segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dunga não quer pastores na seleção que tentará classificação para a Copa 2018


Caramba! Como o tempo passa! Depois de todo o bafafá que rondou a Copa do Mundo no Brasil, já começamos a falar sobre a próxima Copa que será realizada na Rússia em 2018.

Também, cá entre nós, depois daqueles 7x1 da Alemanha, o interesse na seleção brasileira de futebol despencou vertiginosamente.

Começam esta semana, entretanto, as eliminatórias sul-americanas para a Copa 2018, sem nenhuma novidade nem perspectiva de que algo vá mudar no futebolzinho apresentado pelos brasileiros.

Dunga, depois do fracasso na Copa do Mundo de 2010 (África do Sul), foi chamado de volta para comandar o time e, ao contrário do que aconteceu na sua última passagem pela seleção, desta vez não quer ver pastores circulando no meio dos jogadores.

Algo bem diferente do que aconteceu naquela ocasião, quando sua turminha ficou conhecida como "a igrejinha do Dunga".

Na época, publicamos também - entre outros - os seguintes artigos, que servem para contextualizar o que ocorreu:



Já a matéria abaixo foi publicada pela ESPN Brasil em 17/09/15:

Dunga reprova presença de pastor e diz que seleção não é lugar para exposição religiosa

O técnico Dunga não gostou nem um pouco da presença de um pastor na concentração da seleção brasileira durante os amistosos do início de setembro nos Estados Unidos. Na entrevista coletiva de convocação da equipe para as eliminatórias, nesta quinta-feira, o treinador deixou claro que reprovou a reunião religiosa com a participação de alguns jogadores e afirmou que a "seleção brasileira não é o local para 'exposição religiosa'.

De acordo com reportagem publicada pelo site "Globoesporte.com", Kaká, Alisson, Douglas Santos, Douglas Costa, Fabinho, Jefferson, David Luiz, Lucas, Marcelo Grohe e Lucas Lima foram os atletas que se encontraram com o pastor Guilherme Batista.

"Eu não permiti, nem eu, nem o Gilmar e nem a seleção. Dentro da seleção as coisa são feitas com transparência. Nós temos uma sala onde os jogadores podem receber seus familiares ou pessoas mais perto. Não é que nada é proibido, mas na seleção brasileira não é local de exposição religiosa, política. Ali nós temos que nos concentrar no que estamos fazendo, que é jogar futebol apenas", disse Dunga.

Kaká, um dos mais experientes daquela convocação e que participou da reunião com o pastor, não foi convocado nesta quinta para o início das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, para os jogos contra Chile e Venezuela. Outros vários jogadores que estavam presentes no culto, no entanto, foram chamados. Apesar de ter se incomodado com o encontro religioso dentro do hotel na cidade de Boston, Dunga negou que isso tenha influenciado em sua lista de convocados.

"Isso não influencia em nada a convocação ou não convocação dos jogadores. O que avaliamos é a condição técnica, física, tática e, lógico, o comportamento do jogador. Não é porque alguém errou alguma vez, que temos que cortar a cabeça. Mas se o erro se repetir, você vai tomar uma decisão", afirmou o treinador.

Dunga ainda falou sobre a foto postada nas redes sociais na internet em que aparece ao lado do pastor, com a seguinte legenda: "Café da manhã com o chefe aqui em Guarulhos".

"Quando o rapaz coloca a foto em rede social, vou te falar o quanto de dificuldade a gente encontra e o quanto as pessoas querem se aproveitar da mídia. Eu estava tomando um café no aeroporto em São Paulo, ele pediu para tirar uma foto comigo como se fosse torcedor e depois colocou na internet dizendo que eu era chefe dele. Olha o cuidado que a gente tem que tomar. Eu acredito que todas as religiões são boas, cada um tem a sua, mas ali não é local para esse tipo de exposição. Já conversamos com os atletas e expomos nosso pensamento. Quando quero fazer o bem, não preciso divulgar ao mundo todo que estou fazendo o bem", finalizou.



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