Alexandre, o Grande não tem descanso. Pelo menos o que restou de seus ossos, se é que eles estão enterrados em algum lugar, não podem "dormir" em paz.
Em agosto de 2013, traçamos aqui no blog um breve perfil de Alexandre e do mistério que envolve o destino final de seu sarcófago de ouro, quando se especulou que ele estaria enterrado na Grécia.
Apesar do furor que a notícia causou mundo afora naquela época, não se soube mais dos desdobramentos da busca pela tumba perdida de Alexandre em terras gregas.
Agora vem do Egito a notícia de que Alexandre continuaria sepultado em Alexandria, último local onde se sabe que seu sarcófago esteve, até o início da era cristã.
O World News Daily Report informa que uma equipe de arqueólogos e historiadores poloneses encontrou um estranho mausoléu enquanto exploravam a cripta de uma antiga igreja cristã na cidade egípcia que leva o nome do antigo rei macedônio.
A tumba seria feita de mármore e ouro, e estaria situada numa área conhecida como Kom el-Dikka, no centro da cidade de Alexandria, apenas 60 metros distante da mesquita de Nebi Daniel.
Trata-se, segundo os pesquisadores, de um grande monumento, aparentemente selado e escondido durante o século III ou IV depois de Cristo, momento em que o cristianismo se tornou a religião hegemônica do Império Romano.
A decoração do mausoléu seria, também, uma homenagem à natureza multicultural do império conquistado por Alexandre, combinando influências artísticas e arquitetônicas de origem grega, egípcia, macedônia e persa, com inscrições em grego, além de alguns hieroglifos egípcios, mencionando que a tumba é dedicada ao "rei dos reis, e conquistador do mundo, Alexandre III".
Haveria ainda um sarcófago quebrado, feito de cristal, possivelmente danificado durante os distúrbios políticos e religiosos que sacudiram Alexandria durante o reinado de Aureliano, por volta de 270 d. C.
Dentro do sarcófago haveria ainda 37 ossos, na maioria quebrados, provavelmente pertencentes a uma única pessoa adulta do sexo masculino, que, somente após a datação por carbono-14, poderá determinar a que era pertenceram.
Como você percebe, usamos e abusamos aqui de verbos no condicional, já que tudo que envolve Alexandre, o Grande, é sempre objeto de muitas especulações e falsificações.
Além disso, a notícia foi divulgada em portais um tanto quanto desconhecidos, sobre os quais, entretanto, não paira nenhuma suspeita anterior de, digamos, desinformação, mas todo cuidado é pouco.
Além disso, a notícia foi divulgada em portais um tanto quanto desconhecidos, sobre os quais, entretanto, não paira nenhuma suspeita anterior de, digamos, desinformação, mas todo cuidado é pouco.
O próprio fato de existir uma equipe polonesa investigando uma antiga igreja cristã em território copta no Egito já soa um tanto quanto estranho, convenhamos, a começar pelo fato de que os "poloneses" representam para as piadas que os americanos contam o papel que os brasileiros destinam aos "portugueses" nos seus chistes.
Piadas à parte, o Centro Polonês de Arqueologia, apesar de pouco conhecido, goza de alguma reputação não manchada até agora e - talvez - o que chama mais a atenção é o fato de que eles escavavam uma antiga igreja cristã e teriam encontrado algo totalmente inesperado.
Divulgamos a notícia com o fim de que ela seja mais conhecida e mais pessoas acompanhem o desenrolar do processo.
Aguardemos, então, maiores informações sobre o suposto achado, se é que elas algum dia virão.