Nas eleições brasileiras, o que tem de candidata ex-BBB, ex-chacrete, funkeira, mulher-fruta, etc., concorrendo a uma boquinha eletiva não é mole, de preferência com pouquíssima roupa nos "santinhos".
Já no Irã, não adianta a candidata aparecer coberta da cabeça aos pés, que sempre aparece um religioso mala para melar a eleição.
Repare na foto ao lado. Nina Siakhali Moradi é bonita, convenhamos, mas onde será que a acharam "sexy" demais?
Para os padrões iranianos, ela deveria ser capa da Playboy, se houvesse a edição local da revista.
A notícia é do Opera Mundi:
A notícia é do Opera Mundi:
Vereadora é impedida de tomar posse no Irã por ser “sexy demais”
Nina Siakhali Moradi foi desqualificada mesmo após conseguir mais de 10 mil votos
Ser “sexy demais” foi o que impediu uma engenheira e designer de websites de 27 anos de tomar possecomo vereadora na cidade de Qazvin, no Irã, a antiga capital do Império Persa. A informação foi dada pelo periódico britânico The Times nesta quarta-feira (14/08).
A despeito das promessas do novo presidente do Irã, Hassan Rohani, de que os direitos civis femininos vão melhorar em seu governo, Nina Siakhali Moradi foi barrada de seu posto por conservadores islâmicos, que anularam sua eleição ignorando os mais de 10 mil votos que a colocaram em 14º lugar entre os 163 candidatos.
“Nós não queremos uma modelo de passarela na Câmara”, disse uma autoridade de Qazvin à imprensa local. Utilizando o slogan “Idéias jovens para um futuro jovem”, Nina defendia mais direitos para as mulheres na cidade, a restauração dos edifícios antigos e maior participação dos jovens no planejamento urbanístico. Sua candidatura havia sido analisada e aprovada pelo Judiciário iraniano.
Os cartazes da campanha de Nina continham fotos dela usando hijab (véu que cobre o cabelo, mas deixa o rosto à mostra), sem nenhum fio de cabelo aparecendo, mas, mesmo assim, grupos religiosos conservadores começaram a protestar pedindo sua desqualificação assim que a eleição foi confirmada.
Em carta ao prefeito de Qazvin, os religiosos condenaram os cartazes “vulgares e antirreligiosos”, além de afirmar que eles violavam as leis islâmicas. Entretanto, segundo o portal de notícias IranWire, havia outras objeções à campanha de Nina: sua sede teria se tornado um local de encontro para jovens, cujas roupas e comportamento provocaram críticas de seus adversários, especialmente homens mais velhos e conservadores.
Alguns críticos também disseram que Nina só foi eleita por sua beleza e juventude, segundo o IranWire. O motivo formal de sua desqualificação foi não “observar as leis islâmicas”, ainda que Nina tenha dito não ter sido informada pelas autoridades da decisão. O site ainda informa que a polícia de Qazvin também confiscou os cartazes de outras duas candidatas, Maryam Nakhostin Ahmadi e Shahla Atefeh, além de ter detido as duas por questionarem a ação.
Enquanto isso, a eleição de Rohani foi marcada pela expectativa de que seu governo possa iniciar uma nova era de direitos das mulheres no Irã. “Vou formar um ministério de assuntos das mulheres para devolver seus direitos pisoteados a elas”, afirmou durante a campanha.