quarta-feira, 2 de março de 2016

Mark Driscoll acusado de estelionato por sua ex-igreja

Mark Driscoll querendo esganar alguém (risos)

Em agosto de 2014 anunciamos aqui no blog que a Mars Hill Church, mega-igreja de Seattle (Estado de Washington), havia botado Mark Driscoll pra correr.

Pedimos desculpas ao leitor que não conhece o histórico de Driscoll e estranhe o nosso linguajar, mas é este o estilo dele falar, ao qual nos adaptamos ao longo do tempo.

Enquanto ele nadava de braçada na igreja que fundou em Seattle em 1996, e era o pastor pop de uma nova geração de evangélicos americanos, parece que ele se sentiu autorizado a falar qualquer asneira sem que fosse cobrado por isso.

Entretanto, a sua pretensa imunidade às críticas não resistiu à sucessão de controvérsias e polêmicas.

Primeiro, chamou os dirigentes de louvor de "afeminados". Depois disse que "masturbação é uma forma de homossexualidade". Posteriormente, insinuou que Ester teria sido prostituta e disse que não estava "nem aí para o aquecimento global".

As coisas assim prosseguiram até que a direção da Mars Hill Church não aguentou mais a prepotência e - por que não dizer - a vaidade de Driscoll e, de uma maneira não tão velada como queriam, o defenestraram.

Já naquela época, pesavam sobre ele acusações de plágio, de malversação dos fundos da igreja e do tratamento rude que ele dispensava aos líderes e membros da igreja.

Driscoll tirou uma licença de algumas semanas e em outubro de 2014 renunciou à liderança da Mars Hill Church, avisando que se dedicaria a um período de reflexão e meditação.

A catástrofe foi tão grande que a própria Mars Hill Church desmoronou qual um castelo de cartas e fechou as portas em dezembro daquele ano.

Esse exílio autoimposto terminou no começo de fevereiro deste ano, quando Mark anunciou que estava fundando uma igreja em Phoenix, capital do Estado do Arizona, com o nome de "The Trinity Church".

Menos de um mês após sua reaparição pública, chega a notícia de que ex-líderes de sua antiga igreja decidiram processá-lo pela malversação de fundos tipificada no direito penal norteamericano como "racketeering".

Não existe um equivalente exato para este crime no Brasil. O mais próximo que o nosso Código Penal chega dele é um meio-termo entre estelionato e extorsão. "Racketeering" é um delito típico da máfia americana.

A acusação que pesa sobre Driscoll é a de que ele teria utilizado o nome da igreja para arrecadar fundos para missões e desviou este dinheiro para promoção pessoal.

A petição de denúncia ("plaintiff") foi disponibilizada na íntegra pelo portal "The Daily Beast" para aqueles que gostam do tema e têm familiaridade com a terminologia jurídica em inglês, e pede, entre outras coisas, uma espécie de "prestação de contas" de Driscoll e do antigo executivo da igreja, John Sutton Turner.

Só que Driscoll, quem diria, pode terminar arbitrando lutas de MMA na prisão, vai saber...

Seattle, ah, Seattle, tão bela, tão agradável, prepare-se para mais nuvens negras no horizonte.

A fonte das informações aqui repassadas é o "Religion News Service".



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