1) INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem por objetivo investigar a maneira como a Justiça foi entendida pelos gregos em geral, e por Aristóteles em particular. Aristóteles (384-322 a.C.) viveu na Grécia do século IV a.C.
Nasceu em Estagira, na Macedônia, daí também o conhecermos por “o estagirita”.
Seu pai, falecido quando Aristóteles ainda era criança, chamava-se Nicômaco e ocupou o cargo de médico do rei da Macedônia.
Muitos estudiosos da sua obra atribuem a essa origem familiar o interesse de Aristóteles por assuntos relativos às ciências naturais.
Ainda jovem, Aristóteles entrou, com dezessete anos de idade, na Academia de Platão, onde permaneceu por vinte anos; sua doutrina filosófica a princípio segue os paradigmas estipulados por Platão, mas pouco a pouco o estagirita começa a proclamar sua independência intelectual, distanciando-o de seu mestre.
Após a morte de Platão, Aristóteles deixa a Academia e, alguns anos mais tarde, é convidado por Filipe, rei da Macedônia, para ser preceptor do jovem Alexandre, herdeiro do trono.
Com a ascensão de Alexandre ao poder, Aristóteles regressa a Atenas, após mais de dez anos de ausência.
Funda, então, o Liceu, escola onde ensina até 322, quando – após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C. – o estagirita vê-se forçado a deixar Atenas por causa de uma explosão de sentimentos xenófobos, em que a sua condição de estrangeiro o faz retirar-se do cenário ateniense.
No Liceu, Aristóteles produziu uma obra monumental que se tornaria referência para as investigações vindouras sobre os mais diversos ramos do conhecimento.
Aristóteles se dedicou ao estudo e à sistematização de grande parte do conhecimento então disponível, para os quais recolhia também contribuições valiosas de teorias filosóficas anteriores.
O Liceu de Aristóteles, além do edifício em si que o constituía, ficou especialmente conhecido por seu jardim, o qual tinha uma alameda para caminhar; que os contemporâneos chamavam de peripatos (as arborizadas alamedas por onde se andava conversando e ensinando), motivo pelo qual a escola aristotélica foi chamada peripatética, seja como referência à alameda, seja como referência ao fato de que Aristóteles e os estudantes passeavam por ali discutindo animadamente filosofia.
Entretanto, antes de se estudar propriamente o legado de Aristóteles, é necessário investigar, ainda que perfunctoriamente, as origens do pensamento grego, já que o estagirita não surgiu numa espécie de geração espontânea do saber, mas foi receptor das grandes discussões filosóficas anteriores, que o tornaram num referencial na história do conhecimento, na qual o seu lugar de honra está – desde então e para sempre - preservado.
O presente trabalho tem por objetivo investigar a maneira como a Justiça foi entendida pelos gregos em geral, e por Aristóteles em particular. Aristóteles (384-322 a.C.) viveu na Grécia do século IV a.C.
Nasceu em Estagira, na Macedônia, daí também o conhecermos por “o estagirita”.
Seu pai, falecido quando Aristóteles ainda era criança, chamava-se Nicômaco e ocupou o cargo de médico do rei da Macedônia.
Muitos estudiosos da sua obra atribuem a essa origem familiar o interesse de Aristóteles por assuntos relativos às ciências naturais.
Ainda jovem, Aristóteles entrou, com dezessete anos de idade, na Academia de Platão, onde permaneceu por vinte anos; sua doutrina filosófica a princípio segue os paradigmas estipulados por Platão, mas pouco a pouco o estagirita começa a proclamar sua independência intelectual, distanciando-o de seu mestre.
Após a morte de Platão, Aristóteles deixa a Academia e, alguns anos mais tarde, é convidado por Filipe, rei da Macedônia, para ser preceptor do jovem Alexandre, herdeiro do trono.
Com a ascensão de Alexandre ao poder, Aristóteles regressa a Atenas, após mais de dez anos de ausência.
Funda, então, o Liceu, escola onde ensina até 322, quando – após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C. – o estagirita vê-se forçado a deixar Atenas por causa de uma explosão de sentimentos xenófobos, em que a sua condição de estrangeiro o faz retirar-se do cenário ateniense.
No Liceu, Aristóteles produziu uma obra monumental que se tornaria referência para as investigações vindouras sobre os mais diversos ramos do conhecimento.
Aristóteles se dedicou ao estudo e à sistematização de grande parte do conhecimento então disponível, para os quais recolhia também contribuições valiosas de teorias filosóficas anteriores.
O Liceu de Aristóteles, além do edifício em si que o constituía, ficou especialmente conhecido por seu jardim, o qual tinha uma alameda para caminhar; que os contemporâneos chamavam de peripatos (as arborizadas alamedas por onde se andava conversando e ensinando), motivo pelo qual a escola aristotélica foi chamada peripatética, seja como referência à alameda, seja como referência ao fato de que Aristóteles e os estudantes passeavam por ali discutindo animadamente filosofia.
Entretanto, antes de se estudar propriamente o legado de Aristóteles, é necessário investigar, ainda que perfunctoriamente, as origens do pensamento grego, já que o estagirita não surgiu numa espécie de geração espontânea do saber, mas foi receptor das grandes discussões filosóficas anteriores, que o tornaram num referencial na história do conhecimento, na qual o seu lugar de honra está – desde então e para sempre - preservado.