Esta é uma pergunta obviamente retórica, já que somente o patrimônio histórico-artístico do Vaticano tem um valor incalculável, além de vários outros bens que não são, digamos, declaráveis, como as ofertas e assunções de dívidas por pessoas, organizações ou países.É possível, entretanto, fazer conjecturas para ter uma ideia de quanto custa manter a máquina da Igreja Católica funcionando em Roma, e isto com dados oficiais publicados pelo próprio Vaticano no site News.va, no último dia 2 de julho.
Esta não é só uma data fiscal, pelo fim do 1º semestre, mas também simbólica porque no dia 29 de Junho é recolhida a oferta especial ao papa, conhecida como "óbolo de São Pedro", o santo do dia.
Os dados são, portanto, referentes única e exclusivamente ao funcionamento do orçamento do Vaticano, e são divididos em 2 partes: a Santa Sé (eclesiástica) e o Governo (operacional).
É bom que se esclareça que não estão computados aí todos os recursos movimentados por todas as dioceses e organizações católicas do mundo.
Além da saída das contas do vermelho, a notícia comemora o fato de que foi um excelente ano para os museus do Vaticano, que tiveram um incremento significativo no número de visitas, o que foi altamente rentável.
O balanço se refere a 2010 e revela que o Vaticano empregava, em 31/12/10, 2.806 pessoas diretamente relacionadas às funções eclesiásticas da igreja católica, além de 1.876 na área administrativa da cidade-Estado.
Constatou-se, ainda, um declínio anual nas contribuições específicas, como o próprio óbolo de São Pedro, além de se prever que a Igreja vai ter que economizar nos gastos operacionais do Vaticano.
Entretanto, o total de entradas e saídas permite ter uma ideia de quanto custa a Santa Sé.
Em 2010, houve uma entrada de € 245.195.561,00 (algo em torno de R$ 546.712.542,00) e uma saída de € 235.347.437,00 (algo em torno de R$ 524.754.180,00), com um superávit de 9.848.124,00 de euros (algo em torno de 22 milhões de reais).
Já a área operacional apresentou entradas de € 255.890.112,00 (cerca de R$ 570.558.182,00) e saídas de € 234.847.011,00 (cerca de R$ 523.638.380,00), com um superávit de pouco mais de 21 milhões de euros (cerca de 47 milhões de reais).
Logo, os dados oficiais mostram que as duas áreas (eclesiástica e administrativa) combinadas tiveram entradas de mais de 1,1 bilhão de reais, com gastos na casa dos 1,05 bilhão de reais.
Em suma, as finanças do Vaticano vão bem, obrigado!
Convenhamos, é dinheiro pra papa nenhum botar defeito.
Depois de publicar esses dados em português, fico com medo da pressão e opressão com que os invejosos "papas" tupiniquins vão extorquir o povo evangélico brasileiro pra comprar os seus jatinhos.
O papa, pelo menos, utiliza os aviões (patrocinados ou não - não sei!) da Alitalia.
Sai de baixo, crentaiada!
Achar que as finanças do Vaticano vão bem somente por causa do ínfimo superavit do último período é uma atitude de muito, mas muito, boa fé! Entretanto, considerar que esta notícia merece comemoração traduz uma realidade retrospectiva pela qual não raro temos vivenciado muitos déficits em períodos análogos! Considerar que as financas vão bem somente por causa de um insignificante superavit é uma atitude assim otimista para quem acabou de suspirar ao concluir que as receitas de uma entidade religiosa que prima pela economicidade dos seus gastos e pela generosidade religiosa de seus fiéis! Como que uma condição em que descontrair, ao menos por alguns instantes ante a preocupação histórica ao menos por obter um equivalente movimento no período seguinte! Finanças boas, para especialistas em administração financeira e economia institucional, na realidade, são as que apresentam resultados mais confortantes que o saldo apresentado. Mais ainda quando temos a relacionada entidade integralmente compromissada com uma imensa quantidade de subsidiárias (Dioceses em todo o Mundo), as quais certamente não apresentaram superávits sequer equiparados ao aqui assim comemorado! Palavra de Consultor! Que ninguém ache que está tudo às mil maravilhas, não! Muito temos a realizar também nestes termos! Paz e bem!
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