terça-feira, 12 de junho de 2012

Jerusalém vai controlar DNA de cocô de cachorro

Os seguidores novidadeiros de seitas apocalípticas já podem começar a procurar algum sinal do fim dos tempos nessa notícia que chega pelo Estadão:

Contra fezes nas ruas, Jerusalém cria banco de DNA de cães

Prefeitura quer identificar e multar donos que não recolhem sujeira deixada por seus animais.

A Câmara Municipal de Jerusalém aprovou uma lei que obriga proprietários de cachorros a registrar o DNA de seus animas para identificar e multar donos que não limparam as fezes de seus cães nas ruas da cidade.

Com amostras de saliva dos animais, as autoridades criarão um banco de dados de DNA. Os donos de cães que se recusarem a fornecer a amostra serão multados.

Esquemas semelhantes foram introduzidos em municípios menores nos Estados Unidos e na Espanha. Mas o veterinário-chefe da prefeitura de Jerusalém, Zohar Dvorkin, disse à BBC Brasil que esta é a primeira vez que um projeto dessa dimensão é implementado no mundo. Em Jerusalém, há cerca de 12,5 mil cães.

Fiscais da prefeitura passarão a recolher amostras de fezes nas calçadas da cidade, que serão analisadas em laboratório para identificar os responsáveis.

A multa para os donos de cães que deixam fezes nas ruas é de 750 shekels (cerca de R$ 400). Até então, os fiscais da prefeitura só podem multar os proprietários dos animais quando o cachorro e seu dono são pegos em flagrante.

"Muitas vezes os donos dos cães fogem ao ver os fiscais", disse Dvorkin. "Mas com o novo método eles não poderão mais fugir."

Segundo o veterinário-chefe, o objetivo da prefeitura "não é ganhar dinheiro, mas sim criar um clima de dissuasão".

Dvorkin diz que, além do incômodo criado aos transeuntes, as fezes de cães nas ruas também disseminam bactérias e parasitas, que podem transmitir doenças tanto a outros cães como a pessoas.

Técnicas

Dvorkin explicou que em casos de cães agressivos é mais difícil recolher amostras de saliva. Veterinários da prefeitura estão analisando outras fontes de DNA dos animais como amostras das raízes dos pelos.

Outra questão que está sendo analisada é o limite de tempo no qual o DNA dos cachorros poderá ser identificado nas fezes.



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