Por enquanto, são essas as trágicas estatísticas - ainda incertas e com base em informações que necessitam ser confirmadas - com que os cristãos no mundo todo recebem o Domingo de Ramos, uma festa de tradição católica mas que marca para toda a humanidade o início dos rituais que lembram a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
O primeiro atentado aconteceu na igreja de São Jorge ("Mar Girgis") em Tanta, uma cidade a 120 km ao norte do Cairo, capital egípcia, e os primeiros números de vítimas apontavam 21 mortos e 53 feridos. Os dados mais recentes indicam 25 mortos e 69 feridos, e as perspectivas de atualização não são animadoras.
Depois houve um segundo atentado perto da Basílica de São Marcos em Alexandria, templo que equivale, para os coptas, ao que significa a Basílica de São Pedro no Vaticano para os católicos.
Em Alexandria, um terrorista suicida se explodiu perto da igreja no momento em que os fiéis estavam chegando para a missa, e há registro, por enquanto, de pelo menos 6 mortos e 21 feridos.
Alexandria é a sede patriarcal dos coptas, e o atual "papa" deles, Tawadros, estava no local por ocasião da explosão, mas segundo as últimas informações, não foi atingido e está sendo protegido de eventuais rescaldos terroristas.
O papa Francisco foi inteirado da triste notícia pouco antes de rezar o seu tradicional Angelus dominical na praça de São Pedro, ocasião em que fez questão de condenar o ataque terrorista e se solidarizar com os irmãos coptas.
Segundo as autoridades egípcias que estão apurando os fatos, realmente se trata de um ato terrorista, visto que na igreja de Mar Girgis foi encontrado um artefato que havia sido "plantado" no local com antecedência, a fim de que explodisse no horário da celebração religiosa que anuncia a Semana Santa, e o segundo atentado foi efetivamente perpetrado por um homem-bomba.
Em dezembro de 2016, um outro ataque reivindicado pelo Estado Islâmico deixou 29 mortos numa igreja copta do Cairo.
Aguardam-se informações no decorrer do dia, mas desejamos que haja paz no Egito.
As fontes das informações aqui coligidas são o Observador e o Times of Israel.