No forum Atos, tenho debatido com alguém que se identifica como Mórmon, e insiste em garantir a veracidade das 3 testemunhas principais e das 8 testemunhas adicionais que atestam a autenticidade do Livro de Mórmon, tal como recebido por Joseph Smith Jr. no final da década de 1820.
Os mórmons afirmam que houve 3 testemunhas principais, Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, que viram as placas que contêm o registro do Livro de Mórmon traduzido por Joseph Smith Jr., bem como os caracteres nelas gravados.
É o que consta das primeiras páginas do Livro de Mórmon, onde está registrado também o depoimento de 8 familiares de Smith Jr. e Whitmer, alegando que teriam visto o livro das placas "com aparência de ouro", bem como os caracteres gravados.
São eles: Christian Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer Jr., John Whitmer, Hiram Page, Joseph Smith Senior, Hyrum Smith e Samuel H. Smith.
A repetição dos sobrenomes Whitmer e Smith não é acidental. Como em qualquer processo judicial que se preze, em qualquer nação civilizada, o depoimento de familiares, dada a parcialidade, pode servir no máximo como informação a quem julga, mas nunca como testemunho oficial, vamos nos concentrar nas 3 testemunhas principais.
Os mórmons afirmam que houve 3 testemunhas principais, Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, que viram as placas que contêm o registro do Livro de Mórmon traduzido por Joseph Smith Jr., bem como os caracteres nelas gravados.
É o que consta das primeiras páginas do Livro de Mórmon, onde está registrado também o depoimento de 8 familiares de Smith Jr. e Whitmer, alegando que teriam visto o livro das placas "com aparência de ouro", bem como os caracteres gravados.
São eles: Christian Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer Jr., John Whitmer, Hiram Page, Joseph Smith Senior, Hyrum Smith e Samuel H. Smith.
A repetição dos sobrenomes Whitmer e Smith não é acidental. Como em qualquer processo judicial que se preze, em qualquer nação civilizada, o depoimento de familiares, dada a parcialidade, pode servir no máximo como informação a quem julga, mas nunca como testemunho oficial, vamos nos concentrar nas 3 testemunhas principais.
Oliver Cowdery era parente distante de Joseph Smith Jr., embora só tenham constatado este dado quando se encontraram pela primeira vez.
Nascido em 1806, era membro da Igreja Congregacional em Poultney, Vermont, onde era pastor Ethan Smith, que apesar do sobrenome não tinha nenhum parentesco com Joseph Smith Jr.
A importância de Ethan nessa história é que ele escreveu o livro "View of the Hebrews" (1823), em que especulava sobre a origem hebraica dos índios americanos, e Cowdery estava ciente disto.
Qualquer semelhança com o Livro de Mórmon (1830) pode até não ser coincidência, mas muitos estudiosos não-mórmons dizem que paira uma certa suspeita no ar sobre a influência de Cowdery na versão final do Livro de Smith Jr.
Em 5 de abril de 1829, Cowdery encontrou Smith pela primeira vez, ocasião em que se descobriram parentes distantes e este último contou-lhe que havia encontrado as placas douradas.
Os dois tinham também em comum o fato de serem aventureiros e caçadores de tesouros e de gostarem de usar bolas de cristal para adivinhações quando mais jovens.
Smith havia parado a tradução das placas douradas, em função do desaparecimento das 116 primeiras páginas que estavam em poder da outra futura testemunha, Martin Harris.
Após o encontro de Smith com Cowdery, este funcionou inicialmente como escriba das traduções daquele, e, segundo alegou, até tentou traduzir algumas placas, mas não conseguiu.
O trabalho de ambos foi tão rápido que durou menos de 2 meses para finalizar a tradução. Segundo também alegaram, Cowdery ainda participou de algumas visões de Smith, tendo sido ambos batizados pelo próprio João Batista, além de terem visto Pedro, Tiago e João transfigurados (ainda segundo suas versões).
Nascido em 1806, era membro da Igreja Congregacional em Poultney, Vermont, onde era pastor Ethan Smith, que apesar do sobrenome não tinha nenhum parentesco com Joseph Smith Jr.
A importância de Ethan nessa história é que ele escreveu o livro "View of the Hebrews" (1823), em que especulava sobre a origem hebraica dos índios americanos, e Cowdery estava ciente disto.
Qualquer semelhança com o Livro de Mórmon (1830) pode até não ser coincidência, mas muitos estudiosos não-mórmons dizem que paira uma certa suspeita no ar sobre a influência de Cowdery na versão final do Livro de Smith Jr.
Em 5 de abril de 1829, Cowdery encontrou Smith pela primeira vez, ocasião em que se descobriram parentes distantes e este último contou-lhe que havia encontrado as placas douradas.
Os dois tinham também em comum o fato de serem aventureiros e caçadores de tesouros e de gostarem de usar bolas de cristal para adivinhações quando mais jovens.
Smith havia parado a tradução das placas douradas, em função do desaparecimento das 116 primeiras páginas que estavam em poder da outra futura testemunha, Martin Harris.
Após o encontro de Smith com Cowdery, este funcionou inicialmente como escriba das traduções daquele, e, segundo alegou, até tentou traduzir algumas placas, mas não conseguiu.
O trabalho de ambos foi tão rápido que durou menos de 2 meses para finalizar a tradução. Segundo também alegaram, Cowdery ainda participou de algumas visões de Smith, tendo sido ambos batizados pelo próprio João Batista, além de terem visto Pedro, Tiago e João transfigurados (ainda segundo suas versões).
Organizaram a "Igreja de Cristo" em 6 de abril de 1830, sendo que a Cowdery coube o título de "Segundo Elder" (o primeiro, obviamente, era Smith).
Entretanto, já a partir de 1831, Sidney Rigdon passa a suplantá-lo na hierarquia mórmon.
Em 1832, Cowdery se casa com Elizabeth Ann Whitmer, que, como o sobrenome supõe, era filha e irmã de vários Whitmers que formaram parte das 8 testemunhas restantes do Livro de Mórmon, além da outra testemunha principal, David Whitmer (seu irmão).
Tudo ia bem até 1838, quando os dois élderes entraram em rota de colisão, em função de disputas financeiras, (Smith e Rigdon estavam envolvidos na falência da Kirtland Safety Society, e, por isso, tinham se mudado para Far West, Missouri, fugindo dos credores e da justiça, além de terem sido expulsos da igreja de Kirtland), da questão da separação entre igreja e Estado, e principalmente do caso que Smith estava tendo com Fanny Alger, uma empregada adolescente de sua própria casa, e que muitos acreditam ter sido a "primeira segunda esposa" de Smith, numa prática polígama a que Cowdery se opunha.
Como tinha o apoio da família Whitmer, tanto Cowdery como seus aparentados foram excomungados da Igreja de Smith em 12 de abril de 1838, sendo que outra das 8 testemunhas, Hiram Page, sofreu a mesma pena.
Naquele dia, duas das três testemunhas principais e cinco das oito testemunhas acessórias foram excluídas da igreja de Smith.
Ficaram conhecidos como "os dissidentes". Cowdery e os Whitmer ficaram morando perto de Far West por mais dois meses, mas uma pregação de Sidney Rigdon em 17 de junho de 1838 - que passou à história mórmon como o "Sermão Salgado" ("Salt Sermon") -, dizendo que eles eram o sal que havia perdido o sabor e, portanto, deveria ser pisado, foi entendido por eles como uma real ameaça de morte por parte dos danitas, que formavam uma espécie de braço armado dos primeiros mórmons para lutarem contra todos os que os ameaçavam, o que dá mostras do suposto caráter cristão do grupo.
Cowdery foi estudar Direito em Tiffin, Ohio, onde se destacou na política local. Após a morte de Smith Jr. em 1844, ele reconheceu James J. Strang como sucessor do "profeta" (da igreja mórmon strangita), mas em 1848 ele pediu para se encontrar com Brigham Young e pediu reconciliação com a igreja de onde havia sido expulso 10 anos antes, tendo sido rebatizado em 12 de novembro de 1848.
Pouco tempo depois, contraiu tuberculose e veio a falecer em 3 de março de 1850, na casa de David Whitmer, em Richmond, Missouri. Assim, uma das testemunhas principais do Livro de Mórmon passou mais tempo fora da igreja do que dentro dela, tendo sido excomungado por iniciativa do próprio Joseph Smith Jr.
Entretanto, já a partir de 1831, Sidney Rigdon passa a suplantá-lo na hierarquia mórmon.
Em 1832, Cowdery se casa com Elizabeth Ann Whitmer, que, como o sobrenome supõe, era filha e irmã de vários Whitmers que formaram parte das 8 testemunhas restantes do Livro de Mórmon, além da outra testemunha principal, David Whitmer (seu irmão).
Tudo ia bem até 1838, quando os dois élderes entraram em rota de colisão, em função de disputas financeiras, (Smith e Rigdon estavam envolvidos na falência da Kirtland Safety Society, e, por isso, tinham se mudado para Far West, Missouri, fugindo dos credores e da justiça, além de terem sido expulsos da igreja de Kirtland), da questão da separação entre igreja e Estado, e principalmente do caso que Smith estava tendo com Fanny Alger, uma empregada adolescente de sua própria casa, e que muitos acreditam ter sido a "primeira segunda esposa" de Smith, numa prática polígama a que Cowdery se opunha.
Como tinha o apoio da família Whitmer, tanto Cowdery como seus aparentados foram excomungados da Igreja de Smith em 12 de abril de 1838, sendo que outra das 8 testemunhas, Hiram Page, sofreu a mesma pena.
Naquele dia, duas das três testemunhas principais e cinco das oito testemunhas acessórias foram excluídas da igreja de Smith.
Ficaram conhecidos como "os dissidentes". Cowdery e os Whitmer ficaram morando perto de Far West por mais dois meses, mas uma pregação de Sidney Rigdon em 17 de junho de 1838 - que passou à história mórmon como o "Sermão Salgado" ("Salt Sermon") -, dizendo que eles eram o sal que havia perdido o sabor e, portanto, deveria ser pisado, foi entendido por eles como uma real ameaça de morte por parte dos danitas, que formavam uma espécie de braço armado dos primeiros mórmons para lutarem contra todos os que os ameaçavam, o que dá mostras do suposto caráter cristão do grupo.
Cowdery foi estudar Direito em Tiffin, Ohio, onde se destacou na política local. Após a morte de Smith Jr. em 1844, ele reconheceu James J. Strang como sucessor do "profeta" (da igreja mórmon strangita), mas em 1848 ele pediu para se encontrar com Brigham Young e pediu reconciliação com a igreja de onde havia sido expulso 10 anos antes, tendo sido rebatizado em 12 de novembro de 1848.
Pouco tempo depois, contraiu tuberculose e veio a falecer em 3 de março de 1850, na casa de David Whitmer, em Richmond, Missouri. Assim, uma das testemunhas principais do Livro de Mórmon passou mais tempo fora da igreja do que dentro dela, tendo sido excomungado por iniciativa do próprio Joseph Smith Jr.
Nascido em Harrisburg, Pennsylvania, em 7 de janeiro de 1805, David Whitmer se mudou para Fayette, New York, no começo da década de 1820, e tendo feito uma viagem a Palmyra, no mesmo Estado, em 1828, encontrou seu amigo Oliver Cowdery, e este lhe falou, algum tempo depois, sobre as placas douradas de Joseph Smith.
Trouxe a família de seu pai para viver também em Palmyra, e foi batizado em junho de 1829, antes da organização da igreja por Smith em 1830.
Whitmer alegou que, junto com Smith e Cowdery, teve uma visão do anjo apresentando as placas douradas, e a "igreja de Cristo" foi organizada na casa de seu pai, Peter Whitmer, em Fayette, conforme Smith disse, mas depois desmentiu, dizendo que o local de fundação havia sido Manchester, NY.
Após a excomunhão sua, de seu cunhado Cowdery, e de sua família, Whitmer teve que mudar-se da região de Far West, onde tinha grandes propriedades de terra, para fugir dos danitas, e assim encontrou refúgio em Richmond, também no Missouri.
Mesmo assim, recorreu aos não-mórmons para recobrar o direito às suas terras de onde Smith os havia expulsado, e chegou a dizer o seguinte:
Trouxe a família de seu pai para viver também em Palmyra, e foi batizado em junho de 1829, antes da organização da igreja por Smith em 1830.
Whitmer alegou que, junto com Smith e Cowdery, teve uma visão do anjo apresentando as placas douradas, e a "igreja de Cristo" foi organizada na casa de seu pai, Peter Whitmer, em Fayette, conforme Smith disse, mas depois desmentiu, dizendo que o local de fundação havia sido Manchester, NY.
Após a excomunhão sua, de seu cunhado Cowdery, e de sua família, Whitmer teve que mudar-se da região de Far West, onde tinha grandes propriedades de terra, para fugir dos danitas, e assim encontrou refúgio em Richmond, também no Missouri.
Mesmo assim, recorreu aos não-mórmons para recobrar o direito às suas terras de onde Smith os havia expulsado, e chegou a dizer o seguinte:
"Se vocês acreditam no meu testemunho ao Livro de Mórmon, se vocês acreditam que Deus falou a nós, as três testemunhas, com a sua própria voz, então eu lhes digo que em Junho de 1838, Deus falou comigo de novo com sua própria voz vinda dos céus e me disse para 'separar-me do meio dos Santos dos Últimos Dias, porque o que eles procuraram fazer comigo então eu deveria fazer com eles'."
Curioso, não? Se o testemunho de Whitman é essencial para a validade do Livro de Mórmon, por que duvidar deste outro testemunho, em que ele lhe disse para separar-se dos santos dos últimos dias?
Após o assassinato de Smith Jr. em 1844, muitos mórmons se lembraram da antiga ordenação de Whitmer para ser sucessor de Smith, em 1834.
Valendo-se deste precedente, alguns admiradores de Whitmer fundaram a "Igreja de Cristo" whitmerita, em Kirtland, Ohio, mas Whitmer negou-lhes apoio, pelo que a nova igreja não durou muito.
Entretanto, em 1876, Whitmer buscou esta referência do passado para fundar a segunda "Igreja de Cristo" whitmerita, que passou a seu sobrinho após sua morte em 25 de janeiro de 1888, sendo que a igreja durou até a década de 1960.
Embora tenha mantido seu testemunho a respeito do Livro de Mórmon, Whitner, talvez por ter sido o mais longevo das testemunhas, foi o que deu mais entrevistas, e em muitas delas apontava dados desencontrados, ou dizia que havia sido mais uma "impressão" do que propriamente uma "visão".
Não ficava claro se tinha de fato visto as placas com seus olhos naturais. O fato é que ele também viveu a maior parte da sua vida longe dos mórmons.
Valendo-se deste precedente, alguns admiradores de Whitmer fundaram a "Igreja de Cristo" whitmerita, em Kirtland, Ohio, mas Whitmer negou-lhes apoio, pelo que a nova igreja não durou muito.
Entretanto, em 1876, Whitmer buscou esta referência do passado para fundar a segunda "Igreja de Cristo" whitmerita, que passou a seu sobrinho após sua morte em 25 de janeiro de 1888, sendo que a igreja durou até a década de 1960.
Embora tenha mantido seu testemunho a respeito do Livro de Mórmon, Whitner, talvez por ter sido o mais longevo das testemunhas, foi o que deu mais entrevistas, e em muitas delas apontava dados desencontrados, ou dizia que havia sido mais uma "impressão" do que propriamente uma "visão".
Não ficava claro se tinha de fato visto as placas com seus olhos naturais. O fato é que ele também viveu a maior parte da sua vida longe dos mórmons.
MARTIN HARRIS, "O INÍQUO"
Martin Harris era o mais velho das 3 testemunhas principais, e o único, entre o "profeta" e as testemunhas, que não tinha parente entre os 8 informantes acessórios.
Havia nascido em 18 de maio de 1783, em Eastown, NY. Pouco se sabe da juventude de Harris, mas algumas pessoas dizem que ele tinha algumas visões estranhas.
Um dela era a de Jesus na forma de um cervo, que havia conversado por ele, acompanhando-o por 3 milhas.
Em Palmyra, Harris conheceu Smith, que lhe contou sobre as placas douradas que revelavam segredos de uma antiga civilização ameríndia.
Além de servir por algum tempo como escriba de Smith, Harris também o patrocinava, e pedia cópias dos caracteres das placas para certificar-se de sua autenticidade.
Certa vez, pediu a Smith 116 páginas do manuscrito para mostrar a sua esposa, Lucy, e outras pessoas, levou-as para casa, e elas desapareceram.
O trabalho de Smith foi obrigado a parar, e somente com a ajuda de Cowdery ele pode retomá-lo. Apesar do acontecido, Harris continuou a apoiar Smith financeiramente, mas o "profeta" fala o seguinte a respeito deste acontecimento:
Martin Harris era o mais velho das 3 testemunhas principais, e o único, entre o "profeta" e as testemunhas, que não tinha parente entre os 8 informantes acessórios.
Havia nascido em 18 de maio de 1783, em Eastown, NY. Pouco se sabe da juventude de Harris, mas algumas pessoas dizem que ele tinha algumas visões estranhas.
Um dela era a de Jesus na forma de um cervo, que havia conversado por ele, acompanhando-o por 3 milhas.
Em Palmyra, Harris conheceu Smith, que lhe contou sobre as placas douradas que revelavam segredos de uma antiga civilização ameríndia.
Além de servir por algum tempo como escriba de Smith, Harris também o patrocinava, e pedia cópias dos caracteres das placas para certificar-se de sua autenticidade.
Certa vez, pediu a Smith 116 páginas do manuscrito para mostrar a sua esposa, Lucy, e outras pessoas, levou-as para casa, e elas desapareceram.
O trabalho de Smith foi obrigado a parar, e somente com a ajuda de Cowdery ele pode retomá-lo. Apesar do acontecido, Harris continuou a apoiar Smith financeiramente, mas o "profeta" fala o seguinte a respeito deste acontecimento:
Doutrinas e Convênios – Seção 3
Revelação dada a Joseph Smith, o Profeta, em Harmony, Estado da Pensilvânia, em julho de 1828, referente à perda de 116 páginas do manuscrito traduzido da primeira parte do Livro de Mórmon, chamada Livro de Leí. O Profeta havia permitido, com relutância, que essas páginas passassem de sua custódia à de Martin Harris, que servira por pouco tempo como escrevente na tradução do Livro de Mórmon.
9 Eis que tu és Joseph e foste escolhido para fazer a obra do Senhor, mas por causa de transgressão, se não ficares atento, cairás.
10 Lembra-te, porém, de que Deus é misericordioso; portanto arrepende-te do que fizeste contrário ao mandamento que te dei e és ainda escolhido; e és chamado à obra outra vez;
11 A não ser que faças isso, serás abandonado e tornar-te-ás como os outros homens e não mais terás o dom.
12 E quando entregaste aquilo que Deus te deu visão e poder para traduzir, entregaste o que era sagrado nas mãos de um homem iníquo,
Assim, se Joseph Smith fosse realmente profeta, como os mórmons alegam, Deus lhe teria dito que uma das 3 testemunhas principais, Martin Harris, era um homem iníquo, que havia desaparecido com 116 páginas de sua suposta tradução. Ora, como é que Smith pode apresentar uma testemunha que o próprio Deus, segundo afirma no seu ofício de "profeta", diz ser "iníquo"?
Entretanto, o iníquo Harris continuou patrocinando Smith (muito conveniente, não?) e participou da organização da nova igreja, tendo assumido altos cargos e, em 1836, após a morte de sua mulher, de quem havia se separado informalmente antes, casou-se com a filha de Brigham Young, Caroline Young, de apenas 22 anos de idade, portanto, 31 anos mais jovem que ele, mas com quem teve 7 filhos.
Na época, os mórmons estavam em Kirtland, Ohio, e em 1837, com a falência da Kirtland Safety Society, que Harris chamou de "fraude", levou a uma profunda divisão na igreja, sendo que os excluídos foram Joseph Smith Jr. e Sidney Rigdon, tendo permanecido uma igreja na cidade com o nome de "Igreja de Cristo", cujos estatutos datam de 1838.
Em 1839, os líderes rejeitaram o Livro de Mórmon, no que Harris não concordou, tendo sido excluído, e em 1840, voltou para a igreja de Smith em Nauvoo, Illinois. Mudar de religião tinha sido uma constante na vida de Harris.
Mesmo antes de ser mórmon, ele tinha trocado de religião 5 vezes, e continuou fazendo o mesmo depois da morte de Joseph Smith.
Entre várias idas e vindas e reviravoltas, colaborou com Strang, com Whitmer, com Bishop, declarou que William Smith, o único irmão vivo de Joseph, deveria ser seu sucessor. Em 1856, sua mulher Caroline o abandonou e foi viver em Utah com os demais mórmons.
Pobre, sem família e sem igreja, em 1870, os mórmons convidam Harris a ir para o Utah, e ele aceita o convite e vai viver lá, onde passa os seus últimos dias até morrer em 10 de julho de 1875.
Embora Harris não tenha negado seu testemunho do Livro de Mórmon, suas versões variavam. Houve uma oportunidade em que ele disse que o havia visto com os "olhos espirituais", havendo vários depoimentos no sentido de que ele nunca viu as placas douradas com os olhos naturais, mas somente em sonhos ou visões.
Na época, os mórmons estavam em Kirtland, Ohio, e em 1837, com a falência da Kirtland Safety Society, que Harris chamou de "fraude", levou a uma profunda divisão na igreja, sendo que os excluídos foram Joseph Smith Jr. e Sidney Rigdon, tendo permanecido uma igreja na cidade com o nome de "Igreja de Cristo", cujos estatutos datam de 1838.
Em 1839, os líderes rejeitaram o Livro de Mórmon, no que Harris não concordou, tendo sido excluído, e em 1840, voltou para a igreja de Smith em Nauvoo, Illinois. Mudar de religião tinha sido uma constante na vida de Harris.
Mesmo antes de ser mórmon, ele tinha trocado de religião 5 vezes, e continuou fazendo o mesmo depois da morte de Joseph Smith.
Entre várias idas e vindas e reviravoltas, colaborou com Strang, com Whitmer, com Bishop, declarou que William Smith, o único irmão vivo de Joseph, deveria ser seu sucessor. Em 1856, sua mulher Caroline o abandonou e foi viver em Utah com os demais mórmons.
Pobre, sem família e sem igreja, em 1870, os mórmons convidam Harris a ir para o Utah, e ele aceita o convite e vai viver lá, onde passa os seus últimos dias até morrer em 10 de julho de 1875.
Embora Harris não tenha negado seu testemunho do Livro de Mórmon, suas versões variavam. Houve uma oportunidade em que ele disse que o havia visto com os "olhos espirituais", havendo vários depoimentos no sentido de que ele nunca viu as placas douradas com os olhos naturais, mas somente em sonhos ou visões.
CONCLUSÃO
Bem, essas são as três principais testemunhas do Livro de Mórmon. Era de se esperar que vivessem uma vida digna, de alguém que testemunhara algo realmente sobrenatural da parte de Deus, mas o próprio Deus, segundo o "profeta" Smith, chama uma delas (Harris) de iníquo.
Todos eles, de alguma maneira, romperam com a igreja que ajudaram a fundar, e mesmo aqueles que retornaram, o fizeram no fim da vida, e por motivos que não ficaram muito claros. Fica a critério de cada um decidir se esses fatos invalidam ou não o seu caráter e se os seus testemunhos são confiáveis.
Todos eles, de alguma maneira, romperam com a igreja que ajudaram a fundar, e mesmo aqueles que retornaram, o fizeram no fim da vida, e por motivos que não ficaram muito claros. Fica a critério de cada um decidir se esses fatos invalidam ou não o seu caráter e se os seus testemunhos são confiáveis.
Fontes:
Eu conheço a história da Igreja e estou maravilhado com sua versão. acredito que Deus fala por meio de profetas, que ele não muda e nunca mudará. Acredito que este é o caminho para mim e minha família, por que orei e perguntei ao Senhor e o melhor de tudo, Ele me respondeu: Este é o caminho!!! Então orem e perguntem também como eu fiz!!!!
ResponderExcluirEu que fico maravilhado com gente que acredita que Deus se deixaria humilhar por testemunhas tão contraditórias... de qualquer maneira, vivemos numa democracia, acredite no que você quiser. E obrigado pela visita!
ResponderExcluirIncrivel,
ResponderExcluirE como se explica Eli, Davi, Judas, etc?
Pelo menos nenhum deles falou que tinha um outro livrinho perdido num continente desconhecido à época.... e, até onde sabemos, nenhum deles acreditava em papai noel...
ResponderExcluirAh... e antes que digam que aqui se trata da "minha versão", por favor, leiam o Doutrinas e Convênios 3:9-12 que eu cito, em que o deus de Joseph Smith teria dito a ele que Martin Harris é "iníquo"...
ResponderExcluirnao parece que vc quer mostrar verdade mas, impor.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Edy!
ResponderExcluirPermita-me discordar, entretanto. Verdade não existe para ser IMPOSTA, mas para ser INVESTIGADA, o que provará se ela é verdade ou não.
Os dados acima são históricos, e estão aí as fontes para serem consultadas, investigadas e - se for o caso - contrariadas. Não sei se você reparou, mas inclusive no próprio texto sagrado dos mórmons (Doutrinas e Convênios 3:9-12), Joseph Smith AFIRMA que Martin Harris é "iníquo".
O grande problema mesmo é a pessoa entregar o próprio cérebro a uma seita, seja ela qual for, e se recusar a pensar. Isso sim é imperdoável.
Abraços!
Caro irmão, Hélio.
ResponderExcluirMe solidarizo com seu desejo de investigar a verdade. Gostaria de sugerir, porém, considerando que documentos históricos não são por si só, fontes de verdade por refletirem um ponto de vista ou as informações que estavam à disposição na ocasião. Assim sendo, como voce me parece sincero,
sugiro que leia o referido livro e depois aceite o convite do autor do último escritor dos registros, (Moroni cap 10 vers. 4-5).
Meu nome é Manoel Avila e teria muito prazer em compartilhar meu modesto conhecimento sobre o Livro de Mormom e outros pontos de doutrina ensinados na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias.
Obrigado, Manoel, pelo seu comentário!
ResponderExcluirComo você percebeu, esses debates sobre doutrinas mórmons foi feito entre o fim de 2007 e o começo de 2008, num forum cuja base de dados foi perdida na época, em que estudamos a fundo o tema, inclusive com a participação de um representante mórmon. Aliás, vou ver com o Gustavo, também editor deste blog, se é possível recuperar uma parte daqueles excelentes debates, inclusive sobre Moroni 10:4-5. Por isso estranho você me chamar de "irmão", já que a IJCSUD se considera a ÚNICA igreja cristã do mundo, o que por si só é muita pretensão, ainda mais com relação às inúmeras dissidências mórmons, cada uma invocando a si, com base no mesmo capítulo 10 de Moroni, se são elas as "certas" ("únicas") ou não. Leia no link:
http://www.e-cristianismo.com.br/pt/apologetica/102-desuniao-na-igreja-de-jesus-dos-santos-dos-ultimos-dias
Aí os mórmons argumentam que as dissidências são insignificantes e não devem ser levadas em conta, se esquecendo de que dentro do que se entende por "cristandade", com todos os seus desvios e acertos, o número de mórmons também é insignificante. Logo, o próprio argumento mórmon é autoanulável.
De qualquer maneira, agradeço a sua contribuição. Vou pensar em uma maneira de reavivar este debate, já que não só eu, mas muita gente aprende debatendo com mórmons, e os mórmons também gostam, pois poucas pessoas os levam a sério, e apesar de nossas divergências incontornáveis, tenho profundo respeito por vocês.
Abraços!
vC É TÃO ESTUDIOSO QUE USA A WIKIPEDIA COMO REFERENCIA PARA SEU ARTIGO. tODA PESSOA QUE SE PROPÕES APROVAR ALGO CONTRARIO A O QUE ESTAR ESTABELECIDO DEVERIA USAR FONTES MAIS CONFIÁVEIS. ME POUPE VIU? BANCAR UMA DE INTELECTUAL COM FONTES POBRES DE REFERENCIA. ATÉ MINHA FILHA DE 13 ANOS BUSCA FONTES MAIS CONFIÁVEIS. NEM MESMO TRABALHOS ACADEMICOS, DAS UNIVERSIDADES MAIS CHUINHAS, ALGUÉM PODE PRODUZIR UM ARTIGO COM FONTES TÃO POBRES.
ResponderExcluirUai, as referências da wikipedia estão todas lá, em inglês mesmo, mas ao invés de refutá-las você prefere vir com um nhemnhemnhem antiwikipedia achando que isto te trará algum benefício ou desmontará a verdade dos fatos.
ExcluirSe você a nega, tem que demonstrar por a + b por quê as informações acima estariam erradas segundo o seu ponto de vista, mas como não conseguiria fazer isso nem que a vaca tossisse, prefer partir para o ataque gratuito e desonesto. Nos poupe do seu ataque de nervos inútil.
Toda pessoa que pretende argumentar qualquer coisa deveria evitar pelo menos as falácias ad hominem e suas variantes. É verdade que alguns artigos da Wikipedia não são muito confiáveis, agora com base nisto argumentar que qualquer artigo da Wikipedia é suspeito é um grande salto, que o senhor deveria provar também.
ExcluirMas afinal de contas, o que exatamente foi dito acima que não é verdadeiro ou que está falho? O senhor não apontou... O que prova que sua participação, usando caixa alta (que na internet é o correspondente de falar alto ou gritar), visava apenas dar uma resposta qualquer para obter um alívio psicológico...
Estava lendo ...parecia ate um texto honesto...mas a insensatez e falta de fé do autor...me enjôo...desistir de ler isso!!!Prefiro ler coisas + elevadas !!!
ResponderExcluirEu sei que o Livro de Mórmon é verdadeiro!!!
O seu enjoo pode ser gravidez, Anônimo, vá fazer um exame. Quanto à suposta "verdade" do livro de mórmon, contrariado até pelo doutrinas & convênios, recomendamos a leitura do texto abaixo depois que você se recuperar de sua azia:
Excluirhttp://reflexaodoutrinaria.blogspot.com.br/2013/12/livro-de-mormon-vs-doutrina-e-convenios.html