terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pastora assessora de Magno Malta é investigada por crime financeiro


No seu blog, Marta Lança se identifica como "assessora Especial da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família no Congresso Nacional, Membro da Executiva do Frente Nacional Cristã de Ação Social e Política (FENASP), Membro da Executiva da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Secretária Executiva do Conselho de Pastores e Ministros Evangelicos de Minas Gerais (CPEMG) e Pastora Auxiliar da Igreja Batista Getsêmani".

Magno Malta é senador pelo PR do Estado do Espírito Santo e um dos expoentes da bancada evangélica no Congresso Nacional.

A notícia é d'O Globo:

Assessora do senador Magno Malta também foi indiciada

Para a Polícia Federal, Marta Lança, pastora evangélica, cometeu crime contra o sistema financeiro

EZEQUIEL FAGUNDES

BELO HORIZONTE - Em outra frente da mesma operação Miqueias, deflagrada pela Polícia Federal para apurar um esquema de lavagem de dinheiro com prejuízo em fundos de pensão de servidores públicos, uma assessora do senador Magno Malta (PR-ES) também é investigada. Lotada no gabinete e amiga do senador desde 1988, a pastora Marta Alves Lança, da Igreja Batista Getsêmani de Belo Horizonte, foi detida em casa, levada para prestar depoimento na superintendência da PF e depois liberada. Apontada como lobista, ela foi indiciada por crime contra o sistema financeiro. Em seu apartamento, um imóvel modesto, foi apreendido um notebook, celular e documentos.

Com salário de R$ 3.500 pagos pelo Senado, Marta Lança mora na capital mineira. Oficialmente, ela exerce a função de secretária na Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família do Congresso Nacional. Mas já atuou para o senador nas CPIs do Narcotráfico e da Pedofilia.

Em depoimento, Marta declarou que, no fim do ano passado, foi apresentada a Almir Fonseca Bento, representante da empresa Invista Empreendimentos Inteligentes, suspeita de lavagem de dinheiro. O interlocutor foi Rogério Arcanjo, assessor do pastor e deputado federal Ronaldo Fonseca, presidente do PR no Distrito Federal. Ao GLOBO, ontem, Marta disse que pediria exoneração.

— Meu nome apareceu nessa investigação porque conversava com a Fernanda, da empresa Investe. Conheci a Fernanda através de um amigo em comum de Brasília, ela veio na minha casa, foi na igreja comigo. Vou pedir para ser exonerada do cargo que ocupo, o senador é um homem idôneo e não quero manchar a imagem dele.

Por sua assessoria, Malta disse ter ficado surpreso com a notícia, afirmou que não vai julgá-la precipitadamente e que aposta na inocência da assessora por se tratar de uma amiga de vários anos, de extrema confiança. O deputado Ronaldo Fonseca e seu assessor, citados no depoimento de Marta, foram procurados, mas não retornaram.



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