sexta-feira, 21 de abril de 2017

Papa canonizará 30 brasileiros em outubro


Conforme anunciamos aqui no mês passado, o papa Francisco marcou a canonização de 30 brasileiros para o próximo mês de outubro.

Os 30 brasileiros foram mortos pelos protestantes calvinistas holandeses em 1645, e não escapa ao observador mais atento o fato de que essa canonização coincide com o mês em que se comemora os 500 anos da Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero.

Provavelmente, é uma forma do papa se contrapor à crescente onde conservadora dentro do Vaticano que o critica, enquanto estende a mão para os luteranos numa celebração conjunta da Reforma.

A notícia é da Agência Brasil:

Papa canonizará em outubro os primeiros mártires brasileiros

O papa Francisco canonizará no dia 15 de outubro deste ano, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, os primeiros mártires brasileiros, os sacerdotes André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e o laico Mateus Moreira, além de outras 27 pessoas assassinadas em 1645.

O anúncio foi realizado hoje (20), durante assembleia de cardeais dirigida pelo papa, onde foram definidas as datas das cerimônias de canonização de vários futuros santos.

Para que sejam canonizados, eles não necessitaram nenhum milagre, apenas o parecer positivo dos membros da Congregação para as Causas dos Santos, que reiterou o assassinato por "ódio à fé".

Eles são os primeiros mártires e santos brasileiros assassinados entre os dias 16 de julho e 3 de outubro de 1645 pelos protestantes calvinistas holandeses instalados em Brasil naquela época.

Muitos foram assassinados em Cunhaú e Uruacu, no Rio Grande do Norte, durante uma missa dominical celebrada por André de Soveral. Eles tinham sido beatificados pelo papa João Paulo II em março de 2000, na Basílica de São Pedro.

Os mártires brasileiros serão canonizados em uma cerimônia ao lado de dois meninos mexicanos conhecidos como Mártires de Tlaxcala; o espanhol Faustino Miguez, fundador do Instituto Calasancio Filhas da Divina Pastora e o sacerdote franciscano italiano Luca Antonio Falcone.

Papa canonizará crianças que viram aparição da Virgem Maria

O papa canonizará no próximo dia 13 de maio, durante sua viagem a Portugal, Francisco e Jacinta Marto, os irmãos pastores que, segundo a Igreja católica, presenciaram, ao lado da prima Lúcia, a aparição da Virgem Maria.

O anúncio foi realizado hoje, durante assembleia de cardeais dirigida pelo papa, onde foram definidas as datas das cerimônias de canonização de vários futuros santos.

No dia 23 de março, o pontífice tinha aprovado os decretos para canonizar as duas crianças, de 9 e 10 anos, que morreram pouco depois das aparições, entre maio e outubro de 1917, e que serão as primeiras crianças não mártires declaradas santos.

Francisco viajará para Fátima onde participará dos atos em comemoração do centenário das aparições, nos próximos dias 12 e 13 de maio. A cerimônia de canonização será no sábado (13), quando está prevista uma missa multitudinária na esplanada do santuário mariano.

O milagre pela intercessão dos irmãos que pode decretar a canonização, segundo as normas católicas, é o da suposta cura de uma criança brasileira.

Francisco (1908-1919) e Jacinta Marto (1910-1920), que junto com sua prima Lúcia, que se tornou freira e a única que sobreviveu, presenciaram as aparições na Cova da Iria e foram beatificados no dia 13 de maio de 2000, por João Paulo II, em Fátima.

As três crianças portuguesas garantiram que testemunharam as aparições da Virgem, e quem revelou a elas os chamados três Segredos de Fátima, relatados por Lúcia, que morreu em 2005, para quem também foi aberto um processo de beatificação.

O papa Francisco chegará ao Santuário de Fátima na sexta-feira, dia 12 de maio, e, na base aérea de Monte Real, terá um encontro privado com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

No dia seguinte, visitará a Basílica de Nossa Senhora do Rosário e celebrará uma missa na esplanada do santuário e onde canonizará as duas crianças. Francisco será o quarto pontífice que visitará Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).

Edição: Kleber Sampaio



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