O momento atual do conhecido pastor Mark Driscoll, da Mars Hill Church em Seattle (WA), nos Estados Unidos, é uma polêmica que ele próprio - talvez inadvertidamente - criou. A "bola dividida" começou com uma pergunta que ele fez na sua página do facebook:
("Então, qual história você tem pra contar sobre o anatomicamente macho líder de louvor mais afeminado que você já tenha testemunhado pessoalmente?")
Ainda que a questão tenha sido proposta de maneira um tanto quanto enviesada e enigmática (mesmo em inglês), a repercussão não demorou muito pra se manifestar, e Mark Driscoll se viu envolvido numa polêmica com os próprios irmãos na fé.
Uma das primeiras reações, segundo informa o site Urban Christian News, veio da escritora cristã Rachel Held Evans, que acusou Driscoll de bullying, acrescentando que "se esta questão do facebook fosse a primeira ofensa do Pr. Mark Driscoll, não seria necessária uma resposta forte.
Mark, entretanto, desenvolveu um padrão de imaturidade e falta de gentileza que tem permanecido largamente negligenciada pela sua igreja.
Nos círculos evangélicos ele age como o garoto de colégio que faz piadas cruéis em qualquer oportunidade que se apresenta, utiliza as palavras "gay" e "bicha" para descrever as coisas que ele mais detesta, encorajando seus amigos a sujeitar ao ridículo os garotos impopulares, e rebaixa os caras que não são "machos" ou "másculos" o suficiente para estar no seu clube".
Um trecho do texto de Rachel H. Evans merece ser traduzido e ampliado por se aplicar a tantas situações conflituosas da vida cristã:
Homens de Deus ajudam as pessoas, e não tiram sarro delas.
Homens de Deus honram as mulheres, e não as rebaixam.
Homens de Deus amam seus próximos gays e lésbicas, e não os ridicularizam.
Homens de Deus celebram a feminilidade, e não a espancam.
Homens de Deus estão seguros de sua sexualidade, e não precisam ostentá-la.
Homens de Deus buscam a paz, e a ela não renunciam.
Homens de Deus pairam sobre a violência, e não a glorificam.
Homens de Deus constroem a Igreja, e não a envergonham.
Homens de Deus imitam a Cristo - que louvou os misericordiosos e aqueles que buscam a paz, que esteve ao lado dos explorados e abusados, que mostrou compaixão pelos caídos e oprimidos, que valorizou as mulheres, e que amou seus inimigos ao ponto de morrer por eles.
Homens de Deus honram as mulheres, e não as rebaixam.
Homens de Deus amam seus próximos gays e lésbicas, e não os ridicularizam.
Homens de Deus celebram a feminilidade, e não a espancam.
Homens de Deus estão seguros de sua sexualidade, e não precisam ostentá-la.
Homens de Deus buscam a paz, e a ela não renunciam.
Homens de Deus pairam sobre a violência, e não a glorificam.
Homens de Deus constroem a Igreja, e não a envergonham.
Homens de Deus imitam a Cristo - que louvou os misericordiosos e aqueles que buscam a paz, que esteve ao lado dos explorados e abusados, que mostrou compaixão pelos caídos e oprimidos, que valorizou as mulheres, e que amou seus inimigos ao ponto de morrer por eles.
A reação à pergunta foi tão forte que, após pouco mais de 600 comentários, ele a retirou do seu perfil no facebook, escrevendo posteriormente uma espécie de pedido de desculpas (que não atingiu o objetivo de se desculpar, se é que Driscoll o teve), em que diz que às vezes publica opiniões que deveriam ser melhor trabalhadas pessoal e intimamente.
Entretanto, o estrago já estava feito, e muitos crentes - que sofreram bullying na escola por serem afeminados - também comentaram sobre o tema, como Tyler Clark, que disse que, felizmente, teve o apoio de sua igreja e seu pastor quando tinha apenas 13 anos de idade, para vencer o preconceito e ser um homem adulto, cristão, feliz e realizado.
Muitos dirigentes de louvor de conceituadas igrejas evangélicas norteamericanas se mostraram igualmente ofendidos com o preconceito escancarado de Driscoll.
Outros, como Tony Jones, foram mais duros com o pastor de Mars Hill, satirizando a sua paixão por MMA (Mixed Martial Arts - o antigo "vale-tudo"), fazendo uma espécie de "bullying reverso" com a declaração de Mark Driscol de que "não existe nada mais puro do que dois homens lutando num ringue, sem bolas, bastões, varas, ajuda, time, só pra ver qual deles é melhor" (frase em inglês na primeira gravura acima, além do vídeo abaixo).
Para Jones, "não existe nada mais homoerótico do que MMA", questionando o gosto de Driscoll por dois machos suados lutando com sungas apertadas.
Enfim, tudo se resume em um festival de ofensas (algumas bem baixas) disparadas por cristãos contra cristãos, e - simplesmente - nada disso teria acontecido se Driscoll tivesse pensado melhor antes de pressionar a tecla ENTER.
Parece que é sempre bom você contar até 10 antes de publicar as suas ideias na internet, ainda mais se você é um pastor pop como Mark Driscoll.
Nesta era de pastores-celebridades (para o bem e para o mal), nunca é demais lembrar que a vaidade é o pecado que mora ao lado.
Entretanto, o estrago já estava feito, e muitos crentes - que sofreram bullying na escola por serem afeminados - também comentaram sobre o tema, como Tyler Clark, que disse que, felizmente, teve o apoio de sua igreja e seu pastor quando tinha apenas 13 anos de idade, para vencer o preconceito e ser um homem adulto, cristão, feliz e realizado.
Muitos dirigentes de louvor de conceituadas igrejas evangélicas norteamericanas se mostraram igualmente ofendidos com o preconceito escancarado de Driscoll.
Outros, como Tony Jones, foram mais duros com o pastor de Mars Hill, satirizando a sua paixão por MMA (Mixed Martial Arts - o antigo "vale-tudo"), fazendo uma espécie de "bullying reverso" com a declaração de Mark Driscol de que "não existe nada mais puro do que dois homens lutando num ringue, sem bolas, bastões, varas, ajuda, time, só pra ver qual deles é melhor" (frase em inglês na primeira gravura acima, além do vídeo abaixo).
Para Jones, "não existe nada mais homoerótico do que MMA", questionando o gosto de Driscoll por dois machos suados lutando com sungas apertadas.
Enfim, tudo se resume em um festival de ofensas (algumas bem baixas) disparadas por cristãos contra cristãos, e - simplesmente - nada disso teria acontecido se Driscoll tivesse pensado melhor antes de pressionar a tecla ENTER.
Parece que é sempre bom você contar até 10 antes de publicar as suas ideias na internet, ainda mais se você é um pastor pop como Mark Driscoll.
Nesta era de pastores-celebridades (para o bem e para o mal), nunca é demais lembrar que a vaidade é o pecado que mora ao lado.
Agora, cá entre nós, será que o Mark Driscoll viu esses lutadores de MMA se beijando?
Esse cara é um machista, eu parei de ver seus vídeos quando ele disse que não aceitava mulher como pastora. O que inclusive citei no meu texto "Deus feminista" http://nucleopensante.blogspot.com/2010/06/o-deus-feminista.html
ResponderExcluirAntes de mais, muito prazer! Sou a KarenB.
ResponderExcluirNão resisti vir aqui responder ao comentário que fizeste no último post do blog LopAulos do Fábio Paulos.
Sou portuguesa e muito patriota. Amo a minha língua e não gosto do novo acordo ortográfico. Mas... relativamente à palavra que referes, sou obrigada a dar o braço a torcer e admitir que o vosso "te amo" é bem mais belo do que o nosso "amo-te". No fundo, é a mesma coisa, mas encontro naquele "te amo" uma expressão da densidade do sentimento muito maior do que encontro na sua homónima em português de Portugal.
Portanto, na minha opinião, tens muito bom gosto!
Achei especial graça ao teu comentário porque entre mim e o meu marido, curiosamente e sem nunca termos falado no assunto, sempre foi esse o termo que usámos para nos expressarmos, apesar de sermos ambos portugueses e sem ligações ao Brasil. Creio que pensamos os dois da mesma forma, mas por acaso nunca falámos no assunto.
Um abraço e uma vez mais, prazer.
KarenB
Obrigado pelo comentário, KarenB!
ResponderExcluirEu realmente tinha esta curiosidade, pois nós, latino-americanos em geral, gostamos muito das palavras sonoras. O castelhano falado na Argentina e no Uruguai, por exemplo, é muito diferente daquele da Espanha. Também sou contra o acordo ortográfico por entender que as línguas (e seus dialetos) são dinâmicos, e jamais se deve engessá-las por leis. Cada uma conserva o seu brilho especial. Aqui mesmo no Brasil temos tantas variações regionais, assim como imagino que existam em Portugal. Procuramos tanto quanto possível respeitar a norma culta do idioma, mas apenas em ocasiões formais. Aqui mesmo no Estado de São Paulo, no uso diário e popular do idioma, não gostamos de pronomes nem de plural, que soam arrogantes no dia-a-dia, mas o "te amo" bem carregado e pronunciado é universal aqui ao Sul do Equador.
Abraços!
Mark Driscoll é um arrogante, esse cara nao tem humildade.
ResponderExcluirJá li muito sobre Driscoll e confesso que ele se mostra como alguém difícil de conviver e de "querer" conviver. Muitos comentários bíblicos totalmente distorcidos e excêntricos demais para um Evangelho simples como o de Cristo. Mas não posso deixar de falar que algumas coisas que já li dele foram edificantes pra mim.
ResponderExcluirO segredo, na minha opinião, é sempre fazer uma filtragem, examinar tudo e reter o que é bom. Aliás, faço isso com qualquer pessoa, pois ninguém há como Cristo, sempre perfeito e sempre verdadeiro. Discernimento é a palavra!
Pr. Leandro Dorneles