sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cientistas investigam possibilidade de todos estarmos - sim! - numa Matrix

Você se lembra da trilogia Matrix, que fez muito sucesso nos cinemas alguns anos atrás? Já se sentiu como se vivesse num universo onde você é manipulado assim como todos nós?

Aproveitando a referência cinematográfica, você já teve vontade de tomar a pílula vermelha e ver a realidade (ou a verdade) exatamente como ela é?

Pois é, parece que alguns cientistas estão estudando a fundo a possibilidade de - pelo menos - testar se tudo o que existe à nossa volta é mesmo uma simulação, ou se você preferir, se somos todos personagens de um jogo virtual.

Parece brincadeira, mas o assunto é sério. Duas matérias recentes, transcritas abaixo, resumem (bastante) as iniciativas científicas em questão.

Se você quiser se aprofundar no tema, há matérias em inglês que podem ser lidas na Technology Review do MIT, no The Simulation Argument e no Phys.org.

O primeiro artigo foi publicado no Tecmundo em 21/09/12 e o segundo no Yahoo em 15/10/12:




Cientista da NASA sugere que podemos estar vivendo dentro de um game. Neste momento!

Maria Luciana Rincon Y Tamanini

Pesquisador acredita que programadores do futuro podem ter criado mundos virtuais e que o Universo como conhecemos pode ser um deles.

Rich Terrile, diretor do centro de computação evolutiva e design automatizado do centro tecnológico JPL da NASA, em uma entrevista ao site Vice, afirmou acreditar que o Universo como conhecemos hoje pode ser uma simulação criada por programadores do futuro. Será que isso não remete um pouco ao filme “Matrix”?

De acordo com Terrile, o crescente poder dos computadores pode significar que, no futuro, os humanos serão capazes de criar seus próprios universos e simulações, o que, portanto, o leva a questionar: quem garante que neste exato momento não fazemos parte de uma dessas criações?

Supercomputadores do futuro

Segundo o cientista, a NASA já conta com supercomputadores capazes de processar informações duas vezes mais rápido do que o cérebro humano e, se levarmos em consideração que o poder desses dispositivos duplica a cada dois anos — de acordo com a Lei de Moore —, dentro de uma década essas máquinas poderão processar o equivalente a 80 anos de pensamentos produzidos por uma única pessoa em um prazo de apenas um mês.

Assim, conforme acredita Terrile, quando dentro de 30 anos for lançado um novo PlayStation, por exemplo, o console provavelmente terá a capacidade de processar 10 mil vidas em tempo real e simultaneamente. Considerando que certamente existirão mais de 100 milhões de unidades desses dispositivos no mundo, isso significaria que existirão mais pessoas vivendo nos consoles do que existem hoje no mundo.

Mundo real x simulações

Terrile usa como exemplo os universos super-realistas criados para alguns jogos, que simulam um mundo natural e permitem que os jogadores o explorem em detalhe. O cientista calculou qual seria o tamanho de um universo desses, chegando à conclusão de que eles podem ser incrivelmente gigantes, embora sejam abreviados pelos próprios gamers, conforme vão sendo explorados durante a jogatina.

O cientista sugere que os universos dos games e o nosso Universo se comportam da mesma forma. Conforme explicou, para a mecânica quântica, até que uma partícula seja observada, ela não apresenta um estado definido. E, embora ainda não exista uma explicação para esse fenômeno, Terrile afirma que uma possibilidade seria que estamos vivendo dentro de uma simulação, vendo o que precisamos ver conforme “desbloqueamos fases”.

Você pode conferir a — maluca — entrevista (em inglês) que Rich Terrile deu ao pessoal do site Vice na íntegra através deste link.

Fontes: Vice e KOTAKU




Físicos de universidade alemã querem provar se vivemos na “Matrix”

Charles Nisz

O físico Silas Beane e uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bonn (Alemanha) querem provar se vivemos ou não numa realidade artificial. Para ele, todo o nosso universo é como a "Matrix" do filme de 1999, estrelado por Keanu Reeves.

De acordo com Beane, a "limitação da visão humana sobre a realidade" é que nos impede de perceber que estamos dentro de uma simulação de computador. Para perceber isso, há uma solução: "montar a nossa própria simulação do universo", explica o cientista alemão.

Simulações como essa surgiram para explicar com funcionam as forças que "grudam" quarks e glúons (micropartículas atômicas) em prótons e neutrons - formadores do núcleo atômico. Acredita-se que simular as reações em nível sub-atômico seria o mesmo que simular o funcionamento do Universo em si.

Apesar desses cálculos usarem os computadores mais potentes, é difícil recriar as condições iniciais do Universo, por conta do tamanho minúsculo dessas partículas. Para se ter ideia, cada uma dessas partículas mede um femtometro, 10^-15 metros - isto é, um quadrilionésimo de um metro ou 0,000000000001 milímetros. Os cientistas só não disseram o que aconteceria se a gente descobrisse a Matrix. (vi no Daily Mail)



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