terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vereador paulista quer proibir canção "atirei o pau no gato"


Ao que parece, o bom senso tem prevalecido com essas antigas canções infantis, que tiveram suas letras mudadas ao gosto do freguês ecologista de plantão.

A dúvida é se isso precisa ser feito por lei, conforme a matéria do Brasil Post:

Vereador de Sertãozinho (SP) quer proibir alunos de cantar 'Atirei o pau no gato'

Um projeto protocolado na Câmara Municipal de Sertãozinho, no interior de São Paulo, quer proibir que a canção popular "Atirei o pau no gato" seja cantada nas escolas da cidade. A proposta é de autoria do vereador Rogério Magrini (PTB), que também é humorista e conhecido como "Zezinho Atrapalhado".

Ele garante, porém, que o projeto é coisa séria e visa impedir a cantiga popular que, em sua visão, estimula maltratar os animais. Diz ainda ter um abaixo-assinado com 300 assinaturas favoráveis à proibição, que até agora não ganhou a simpatia dos demais vereadores.

O projeto está tramitando há seis meses e ainda não tem data para ir à votação. O autor defende que a tradicional cantiga seja substituída por uma nova versão desenvolvida por entidades de defesa dos animais.

Essa canção é parecida com a original, mas tem um texto diferente e cuja letra diz, entre outras coisas, "Não atire o pau no gato-to".

O projeto tem entre os defensores uma ONG de Sertãozinho que cuida de cães e gatos. Diz o vereador Zezinho Atrapalhado que a ideia de proibir a música surgiu após crianças de uma creche serem vistas jogando pedras em um gato. Uma pessoa ligada à entidade teria então sugerido a lei visando combater a cultura de maltrato ao animal.

Trâmite

"Temos de proteger os animais e não maltratá-los", falou o vereador. Ele já é o autor de outros projetos polêmicos na cidade, como um que criou o Dia da Consciência Branca. Mas essa proposta de proibir a cantiga tem a resistência do presidente da Câmara, Silvio Blancacco (PSDB).

Para ele, a iniciativa vai contra a liberdade de expressão. O político alega que, além disso, o projeto precisa primeiro obter os pareceres favoráveis das comissões internas do Legislativo, coisa que ainda não ocorreu, antes de ser liberado para ir a plenário.



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