Reparei que muitas pessoas chegam a este blog através do Google (obrigado pela visita!), pesquisando por alternativas que permitam fugir dos preços escandalosos dos pedágios da Rodovia Castello Branco, e outros que procuram saber quantos pedágios existem na Raposo Tavares, especialmente entre Itapetininga e Ourinhos, onde eles (ainda) não existem, e no trecho Bauru - Santa Cruz do Rio Pardo - Ourinhos - Assis - Presidente Prudente, que já foi privatizado em 17/03/09 para a concessionária CART, o que tornou a viagem entre Ourinhos e São Paulo ainda mais cara (veja a comparação mais abaixo).
Em relação a este último trecho, clique no mapa abaixo para ter uma noção de onde estão as novas praças de pedágio que proporcionam esta nova despesa aos cidadãos que já pagam imposto adoidado:
Veja agora os valores que incluem a SP 225 e a SP 327 (Bauru-Piratininga-Santa Cruz do Rio Pardo-Ourinhos), estradas que ligam o final da Castello Branco a Ourinhos, e também o trecho da Raposo Tavares até Presidente Epitácio:
SP 225 - km 251 - R$ 5,50 - Piratininga
SP 225 - km 300 - R$ 5,20 - Santa Cruz do Rio Pardo
SP 327 - km 014 - R$ 6,40 - Ourinhos
SP 270 - km 413 - R$ 7,60 - Palmital
SP 270 - km 454 - R$ 7,90 - Assis
SP 270 - km 512 - R$ 6,40 - Rancharia
SP 270 - km 541 - R$ 6,50 - Regente Feijó
SP 270 - km 590 - R$ 8,50 - Presidente Bernardes
SP 270 - km 639 - R$ 6,40 - Caiuá
Os valores acima são cobrados nos dois sentidos (interior e capital). Motocicletas também pagam pedágio, na metade do valor em cada local acima. Na dúvida, consulte-os pelo telefone 0800-773- 0090 ou pelo site deles.
Neste trecho (Santa Cruz do Rio Pardo - Ourinhos - Assis - Presidente Prudente - Presidente Epitácio), infelizmente, não há como escapar dos pedágios, salvo no trecho entre Assis e Presidente Prudente, onde você tem a opção de não pagar nada entrando na SP-284 em Assis, tomando a direção de Paraguaçu Paulista.
A distância entre Assis e Presidente Prudente é praticamente a mesma indo pela SP-270 ou pela SP-284, só que nesta última você não precisa pagar nenhum pedágio.
É só entrar na SP-284 no trevo de Assis/Londrina/Maracaí/Paraguaçu Paulista e tomar a direção desta última cidade, depois você passará por Quatá, João Ramalho, Rancharia e Martinópolis, onde a rodovia termina e se encontra com a SP-425 (Rodovia Assis Chateaubriand) que está quase toda duplicada na direção de Presidente Prudente.
Ambas as estradas (SP-284 e SP-425) estão em boas condições de conservação, mas existe o inconveniente de um alto tráfego de caminhões, que já descobriram a opção mais barata e não têm nenhum constrangimento de escolher essas vias sem pagar pedágio.
Também preferem essas rodovias um alto número de carros particulares com placas de Presidente Prudente e de outras cidades do Pontal do Paranapanema. Se você, como eles, não se incomoda com o tráfego intenso, é só tomar as precauções necessárias de segurança e você economizará R$ 20,80 em pedágios na ida (ou na volta). Com a vantagem de conhecer cidadezinhas do interior bem agradáveis, com ótimas opções de serviços, por este percurso.
No trecho São Paulo - Ourinhos, entretanto, considerando que todo cidadão tem o direito de opor-se à cobrança abusiva de pedágios, e procurar maneiras lícitas e econômicas de desviar deles, resolvi escrever uma espécie de manual de sobrevivência a essa tunga indecente, que conseguiu piorar (a partir de 07/07/14) com o novo pedágio no km 135 da Raposo Tavares (em Alambari), que agora cobra absurdos R$ 7,80 nos dois sentidos.
Até julho de 2014 se cobrava R$ 8,80 apenas no sentido capital, e não há registro de que alguém (nem o Ministério Público) tenha se disposto a investigar mais essa vergonha paulista.
Primeiramente, é necessária uma comparação das tarifas de pedágio nas duas rodovias em questão, considerando apenas os veículos de passeio, em valores de julho de 2017 (atualizamos em 01/07/17 - a atualização da tarifa é anual, todo mês de julho):
Em relação a este último trecho, clique no mapa abaixo para ter uma noção de onde estão as novas praças de pedágio que proporcionam esta nova despesa aos cidadãos que já pagam imposto adoidado:
Veja agora os valores que incluem a SP 225 e a SP 327 (Bauru-Piratininga-Santa Cruz do Rio Pardo-Ourinhos), estradas que ligam o final da Castello Branco a Ourinhos, e também o trecho da Raposo Tavares até Presidente Epitácio:
SP 225 - km 251 - R$ 5,50 - Piratininga
SP 225 - km 300 - R$ 5,20 - Santa Cruz do Rio Pardo
SP 327 - km 014 - R$ 6,40 - Ourinhos
SP 270 - km 413 - R$ 7,60 - Palmital
SP 270 - km 454 - R$ 7,90 - Assis
SP 270 - km 512 - R$ 6,40 - Rancharia
SP 270 - km 541 - R$ 6,50 - Regente Feijó
SP 270 - km 590 - R$ 8,50 - Presidente Bernardes
SP 270 - km 639 - R$ 6,40 - Caiuá
Os valores acima são cobrados nos dois sentidos (interior e capital). Motocicletas também pagam pedágio, na metade do valor em cada local acima. Na dúvida, consulte-os pelo telefone 0800-773- 0090 ou pelo site deles.
Neste trecho (Santa Cruz do Rio Pardo - Ourinhos - Assis - Presidente Prudente - Presidente Epitácio), infelizmente, não há como escapar dos pedágios, salvo no trecho entre Assis e Presidente Prudente, onde você tem a opção de não pagar nada entrando na SP-284 em Assis, tomando a direção de Paraguaçu Paulista.
A distância entre Assis e Presidente Prudente é praticamente a mesma indo pela SP-270 ou pela SP-284, só que nesta última você não precisa pagar nenhum pedágio.
É só entrar na SP-284 no trevo de Assis/Londrina/Maracaí/Paraguaçu Paulista e tomar a direção desta última cidade, depois você passará por Quatá, João Ramalho, Rancharia e Martinópolis, onde a rodovia termina e se encontra com a SP-425 (Rodovia Assis Chateaubriand) que está quase toda duplicada na direção de Presidente Prudente.
Ambas as estradas (SP-284 e SP-425) estão em boas condições de conservação, mas existe o inconveniente de um alto tráfego de caminhões, que já descobriram a opção mais barata e não têm nenhum constrangimento de escolher essas vias sem pagar pedágio.
Também preferem essas rodovias um alto número de carros particulares com placas de Presidente Prudente e de outras cidades do Pontal do Paranapanema. Se você, como eles, não se incomoda com o tráfego intenso, é só tomar as precauções necessárias de segurança e você economizará R$ 20,80 em pedágios na ida (ou na volta). Com a vantagem de conhecer cidadezinhas do interior bem agradáveis, com ótimas opções de serviços, por este percurso.
No trecho São Paulo - Ourinhos, entretanto, considerando que todo cidadão tem o direito de opor-se à cobrança abusiva de pedágios, e procurar maneiras lícitas e econômicas de desviar deles, resolvi escrever uma espécie de manual de sobrevivência a essa tunga indecente, que conseguiu piorar (a partir de 07/07/14) com o novo pedágio no km 135 da Raposo Tavares (em Alambari), que agora cobra absurdos R$ 7,80 nos dois sentidos.
Até julho de 2014 se cobrava R$ 8,80 apenas no sentido capital, e não há registro de que alguém (nem o Ministério Público) tenha se disposto a investigar mais essa vergonha paulista.
Primeiramente, é necessária uma comparação das tarifas de pedágio nas duas rodovias em questão, considerando apenas os veículos de passeio, em valores de julho de 2017 (atualizamos em 01/07/17 - a atualização da tarifa é anual, todo mês de julho):
1) Rodovia Castello Branco:
1.a) Sentido Interior
km 18 – Alphaville – R$ 4,10
km 33 – Itapevi – R$ 8,20
km 111 – Boituva – R$ 9,10
km 158 – Quadra – R$ 12,50
km 208 – Serra de Botucatu – R$ 12,50
km 278 – Iaras – R$ 8,50
SP 225 - km 300 - R$ 5,20 - Santa Cruz do Rio Pardo
SP 327 - km 014 - R$ 6,40 - Ourinhos
Total Interior = R$ 66,50
1.b) Sentido Capital
SP 327 - km 014 - R$ 6,40 - Ourinhos
SP 225 - km 300 - R$ 5,20 - Santa Cruz do Rio Pardo
km 278 – Iaras – R$ 8,50
km 208 – Serra de Botucatu – R$ 12,50
km 158 – Quadra – R$ 12,50
km 111 – Boituva – R$ 9,10
km 74 – Itu – R$ 11,00
km 20 – Alphaville – R$ 4,10
Total Capital = R$ 69,30
Total ida e volta = R$ 135,80
2) Rodovia Raposo Tavares:
2.a) Sentido Interior
km 46 – Vargem Grande Paulista– R$ 8,80
km 111 – Araçoiaba – R$ 3,70
km 135 - Alambari - R$ 7,80
Total Interior = R$ 20,30
2.b) Sentido Capital
km 135 – Alambari – R$ 7,80
km 111 – Araçoiaba – R$ 3,70
km 79 – Alumínio – R$ 8,40
Total Capital = R$ 19,90
Total ida e volta = R$ 40,20
Percebe-se, portanto, que a economia de pedágios, para quem troca a Castello Branco pela Raposo Tavares no trecho São Paulo - Ourinhos, pode chegar a R$ 95,60, valor que pode ser utilizado para completar um tanque de álcool, por exemplo, sobretudo na região de Ourinhos e Assis, onde o etanol tem o preço mais em conta.
Existe, ainda, uma ótima opção para quem viaja em direção à capital e tem moderada pressa em chegar. Para evitar os lentos trechos urbanos de Alumínio e Mairinque (atravessar São Roque, Vargem Grande e Cotia está mais fácil agora), o motorista pode entrar no acesso (Rodovia José Ermírio de Morais - "Castellinho") à Castello Branco que existe no km 91 da Raposo Tavares, em Sorocaba.
São 18 km livres de pedágio até a Castello (só se paga R$ 6,20 na Castellinho no sentido inverso, daí não ser vantagem fazer o caminho contrário). Depois, ao invés de pagar R$ 8,40 em Alumínio, se pagam R$ 11,00 em Itu e R$ 4,10 em Alphaville, o que pode eventualmente favorecer quem tem mais pressa e menos paciência.
Para conferir e obter os valores atualizados das tarifas de pedágio no estado de São Paulo, consulte o site da ARTESP .
A Raposo Tavares é uma boa opção para quem sai para viajar com tranquilidade, de preferência durante o dia, e fora dos horários de pico. Além do trecho inicial ser bastante movimentado até Cotia, existe um tráfego intenso de caminhões nos 50 km que separam Sorocaba de Itapetininga, que não incomoda mais já que a rodovia foi completamente duplicada entre as duas cidades.
O problema não é tanto o número de caminhões, que não é tão grande assim, mas a sanha arrecadadora do governo do Estado mancomunado com as concessionárias, que fazem de tudo para você pegar a caríssima Castello Branco.
Na Raposo Tavares como um todo, evite toda e qualquer tentação de desrespeitar os limites de velocidades ou ultrapassar na faixa dupla, pois a chance de você ganhar uma multa é muito grande. A Polícia Rodoviária está sempre de tocaia esperando os motoristas incautos e impacientes.
Lembre-se, também, que desde 1º de novembro de 2014, as multas por ultrapassagem proibida estão muito mais pesadas.
Aliás, eu nunca vi os policiais multando caminhões por estarem abaixo da metade da velocidade permitida para o local (100 km/h em quase toda a Raposo, salvo o trecho duplicado entre Sorocaba e Itapetininga, que - inexplicavelmente - tem limite de 80 km/h - preste bastante atenção).
Portanto, resista bravamente à tentação de ultrapassar na faixa dupla. Tome cuidado também com os radares escondidos. Não são muitos, mas sempre estão por lá.
A estrada está em boas condições em quase toda a sua extensão. O trecho entre Ourinhos e Piraju foi recapeado em 2010, mas as chuvas desde então deixaram a pista consideravelmente avariada especialmente nos cerca de 35 km entre Piraju e Ipaussu, o que revela o descaso do Governo do Estado com o dinheiro público, ao pagar dezenas de milhões de reais por um serviço que não durou nem um ano (o trecho foi recapeado algumas vezes desde então e já está bem transitável, mas tenha especial cuidado na estação das chuvas).
Evite passar à noite por este trecho em especial e tenha muito cuidado, porque alta velocidade e desatenção podem comprometer a segurança e a manutenção do veículo. Outro trecho que continua significativamente comprometido é entre Angatuba (km 204) e Itaí (km 275).
Recomenda-se atenção redobrada nas terceiras faixas (há poucas, em geral com dificuldades) e nos trevos em elipse (alongados), não só com os muitos treminhões de cana-de-açúcar como com os muitos buracos que eles sempre deixam por lá. Ali, em especial, jamais ultrapasse com faixa dupla, mesmo com total visibilidade, pois há sempre um policial à espreita.
Com relação a postos de serviço, há boa oferta de combustível, mas nem tanto de serviços e alimentação para uma parada mais agradável. Não espere encontrar um Rodoserv na Raposo Tavares. Não há, infelizmente.
O melhor posto é o antigo Tibiriçá, no km 244, na entrada para Paranapanema, que foi comprado pela rede Graal e recentemente reformado, e agora se chama Graal Holandês.
Não se sabe o gênio do Graal que trocou o brasileiríssimo nome Tibiriçá (com décadas de tradição) para Holandês, provavelmente em homenagem ao distrito de Holambra II que fica a 10km dali, ao qual você pode fazer uma visita agradável se não estiver com muita pressa.
Nada contra os holandeses, diga-se de passagem, mas se a rede Graal quisesse homenageá-los era só colocar um moinho na frente do posto (o que já foi feito, inclusive), onde também se pode comer um lanche ou fazer uma refeição em condições razoáveis (embora os preços, antes justos, agora seguem o padrão Graal de inflação).
Pelo menos tiveram a boa ideia de montar uma pequena loja de produtos típicos da Holanda, com artigos simpáticos e preços convidativos.
Outras boas opções para se alimentar, além do Tibiriçá (vai demorar até eu aceitar chamá-lo de Graal Holandês), são o também antigo Borssato (agora se chama Siquelero, no km 159, nas duas direções), o Piraju (km 325) e um restaurante caipira no km 352, entre Chavantes e Ipaussu (que tem uma comida honesta, mas com pouca personalidade e variedade).
O Posto Jurumirim, no km 309, de gloriosa tradição nos anos 60 e 70, antes do prolongamento da Castello Branco, passou por uma longa reforma, e é uma opção razoável para suas refeições. A cozinha do Jurumirim é visivelmente limpa (você pode vê-la através das vitrines dos amplos balcões), mas os banheiros são sofríveis. E o atendimento é dos piores.
Se você faz questão de banheiros rigorosamente limpos, o melhor, disparado, é o do Trevo-Itaí (km 280), onde a comida é boa também, embora sem muita variedade. No quesito "banheiro limpo", destaca-se também o Tibiriçá, recentemente reformado. O Jurumirim chegou a ter banheiros limpos logo após a reabertura, mas ultimamente tem deixado muito a desejar.
Quanto ao abastecimento de combustível, aproveite o Carrefour do Iguatemi - Esplanada Shopping de Sorocaba (km 100 – do lado do Extra e do Íbis Hotel, a 200m do trevo - preste muita atenção nas placas indicativas, a construção das marginais da Raposo em Sorocaba faz com que o acesso seja feito pela via marginal muito antes do shopping). Lá a qualidade é garantida a bons preços, o que não ocorre em toda a rodovia, e você ainda tem a opção do próprio supermercado e do shopping todo para lazer e alimentação.
A melhor parte de viajar pela Raposo Tavares é a paisagem. O rio Paranapanema serpenteia a rodovia a partir do km 230, onde ele ainda é uma bela várzea e ali existe uma vila de pescadores que vendem peixes à beira da estrada.
Depois vêm as grandes represas das usinas de Jurumirim, Piraju e Chavantes, num trecho onde o tráfego é bastante leve e o espetáculo da natureza é garantido. Por isso, também, é melhor passar pela Raposo durante o dia, para apreciar o que ela tem de melhor.
Ah, se puder, dê uma entrada em Piraju, que é uma típica cidadezinha do interior muito agradável, com uma pequena usina hidrelétrica (e a correspondente represa) no meio da cidade. A ponte bucólica passa por cima da barragem. Vale a pena a visita!
À noite, as condições de visibilidade não são tão boas entre Angatuba e Itapetininga, há muitos ônibus escolares e de trabalhadores rurais, e ainda existe a possibilidade de atropelar um tamanduá na pista, como indica o texto anterior deste blog. Melhor preservar a fauna e curtir a viagem tranquilamente.
Pagando menos, de preferência. Até porque eu não sou contra pedágios; só quero que cobrem um preço justo, o que não acontece no Estado de São Paulo.
O problema não é tanto o número de caminhões, que não é tão grande assim, mas a sanha arrecadadora do governo do Estado mancomunado com as concessionárias, que fazem de tudo para você pegar a caríssima Castello Branco.
Na Raposo Tavares como um todo, evite toda e qualquer tentação de desrespeitar os limites de velocidades ou ultrapassar na faixa dupla, pois a chance de você ganhar uma multa é muito grande. A Polícia Rodoviária está sempre de tocaia esperando os motoristas incautos e impacientes.
Lembre-se, também, que desde 1º de novembro de 2014, as multas por ultrapassagem proibida estão muito mais pesadas.
Aliás, eu nunca vi os policiais multando caminhões por estarem abaixo da metade da velocidade permitida para o local (100 km/h em quase toda a Raposo, salvo o trecho duplicado entre Sorocaba e Itapetininga, que - inexplicavelmente - tem limite de 80 km/h - preste bastante atenção).
Portanto, resista bravamente à tentação de ultrapassar na faixa dupla. Tome cuidado também com os radares escondidos. Não são muitos, mas sempre estão por lá.
A estrada está em boas condições em quase toda a sua extensão. O trecho entre Ourinhos e Piraju foi recapeado em 2010, mas as chuvas desde então deixaram a pista consideravelmente avariada especialmente nos cerca de 35 km entre Piraju e Ipaussu, o que revela o descaso do Governo do Estado com o dinheiro público, ao pagar dezenas de milhões de reais por um serviço que não durou nem um ano (o trecho foi recapeado algumas vezes desde então e já está bem transitável, mas tenha especial cuidado na estação das chuvas).
Evite passar à noite por este trecho em especial e tenha muito cuidado, porque alta velocidade e desatenção podem comprometer a segurança e a manutenção do veículo. Outro trecho que continua significativamente comprometido é entre Angatuba (km 204) e Itaí (km 275).
Recomenda-se atenção redobrada nas terceiras faixas (há poucas, em geral com dificuldades) e nos trevos em elipse (alongados), não só com os muitos treminhões de cana-de-açúcar como com os muitos buracos que eles sempre deixam por lá. Ali, em especial, jamais ultrapasse com faixa dupla, mesmo com total visibilidade, pois há sempre um policial à espreita.
Com relação a postos de serviço, há boa oferta de combustível, mas nem tanto de serviços e alimentação para uma parada mais agradável. Não espere encontrar um Rodoserv na Raposo Tavares. Não há, infelizmente.
O melhor posto é o antigo Tibiriçá, no km 244, na entrada para Paranapanema, que foi comprado pela rede Graal e recentemente reformado, e agora se chama Graal Holandês.
Não se sabe o gênio do Graal que trocou o brasileiríssimo nome Tibiriçá (com décadas de tradição) para Holandês, provavelmente em homenagem ao distrito de Holambra II que fica a 10km dali, ao qual você pode fazer uma visita agradável se não estiver com muita pressa.
Nada contra os holandeses, diga-se de passagem, mas se a rede Graal quisesse homenageá-los era só colocar um moinho na frente do posto (o que já foi feito, inclusive), onde também se pode comer um lanche ou fazer uma refeição em condições razoáveis (embora os preços, antes justos, agora seguem o padrão Graal de inflação).
Pelo menos tiveram a boa ideia de montar uma pequena loja de produtos típicos da Holanda, com artigos simpáticos e preços convidativos.
Outras boas opções para se alimentar, além do Tibiriçá (vai demorar até eu aceitar chamá-lo de Graal Holandês), são o também antigo Borssato (agora se chama Siquelero, no km 159, nas duas direções), o Piraju (km 325) e um restaurante caipira no km 352, entre Chavantes e Ipaussu (que tem uma comida honesta, mas com pouca personalidade e variedade).
O Posto Jurumirim, no km 309, de gloriosa tradição nos anos 60 e 70, antes do prolongamento da Castello Branco, passou por uma longa reforma, e é uma opção razoável para suas refeições. A cozinha do Jurumirim é visivelmente limpa (você pode vê-la através das vitrines dos amplos balcões), mas os banheiros são sofríveis. E o atendimento é dos piores.
Se você faz questão de banheiros rigorosamente limpos, o melhor, disparado, é o do Trevo-Itaí (km 280), onde a comida é boa também, embora sem muita variedade. No quesito "banheiro limpo", destaca-se também o Tibiriçá, recentemente reformado. O Jurumirim chegou a ter banheiros limpos logo após a reabertura, mas ultimamente tem deixado muito a desejar.
Quanto ao abastecimento de combustível, aproveite o Carrefour do Iguatemi - Esplanada Shopping de Sorocaba (km 100 – do lado do Extra e do Íbis Hotel, a 200m do trevo - preste muita atenção nas placas indicativas, a construção das marginais da Raposo em Sorocaba faz com que o acesso seja feito pela via marginal muito antes do shopping). Lá a qualidade é garantida a bons preços, o que não ocorre em toda a rodovia, e você ainda tem a opção do próprio supermercado e do shopping todo para lazer e alimentação.
A melhor parte de viajar pela Raposo Tavares é a paisagem. O rio Paranapanema serpenteia a rodovia a partir do km 230, onde ele ainda é uma bela várzea e ali existe uma vila de pescadores que vendem peixes à beira da estrada.
Depois vêm as grandes represas das usinas de Jurumirim, Piraju e Chavantes, num trecho onde o tráfego é bastante leve e o espetáculo da natureza é garantido. Por isso, também, é melhor passar pela Raposo durante o dia, para apreciar o que ela tem de melhor.
Ah, se puder, dê uma entrada em Piraju, que é uma típica cidadezinha do interior muito agradável, com uma pequena usina hidrelétrica (e a correspondente represa) no meio da cidade. A ponte bucólica passa por cima da barragem. Vale a pena a visita!
À noite, as condições de visibilidade não são tão boas entre Angatuba e Itapetininga, há muitos ônibus escolares e de trabalhadores rurais, e ainda existe a possibilidade de atropelar um tamanduá na pista, como indica o texto anterior deste blog. Melhor preservar a fauna e curtir a viagem tranquilamente.
Pagando menos, de preferência. Até porque eu não sou contra pedágios; só quero que cobrem um preço justo, o que não acontece no Estado de São Paulo.