O jornalista gaúcho Luiz Carlos Prates ficou conhecido nacionalmente no ano passado por suas polêmicas declarações na RBS/TV (afiliada da Globo) de Santa Catarina, de que "hoje qualquer miserável tem um carro". Tudo indica que a repercussão de sua fala tenha feito com que ele fosse defenestrado da RBS, e hoje Prates tem um programa no SBT/SC, onde agora disse que os presos evangélicos são "falsos convertidos", que "o camarada entra numa igreja, põe um livro debaixo do braço e sai convertido... mentira! isto é pra enganar a torcida", "porque na minha delegacia, entrou com (Bí)livro debaixo do braço, solta o livro... não vale nada, é mentira", conforme o vídeo abaixo.
A favor de Prates, registre-se que, efetivamente, muita gente se aproveita da condição de "evangélico" para se proteger, mostrar que tem bom comportamento, e ainda se valer da rede de proteção de outros evangélicos dentro e fora da cadeia, sem que, com isso tenha realmente se convertido a Cristo. É que ainda existe uma parcela da sociedade que acredita que o nome "evangélico" - por si só - representa um sinônimo de atestado de idoneidade ou de bons antecedentes, o que de fato era até décadas atrás, quando os evangélicos honravam o nome que carregavam e - principalmente - o Senhor a quem serviam. Hoje, entretanto, o nome "evangélico" tem um cunho muito mais ideológico, no sentido de representar um grupo que segue determinadas práticas e repete certos chavões ensinados por líderes de projeção nacional, especialmente quanto ao dinheiro e à prosperidade.
Por outro lado, o problema do discurso de Luiz Carlos Prates é a generalização fascistoide que não só o caracteriza, como também é aceita por uma porção significativa da população brasileira, não afeita à democracia e a convivência pacífica com os diferentes. Se é verdade que o meio penitenciário tem a má fama de "escola do crime" e que lá se encontram aproveitadores que abusam do nome "evangélico" para obter favores e privilégios pessoais, também há uma boa parcela de detentos que entra totalmente perdido no sistema carcerário e sai de lá com a vida transformada em todos os sentidos. Não conseguimos localizar estatísticas confiáveis, mas há quem diga que o percentual de reincidência criminal no Brasil chega a 80%, embora pareça mais seguro - diante da disparidade regional - imaginá-la entre 15 e 30% a nível nacional. As novas declarações genéricas e polêmicas de Luiz Carlos Prates nada fazem para mudar este quadro, apenas pertencem a um folclore pernicioso e de mau gosto da péssima televisão brasileira, que devem ser analisadas e combatidas para depois, como de costume, serem descartadas na vala comum das bobagens ditas em nome da demagogia.
A favor de Prates, registre-se que, efetivamente, muita gente se aproveita da condição de "evangélico" para se proteger, mostrar que tem bom comportamento, e ainda se valer da rede de proteção de outros evangélicos dentro e fora da cadeia, sem que, com isso tenha realmente se convertido a Cristo. É que ainda existe uma parcela da sociedade que acredita que o nome "evangélico" - por si só - representa um sinônimo de atestado de idoneidade ou de bons antecedentes, o que de fato era até décadas atrás, quando os evangélicos honravam o nome que carregavam e - principalmente - o Senhor a quem serviam. Hoje, entretanto, o nome "evangélico" tem um cunho muito mais ideológico, no sentido de representar um grupo que segue determinadas práticas e repete certos chavões ensinados por líderes de projeção nacional, especialmente quanto ao dinheiro e à prosperidade.
Por outro lado, o problema do discurso de Luiz Carlos Prates é a generalização fascistoide que não só o caracteriza, como também é aceita por uma porção significativa da população brasileira, não afeita à democracia e a convivência pacífica com os diferentes. Se é verdade que o meio penitenciário tem a má fama de "escola do crime" e que lá se encontram aproveitadores que abusam do nome "evangélico" para obter favores e privilégios pessoais, também há uma boa parcela de detentos que entra totalmente perdido no sistema carcerário e sai de lá com a vida transformada em todos os sentidos. Não conseguimos localizar estatísticas confiáveis, mas há quem diga que o percentual de reincidência criminal no Brasil chega a 80%, embora pareça mais seguro - diante da disparidade regional - imaginá-la entre 15 e 30% a nível nacional. As novas declarações genéricas e polêmicas de Luiz Carlos Prates nada fazem para mudar este quadro, apenas pertencem a um folclore pernicioso e de mau gosto da péssima televisão brasileira, que devem ser analisadas e combatidas para depois, como de costume, serem descartadas na vala comum das bobagens ditas em nome da demagogia.
Corroborando com o autor, ressalta a Professora e Advogada Criminal Daniela Portugal (Salvador-BA) que presencia constantemente a mudanca em todos os sentidos dos presos que se convertem em presídios e cujo numero de reincidência destes é ínfimo. O que não se pode, de fato, como bem se disse, é generalizar positiva ou negativamente.
ResponderExcluirPr. Leandro Dorneles