segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Arqueólogos pensam ter encontrado a tumba de Alexandre, o Grande

Alexandre, o Grande, é um dos vultos históricos mais importantes da história da humanidade, que viveu entre 356 e 323 a. C., 32 anos de uma curta vida repleta de realizações gigantescas.

Filho do rei Felipe II da Macedônia e educado por ninguém menos que o grande filósofo Aristóteles, sucedeu o pai e reinou entre 336 e 323 a. C. com o nome de Alexandre III, período em que transformou o mundo então conhecido com as suas impressionantes conquistas militares que atropelaram a Babilônia e levaram o império macedônico até o Himalaia, já no subcontinente indiano.

Coube a Alexandre, por exemplo, helenizar vastos territórios que passaram a ter o grego como língua franca, o que permitiu que o mundo em que Jesus e os apóstolos viveram falasse e escrevesse na mesma língua, facilitando a propagação do evangelho como o recebemos pelo Novo Testamento.

De certa forma, até o idioma que falamos, com suas raízes greco-latinas, poderia não ser o mesmo se Alexandre não tivesse levado às últimas consequências sua sede de expansão territorial.

Poucos seres humanos, portanto, deixaram um legado tão importante que perdura até os dias de hoje.

Após sua breve e significativa vida, um dos mistérios sobre Alexandre que persistem até hoje é o local onde ele foi sepultado.

A julgar pelos relatos da época, supõe-se que o grande guerreiro tenha sido vitimado por uma febre tifoide (ou malária) na Babilônia, no dia 10 de junho de 323 a. C.

Os generais de Alexandre dividiram entre si o império que Alexandre havia conquistado, o seu corpo foi embalsamado e alojado num valiosíssimo sarcófago de ouro, e a partir daí pouco se sabe sobre o seu destino final.

Alguns supõem que o corpo teria sido enterrado no cemitério da família real em Aigai (atual Vergina), na Grécia. Outros dizem que ele passou por Mênfis, no Egito, antes de ir para Alexandria.

Ali teria ficado durante toda a dinastia ptolomaica e o corpo (ou dublê de corpo) teria sido frequentemente visitado pelos imperadores romanos que faziam visitas rituais à tumba do grande líder do passado.

Nos séculos III e IV depois de Cristo, a tumba teria sido gradualmente destruída, sendo que um tsunami devastador em 21 de julho de 365 deixou Alexandria arrasada.

Atribui-se também a uma revolta cristã do ano de 391 a destruição do que havia restado do mausoléu, e a partir daí se perderam totalmente os rastros, ainda que fictícios, dos restos mortais de Alexandre.

Só que agora, dezesseis séculos e centenas de especulações depois, arqueólogos gregos ameaçam derrubar por terra todas as versões ancestrais sobre o local do sepultamento do grande imperador.

A antiga cidade de Anfípolis, a 575 km ao norte de Atenas, seria a grande candidata a ter tamanha honra, segundo divulgou o jornal britânico Daily Mail em 23 de agosto de 2013.

Acaba de ser descoberta na região uma impressionante muralha revestida de mármore, cuja datação remete ao período da morte de Alexandre.

Com impressionantes 500 metros de comprimento e 3 metros de altura, os arqueólogos suspeitam que ela contenha alguma sepultura real, a julgar por sua suntuosidade.




O arqueólogo Aikaterini Peristeri está esperançoso de encontrar algum personagem importante enterrado por ali, mas o Ministério da Cultura da Grécia tenta acalmar o furor causado pela revelação, alertando que ainda é muito cedo para se associar o achado à tumba perdida de Alexandre.

Como todo início de descoberta arqueológica, todo cuidado é pouco. Seria espetacular saber que foi finalmente encontrado o local onde o grande imperador está sepultado, com o seu corpo minimamente preservado, mas por enquanto a situação toda parece se aventurar no terreno da fantasia.

Deleitemo-nos com esse ínfimo fio de esperança, portanto.



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