quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Estaria a Opus Dei por trás de um complô contra o papa?


A dúvida foi levantada no IHU:

"O complô contra o papa traz a marca Opus Dei"


"Fui eu que alertei o professor Takanori Fukushima sobre a notícia do jornal Quotidiano Nazionale, segundo a qual ele teria diagnosticado um tumor benigno no cérebro do Papa Francisco. E ele não conseguia entender. E logo disse que havia encontrado apenas uma vez o pontífice, em audiência pública." 


A reportagem é de Giorgio Meletti, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 27-10-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.


Entrevistado por Enrico Cisnetto para o talk show Roma Incontra, Luigi Bisignani [jornalista italiano] se confirma como pessoa informada sobre fatos alheios. Neste caso, ajuda-lhe um acaso da vida. Em 2011, quando pactuou a pena de um ano e sete meses pelas inúmeras acusações (incluindo conspiração criminosa e corrupção) no processo P4, ele disse que tinha tratado a rendição judicial porque preferia lidar com a saúde da sua filha. Que tinha sido curada justamente por Fukushima com 18 horas de cirurgia no cérebro.

O conhecimento de Fukushima permite que Bisignani note que, para um dos mais famosos neurocirurgiões do mundo, deslocar-se de helicóptero ou jato particular é um hábito. Isso não basta para desclassificar como um equívoco a notícia do papa doente: certamente, é um veneno com a marca Opus Dei.

"O papa está muito bem, come muito rápido, é um verdadeiro glutão e também engordou um pouco, ele adora as trufas, embora, em certo ponto, entendeu que um papa não deve exagerar. Portanto, está em andamento uma guerra entre a Opus Dei e os jesuítas. Os primeiros pensam que são os jesuítas do terceiro milênio, mas os segundos têm o papa nas suas fileiras", explica Bisignani, que confirma as insinuações confiadas à queima-roupa a um artigo no jornal Il Tempo.

"A fantasia de Dan Brown poderia até localizar o protagonista em um edifício art nouveau a poucos passos da Villa Borghese, que, durante os anos de Wojtyla, viu vários deles, de todas as cores, com uma preferência pela cor púrpura."

É transparente a referência à habitação do ex-porta-voz de Karol Wojtyla, Joaquín Navarro-Valls, próximo do Opus Dei.

Porém, a conexão do complô anti-Bergoglio com "as medidas desesperadas de um ex-poderoso monsenhor espanhol do qual o Vaticano, por prudência, até cortou o celular de serviço" é enriquecida com apenas um detalhe: "Eu juro que não me lembro como ele se chama, neste momento me foge, mas começa com B".

De fato, já era clara a referência ao Mons. Lucio Anjo Vallejo Balda, ex-secretário aposentado da Prefeitura para os Assuntos Econômicos, outro homem da Opus Dei.

Bisignani vigia. Há seis meses, ele revelou uma carta anônima de ameaças contra Jorge Bergoglio ("Em breve, São Pedro será purificado com o teu sangue"), cheia de detalhes muito precisos sobre os compromissos do papa, dos cardeais da Cúria e dos empregados das maiores basílicas e santuários, "mais bem atualizados do que o Anuário Pontifício".

O resto, nos próximos capítulos.



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