo e o bom gosto agradecem.
Ao lado de vários outros clássicos, como "Bridge Over Troubled Waters", "Mrs. Robinson", "The Boxer" e "Homeward Bound", "The Sound of Silence" marcou uma época dourada do cancioneiro mundial, os gloriosos anos 60.
Curiosamente, a canção surgiu da influência de um fato histórico, o assassinato do presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963, mesclada com uma situação corriqueira: uma simples ida ao banheiro.
Paul Simon recorda que gostava de ir com o violão ao banheiro, para ali compor, por causa da reverberação do som nos azulejos das paredes.
No dia 19 de fevereiro de 1964, ao abrir a torneira, e ouvir o som da água caindo na pia, ele percebeu como aquilo quebrava o silêncio do recinto, e compôs os dois primeiros versos da canção:
Olá escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você de novo
Claro que nem tudo foram flores na carreira de Simon & Garfunkel, sujeita às idas e vindas que caracterizam todo duo, trio, quarteto ou banda da história da música pop.
Entre chuvas e trovoadas, abaixo vão dois vídeos dos dois cantando "The Sound of Silence". O primeiro é do antológico concerto no Central Park de Nova York em 19 de setembro de 1981, e o segundo no Madison Square Garden (também em NY), em 29 de outubro de 2009, por ocasião do 25º aniversário do Hall da Fama do Rock.
Repare que 28 anos de intervalo entre as duas apresentações não foram capazes de afetar o entrosamento, a voz e a afinação dos dois talentos natos, apesar da óbvia (e inevitável) decadência física.
No fundo, mesmo com todas as escoriações causadas pelas décadas de concertos e celebridades, eles continuam sendo os mesmos garotos que um dia se encontraram numa escola pública qualquer.
Obrigado, Simon e Garfunkel, com sua simplicidade e genialidade musicais vocês nos entregaram um mundo muito melhor do que receberam.
Obrigado, Simon e Garfunkel, com sua simplicidade e genialidade musicais vocês nos entregaram um mundo muito melhor do que receberam.
The Sound Of Silence
Tradução:
Até que enfim encontrei uma explanação oferecida à nível de literatura. Todos as metáforas empregadas num sentido literário, tais quais, o frio, a escuridão, o Deus de Neon, etc.
ResponderExcluirParabéns pelo post.
Há um ‘quê’ fúnebre na música, seja o arranjo, seja as vozes, que me atrai profundamente de modo igual às canções Hotel California (de Eagles), Stairway To Heaven (Led Zeppelin) e While My Guitar Gently Weeps (George Harrison). Essas músicas me causam arrepios como nenhuma outra coisa poderia causar.
ResponderExcluirE para completar, como se já não bastasse a boa dupla de voz e o arranjo da música, há uma letra que nos faz quedar em reflexão, igual a música Do You Know Where You're Going To (Diana Ross)
Simplesmente... maravilhosa. Uma letra que toca a alma e uma interpretação que embala o coração.
ResponderExcluirAlguém já descobriu quem é o deus de neon ... kkk, estão quase todos curvados para ele ...
ResponderExcluirCelular, hoje.
ExcluirEu gostaria de quem alguém me explicasse qual é a posição dada por eles a respeito de Deus nesta letra. Agradeço a quem!
ResponderExcluirQual é a posição dos escritores da letra sobre Deus nesta música?
ResponderExcluirComo lembra o artigo, eles tinham origem judaica, então ...
ExcluirNão importa. Deus esta em tudo. Nesse momento. Os olhos estavam fechados.
ResponderExcluirTrazendo uma aplicação pra nossa época, o deus de neon é a televisão, celulares e etcs, todos hoje se curvam perante esse "deuses" que criamos, e que nós torna silenciosos, e esse silêncio aumenta dia a dia, como um câncer, consumindo relacionamentos e tudo mais.
ResponderExcluirComentário bem claro. Obrigada.
ExcluirPerfeita explicação acerca do deus de neon. Realmente se encaixa perfeitamente nos dias de hoje. E de pensar que em 1964 nem se imaginava o uso de aparelhos eletrônicos como celulares, tablets, etc, muito menos em cores e com emissão de luz azul.
ExcluirPerfeita explicação, abriu meu entendimento,olha de 1964 já profetizou o tempo de hoje.
ExcluirEm 1905 um físico por nome Albert Einstein dissera "com o avanço das tecnologias, tenho receio das interações humanos serem afetadas". Em uma interpretação moderna como bem escreveu Felipe é isso mesmo.
ExcluirE as pessoas curvavam-se e rezavam
ResponderExcluirAo Deus de néon que elas criaram
E a placa faiscou o seu aviso
Nas palavras que formava
Gente Deus de Neoon era a placa de algum motel ou algo escrito com palavras em neon, a letra não foi feita em um dia só, talvez ele estivesse em alguma viagem e viu uma placa de motel, todos se curvam pois ela está no alto com um deus, e a "a placa faiscou seu aviso" mas uma constatação de que era uma placa de algum estabeleciomento, Nos estados unidos dos anos 60 era normal este tipo de placa, "nas palavras que formava" mais uma constatação de que era um placa de alguma coisa que ele se referia, podia ser de igreja, bar ou motel, provavelmente hoteis pois estes cantores viajavam muito.
E a placa dizia,
Excluir"As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores das casas"
Gostei da interpretação do Felipe Fox, trazida para os dias de hoje. Porém, não menos interessante foi a interpretação da Yasmin Rei,que a fez no seu contexto temporal. Ou seja, quando de sua criação. Só não dou os parabéns, porque foram as minhas interpretações também .
ResponderExcluirEquipamentos eletronicos, celulares...
ResponderExcluirSensacional as interpretações, mas gostaria de saber mais, por incrível que pareça não ficou claro ainda para mim. A letra se encaixa bem a tecnologia, mas é difícil crer que ele falava de TV e Celular se nem existia na época praticamente. Talvez essa letra tenho um significado um pouco mais obscuro. Conto com a ajuda fe todos para decifra-la.
ResponderExcluirMe desculpem, discordo de todas as explicações, mas entendo são todas muito plausíveis, mas acho que o som do Silêncio é um mal, não físico e com isso digo que o autor prefere a escuridão como amiga.
ResponderExcluirO som do Silêncio é a ignorância, a falta da busca do conhecimento, isso se inclui ao ditos acima, isso é o deus de néon cada um de nós vemos um mal, não fazemos nada para mudar, somos escravos disso.
Muito obrigado a todos!
Parece-me que a letra é mais simbólica. Poetas e compositores se utilizam de simbolismos. Não espere que o Deus Neon faça referência a um objeto inexistente na época em que foi composta a letra. Porém é um simbolismo mais amplo e com referência atemporal, podendo até encontrar significância em algo hoje. Acredito haver divergência no início do texto, em relação ao sentido da mensagem transmitida pela letra. O próprio compositor expôs sua explicação em entrevistas anos mais tarde. A relação com o evento chocante do assassinato de JFK é especulação. Uma interpretação desenvolvida a partir de um evento da época.
ResponderExcluirExiste sim conotação religiosa, política e ambiental na letra.
Tem que se analisar levando em conta referências religiosas, politicas e literárias.