quarta-feira, 31 de julho de 2013

Padre Beto vai à Justiça comum contra pena de excomunhão

Vai um holofote aí,
padre Beto?
Ai que dó! O ex-padre Beto de Bauru não consegue ficar fora da mídia. Querer aparecer parece ser o seu ofício, com o perdão da redundância.

Depois das declarações polêmicas que o levaram a ser excomungado pelo bispo de Bauru, com direito a passeata a seu favor, além da entrevista à Marília Gabriela e a outros programas menores em busca de holofote, padre Beto volta à carga, agora recorrendo à Justiça comum para reverter a pena de excomunhão.

Padre Beto ainda tenta justificar o injustificável dizendo que não move ação contra a Igreja Católica, mas contra a Diocese de Bauru, como se houvesse diferença entre as duas. A quem ele pensa que engana?

Afinal, não precisa ser um gênio jurídico para adivinhar que a ação não vai dar em nada, a não ser - obviamente - repercussão na imprensa para mais um xororô do ex-padre. 

Desapega, Beto, desapega!

Já que o ex-sacerdote não se conforma com o ostracismo que lhe foi imposto, quem sabe alguma escola de samba do Rio de Janeiro lhe ofereça o cargo de carnavalesco e assim amaine o seu desejo mórbido de aparecer na mídia, pelo menos em fevereiro.

Siga a vida, padre Beto! Seja feliz em outro lugar! Oportunidades não vão lhe faltar.

A notícia é da Folha de S. Paulo de 30/07/13:

Após declaração do papa, padre excomungado por defender gays vai à Justiça contra punição

CRISTINA CAMARGO

Impulsionado pelas declarações do papa Francisco sobre homossexuais, o padre Beto, excomungado em abril deste ano após declarações de apoio a gays, decidiu recorrer à Justiça para tentar anular sua exclusão da Igreja Católica.

Roberto Francisco Daniel, 48, conhecido como padre Beto, contratou advogados e protocolou na segunda-feira uma medida cautelar contra a Diocese de Bauru (329 km de São Paulo). Questiona a forma como foi expulso da igreja, num tribunal em que, segundo ele, compareceu sem saber do que se tratava e sem direito à defesa.

Ele estudava a possibilidade de ir à Justiça desde a época do excomunhão, mas diz que a postura do papa Francisco o estimulou ainda mais. No final de sua visita ao Brasil, o papa fez a mais ousada declaração de um pontífice sobre o homossexualismo. "Se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-la?", disse.

A ação judicial tramita na 6ª Vara Cível de Bauru. O religioso alega que tratado assinado entre o Vaticano e o governo brasileiro determina que o sistema constitucional e as leis brasileiras sejam seguidos pela igreja. Beto afirma que, além de não ter tido direito de defesa, a decisão foi publicada no mesmo dia em que foi tomada, no site da diocese.

"Fui tratado como um adolescente. Fui exposto publicamente", diz. "Essa ação judicial é também para que todo brasileiro entenda que nenhuma instituição pode fazer isso com uma pessoa".

O ex-padre disse que acreditava que seu processo de excomunhão não estivesse encerrado e ainda teria de ser assinado pelo Vaticano. Ao estudar o caso, descobriu que a decisão da Diocese de Bauru é definitiva na igreja. Por isso resolveu tentar revertê-la na Justiça.

"Não movo uma ação contra a Igreja Católica. Existe igreja e igreja. A ação é contra a diocese", ressalta.

Antes da excomunhão, Beto havia decidido pedir um afastamento temporário de suas funções. Isso aconteceu depois que o bispo de Bauru, Dom Caetano Ferrari, 70, determinou uma retratação por causa de entrevistas em que o religioso falava sobre os homossexuais e questionava o conservadorismo da Igreja Católica.

A Diocese de Bauru ainda não se manifestou sobre a ação judicial. O argumento oficial para a excomunhão foi que Beto "negou categoricamente a cumprir o que prometera em sua ordenação sacerdotal: fidelidade ao Magistério da Igreja e obediência aos seus legítimos pastores".

Depois da excomunhão, Beto seguiu dando aulas em universidades, concedeu entrevistas para programas de TV e escreveu o livro "Verdades Proibidas - ideias do padre que a igreja não conseguiu calar", lançado esta semana.



2 comentários:

  1. Pra julgar uma pessoa teriamos que nos colocar no lugar Dela e sentir o que a pessoa sentiu todas as suas fraquezas e limitações e principalmente o que fariamos se estivessemos em seu lugar.O que voce Faria se fosse o Padre Beto

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    Respostas
    1. se eu fosse o padre Beto, me recolheria à oração, à meditação, e ao convívio dos parentes e amigos verdadeiros. Mídia jamais.... simples assim.

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