quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Inédito: Vaticano prende bispo acusado de pedofilia

Papa Francisco não varreu sujeira de Wesolowski para debaixo do tapete

Józef Wesołowski foi consagrado bispo de Sléibhte (Polônia) em 2000 pelo papa João Paulo II, que, em 1972, quando ainda era o cardeal Karol Wojtyła, o havia ordenado padre.

Sobre Wesołowski pesam acusações de pedofilia quando foi núncio apostólico do Vaticano na República Dominicana, de 2008 a 2013. 

Ele já havia sido laicizado (retirado de suas funções sacerdotais pelo processo canônico próprio) em junho de 2014.

A matéria é da BBC Brasil:

Papa ordena 1ª prisão dentro do Vaticano de acusado de pedofilia

O papa Francisco ordenou pessoalmente nesta terça-feira a detenção de um ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé acusado de pedofilia, no primeiro caso de prisão no Vaticano de alguém suspeito de cometer esse crime.

O polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi representante diplomático da Igreja Católica (núncio) na República Dominicana de 2008 a 2013.

Ele havia sido chamado de volta ao Vaticano no ano passado, após terem surgido acusações na mídia do país caribenho de que ele teria cometido abuso sexual de crianças. Em junho deste ano, Wesolowski foi destituído do cargo de arcebispo por um tribunal do Vaticano. Desde então, ele vivia dentro de um convento na cidade-estado. Segundo um porta-voz da Santa Sé, Wesolowski está sendo mantido em prisão domiciliar no mesmo local devido à fragilidade de sua saúde.

Fato inédito

É a primeira vez que um prelado do alto escalão da Igreja Católica é preso dentro do Vaticano.

Em Roma, ele aguardava o julgamento de sua solicitação de imunidade diplomática por parte da Justiça dominicana e da Polônia, onde nasceu.

O arcebispo deve ir a julgamento no fim deste ano também em um tribunal do próprio Vaticano.

De acordo com o porta-voz papal, o padre italiano Federico Lombardi, o papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do prelado para que as acusações graves possam ser examinadas sem atraso.

Desde que foi escolhido para chefiar a Santa Sé, no ano passado, o pontífice argentino vem tentando estabelecer como uma das marcas de sua administração o combate às denúncias de pedofilia dentro da Igreja Católica.



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