
Malafaia ainda agradeceu algumas pessoas não crentes por serem grandes ofertantes, talvez esperando promover um concurso sobre quem contribui mais, os crentes ou descrentes. O fato é que ele sabe manipular como poucos a camuflada diferença que existe entre fé e vontade de crer. Ainda que este seja um tema que mereça ser mais aprofundado, ter fé – do ponto de vista cristão – é algo bem diferente da vontade de crer. A fé é espiritual, verdadeiro dom de Deus, que concede ao homem a capacidade de ver além dos limites físicos do mundo material, e assim enxergar a sua própria miséria. A vontade de crer é emocional, e pode ser dirigida a qualquer coisa, não necessariamente mística, como acontece, rotineiramente, no conto do bilhete premiado. No caso da “palavra liberada” por Malafaia hoje, por exemplo, de nada vai valer o juiz decidir o processo nos próximos meses, conforme ele mesmo se havia proposto, já que a parte vai entender isso como uma resposta à oferta ao pastor. Assim, fica fácil a “palavra liberada” funcionar, já que o autoengano está sempre a postos para convencer o autoenganado de que um fato corriqueiro da vida é um suposto milagre. E o pastor tem ainda o bônus de dizer que, se nada aconteceu, o ofertante não teve fé. Se nem percebem que o discurso do “imune a críticas” mudou, uai...
A experiência mostra que nem sempre é possível juntar a fé à vontade de crer, como acontece com suas primas distantes, a fome e a vontade de comer. Se bem que – pensando melhor - elas nem são tão distantes assim, já que tem muita gente na igreja querendo juntar essas duas últimas priminhas, né não?
Se um pastor muda a pregação constantemente, como faz o Silas, é porque não pregou a Palavra de Deus que é imutável.
ResponderExcluirAliás, muitos pastores televisivos estão escorregando feio por aventurarem em terreno escorregadio e deixando o 'firme fundamento'.
Infelizmente isto se tornou regra. Eis uma boa exeção:
Reverendo Hernades Dias Lopes.
Hélio, parabéns pelo blog.
Obrigado pela visita e pelo comentário, Ricardo!
ResponderExcluirE você lembrou muito bem o caráter imutável da Palavra de Deus. Que pena que muitos pastores não sigam este exemplo.
Graça e paz!
Vim lá do Genizah e vi a citação do blog do "Dr. Hélio"!
ResponderExcluirUm abraço!
oi, mano Vitor!
ResponderExcluiro "Dr." é por conta deles.... rs
abraço!
Prezado irmão Hélio,
ResponderExcluirmuito bem colocado pelo irmão. Estas mudanças somente mostram a face do camaleão que o Malafaia apresenta constantemente. Manipula muito bem as palavras e sabe jogar com a psicologia de massa. Observe o que virá por ai quando for veiculado a palavra do Murdock. Será algo de arrepiar, pois, considerado o sujeito mais sábio dos EUA. Observe se não vira um forte apelo financeiro no final ou em outra parte.
Parabéns pela reflexão. Como sempre oportuna.
Um abraço
Em Cristo