quarta-feira, 11 de abril de 2012

Terrorista "cristão" norueguês não é tão maluco assim

Está para ser julgado - finalmente - Anders Behring Breivik, o extremista norueguês tristemente famoso pelo massacre de 77 pessoas inocentes na ilha de Utoya, perto da capital Oslo, em 22 de julho de 2011. 

Dizendo-se "fundamentalista cristão", seja lá o que isto signifique, Breivik foi declarado insano numa avaliação preliminar encomendada pelo Tribunal que julga o caso, em novembro do ano passado. 

Entretanto, novos exames psiquiátricos divulgados ontem, 10 de abril de 2012, indicam que o maluco norueguês não é tão maluco assim, podendo ser criminalmente indiciado e julgado pelo crime perpetrado.

A mais recente conclusão psiquiátrica foi divulgada seis dias antes do julgamento final de Anders Breivik. Embora o seu resultado não seja definitivo, desde que ele venha a ser confirmado pelo Tribunal, isso poderá significar que o terrorista poderia pegar no máximo 21 anos de prisão comum, o que não aconteceria se o veredito anterior de insanidade prevalecesse, o que o submeteria indefinidamente a um isolamento perpétuo numa instituição de saúde mental.

Pela avaliação de novembro último, Breivik foi diagnosticado como portador de esquizofrenia paranoide, o que gerou muitas críticas exatamente por se duvidar que algum psicótico desse tipo pudesse empreender uma matança tão detalhadamente organizada e - infelizmente - executada da maneira como ele se portou.

Diante disso, o juiz da causa requereu a nova perícia, levada a cabo pelos psiquiatras Terje Toerrissen e Agnar Aspaas, que concluíram que Anders Behring Breivik não estava sob o efeito de um surto psicótico no dia 22 de julho de 2011, em que deu vazão à sua versão trágica de terrorismo escandinavo, inclusive com "plantação" de bombas em edifícios públicos.

Entretanto, tudo ainda está para ser debatido e decidido durante o julgamento que começará na segunda-feira que vem, dia 16 de abril. Estima-se que o procedimento demorará o assustador prazo de cerca de 10 semanas até que se chegue ao veredito final. Quem viver, verá...

Agora, cá entre nós, que ninguém nos ouça ou leia, mas maluco mesmo é quem acredita na Justiça da Noruega ou do Brasil...

Fonte: The Guardian





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