sexta-feira, 14 de abril de 2017

Balaão gospel: Odebrecht diz que pagou para Pr. Everaldo ajudar Aécio em debate na TV

Tutti buona gente...

Balaão, para aqueles que não leram a Bíblia, é o "profeta de programa" que foi pago para maldizer o povo de Israel em Números, capítulo 22.

Balaão anda fazendo muito sucesso ultimamente nas igrejas ditas "evangélicas" no Brasil. Já tivemos oportunidade de constatar este fenômeno e "homenageá-lo", sob diferentes ângulos, nos artigos:

As jumentinhas de Balaão (agosto de 2009)


Pois agora, entre tantas outras "profetadas", chega a notícia de que o "pastor" Everaldo, candidato do PSC à presidência do país em 2014, teria recebido propina para ajudar Aécio Neves, então candidato do PSDB, em um debate televisivo realizado às vésperas do 1º turno daquelas eleições.

Curioso que o delator confessa que o pagamento a mais esse Balaão tupiniquim foi “muito grande para quem tem muito pouco para dar”.

Muitos - mas muitos mesmo - "evangélicos" brasileiros copiaram a oração franciscana e se comportam agora na base do "é dando que se recebe". Que fase, meu Deus!!!

Espere sentado um pedido de perdão dos "pastores" e "portais" que te venderam a ideia de que certos "evangélicos" eram "santos".

Aliás, bem que a Lava-Jato podia chegar naquelas "ovelhinhas" que trabalhavam como formiguinhas para viralizar vídeos e artigos que favoreciam determinados candidatos, não é mesmo?

Será que algum daqueles "irmãos" tão "éticos" eram pagos pra isso?

Afinal, haveria mais blogs, portais, igrejas, "pastores", denominações e bocas que a Odebrecht teria alugado para seus amigos tucanos?

Gente que põe a política à frente da fé, cuja ideologia os define, "cujo deus é o ventre, cujo destino é a perdição" (Filipenses 3:19).

Pode ser que a resposta a essas perguntas não sejam conhecidas nesta vida, mas na vindoura, meus amigos,  pois guardai-vos: "Sua nudez será exposta e sua vergonha será revelada. Eu me vingarei; não pouparei ninguém" (Isaías 47:3 - NVI).

Só que aqui neste país cruel existem tantos bandidos graúdos que vai ser difícil, para não dizer impossível, chegar na mão-de-obra da ralé gospel, fiquem tranquilos!

Ou nem tanto...

A matéria é do G1 Operação Lava-Jato:

Odebrecht pediu a Pastor Everaldo para ajudar Aécio em debate de 2014, diz delator

Delator Fernando Reis afirmou em depoimento que empreiteira contribuiu para a campanha de Everaldo e sugeriu a ele que fizesse perguntas para ajudar tucano a chegar ao segundo turno.

O executivo Fernando Reis afirmou em depoimento de delação premiada que a empreiteira Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo (PSC) a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate entre os presidenciáveis realizado durante a campanha.

Reis não informa qual foi o debate nem se Aécio tinha conhecimento do pedido. Segundo ele, o objetivo da empresa com a manobra foi “dar mais visibilidade” para o candidato tucano durante o debate e ajudá-lo a garantir vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff, que concorria à reeleição.

O G1 falou por telefone com Pastor Everaldo, mas ele disse que não poderia dar entrevista naquele momento porque estava em uma reunião. Também procurou a assessoria de Everaldo, mas não conseguiu contato.

Fernando Reis afirmou que a Odebrecht repassou R$ 6 milhões para a campanha de Pastor Everaldo, a quem disse ter sido apresentado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o delator, após a morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB, os votos da comunidade evangélica migraram para Marina Silva, que o sucedeu como candidata. "Aí, ele [Everaldo] praticamente desapareceu nas pesquisas", disse.

Segundo Reis, Pastor Everaldo “tinha uma rixa com o PT”, partido de Dilma Rousseff, e “a ideia” da Odebrecht com o pedido de ajuda foi “ajudar Aécio a chegar num segundo turno”.

"Como a gente se sentia credor por ter contribuído tanto para a campanha dele, nós sugerimos a ele que usasse o debate sempre para perguntar ao candidato Aécio porque aí daria mais tempo ao Aécio. E analisando a transcrição do debate do primeiro turno se nota que ele fez perguntas absolutamente simples e inócuas para que o candidato Aécio pudesse ter tempo na televisão", afirmou.

Reis disse que a Odebrecht não tinha um candidato de preferência, "mas existia a intenção de ajudar aos dois [Dilma e Aécio] e eu acho que a ideia nesse momento era ajudar o Aécio a chegar ao segundo turno".

O delator afirma que a empresa concluiu depois que a contribuição à campanha de Everaldo foi “muito grande para quem tem muito pouco para dar”.

“A gente achou que ele poderia ter uma grande quantidade de votos. Mas foi uma avaliação completamente errada”, disse.



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