Desde Lucas 9:51, quando Jesus havia manifestado "a intrépida resolução de ir para Jerusalém", o evangelista vai apresentando uma série de ensinamentos e acontecimentos que sinalizam, por assim dizer, para uma "fé em trânsito", ou uma "trajetória de fé", da qual o capítulo 18 é um dos mais ricos em demonstrações de confiança, perseverança e dependência de Deus na "estrada para Jerusalém". Começa com a parábola do juiz iníquo (vv. 1-8), mais uma em que é explorada uma imagem negativa, como ocorre na do mordomo infiel. Entretanto, aqui a simbologia é mais clara: a insistência na oração e a perseverança diante da demora de Deus em atendê-la. É difícil existir um cristão que não tenha enfrentado, pelo menos uma vez na vida, a demora de Deus em responder uma oração. O salmista, várias vezes, pede a Deus que se apresse em socorrê-lo (Salmos 22:19; 38:22; 40:13; 70:5,7; 71:12) e a perseverança na oração é ensinada repetidamente por Jesus e encampada por Paulo (Romanos 12:12, Colossenses 4:2, 1 Tessalonicenses 5:17 – "orai sem cessar"). O juiz iníquo da parábola não temia a Deus nem respeitava a humanidade (v. 4), mas diante da insistência (e da persistência) da viúva que tanto o importunava (v. 5), julgou a sua causa. A lição de Jesus é clara: se um homem ímpio não resiste à determinação de uma viúva que, certamente, tinha uma causa justa, devemos esperar o mesmo de Deus ante o clamor de Seus filhos (vv. 7-8). Jesus ainda aproveita o momento para retornar ao tema da sua segunda vinda: "quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?". Será que, "por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará" (Mateus 24:12)?
Deve ser por isso que Jesus emenda outra parábola em seguida, a do fariseu e publicano (vv. 9-14). De novo, os fariseus eram personagens centrais (e negativos) de suas parábolas. Em comum com a parábola anterior, esta traz um homem, fariseu, que pelo menos aparentemente temia a Deus, mas agia como juiz e se julgava superior aos outros. Ele "orava de si para si mesmo" (v. 11), ou seja, Deus era apenas um dado externo na sua necessidade de obter aprovação de si mesmo e de quem o visse orando. Precisava se colocar de pé, como aqueles que "gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens" (Mateus 6:5), a quem Jesus havia criticado no Sermão da Montanha. Já haviam obtido a sua recompensa, CARNAL, que era a satisfação íntima (e vazia – "de si para si") do reconhecimento público de sua importância na sociedade local. Nada os conectava a Deus senão a aparência exterior de religiosidade e de observância dos deveres cerimoniais, como o jejum e o dízimo (v. 12). Por outro lado, havia um publicano na parábola (v. 10), alguém que, dada a sua condição de cobrador de impostos e colaborador dos invasores romanos, tinha péssima reputação junto à população. Mesmo estando de pé, ele estava "longe" do fariseu (v. 13), tanto em sentido físico como espiritual, pois "não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu", mas se reconhecia publicamente como pecador e clamava pela misericórdia do Senhor. A conclusão da parábola proposta por Jesus é uma das mais belas lições do cristianismo puro e simples: o publicano foi justificado, e o fariseu, não, "porque todo o que se exalta será humilhado. Mas o que se humilha será exaltado" (v. 14), lição que seus discípulos jamais se esqueceriam, pois relembrariam muitos anos depois: "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" (1 Pedro 5:6) e "Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
Neste interregno, as crianças eram trazidas para tocar a Jesus, o que incomodava os discípulos (v. 15). Jesus lhes disse que não impedissem as crianças de chegarem até ele, pois delas é o reino de Deus (v. 16), ao que acrescentou que "quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele" (v. 17). De fato, muitas pessoas pensam que o cristianismo (e a salvação, em particular) é algo profundamente adulto, elaborado, fruto de complicadas elocubrações intelectuais, quando é algo extremamente simples, que mesmo uma criança pode entender. Outras pessoas, entretanto, nos acusam por considerar nossa crença em Cristo uma mera fantasia infantil, fruto de uma malformada percepção da realidade, um castelo de ilusões em que nos refugiamos e nos asilamos para fugirmos da complexidade do mundo adulto. Muitos cristãos, também, criam para si muitas fábulas e regras intrincadas, como se não acreditassem na singeleza da graça de Deus e, portanto, necessitassem de algumas regras adicionais ou substitutas de algo que é tão rico, belo e SIMPLES ao mesmo tempo. Como Paulo já advertia os coríntios, não podemos nos afastar da "simplicidade que há em Cristo Jesus" (2 Coríntios 11:3), e não há vergonha alguma em nos comportarmos como crianças para com Deus, como filhos queridos que sempre buscam o colo do Pai, porque sabem e se reconhecem como totalmente dependentes dEle, algo que o jovem rico, que Lucas relata em seguida (vv. 18-23) não entendia, pois, embora se preocupasse em herdar a vida eterna de alguma maneira (v. 18), não queria livrar-se das riquezas e seguir a Jesus (v. 22). É curioso que a palavra que ele usa para formular a sua pergunta – herdar (κληρονομέω - klēronomeō ) – já denuncia que a sua preocupação é muito mais material do que espiritual. No relato correspondente de Mateus 19:16, ele pergunta "que bem (αγαθός - agathos) devo fazer", ou seja, que "boa obra" ele deveria fazer para conseguir a salvação. Em ambas as perguntas, existe uma idéia subjacente, na sua abordagem inicial de Jesus, de que o jovem rico imaginava, de alguma maneira, que a salvação pudesse ser "comprada" com suas muitas riquezas. Logo, esta sua infeliz introdução, por assim dizer, "contamina" todo o restante da conversa que teve com Jesus, que lhe conhecia, como Deus, o coração, e sabia quais eram as suas reais intenções. É nesse contexto que devem ser entendidos os versículos em que ele chama Jesus de "Bom Mestre" (v. 18), e Jesus lhe responde: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus" (v. 19). Jesus não precisava testá-lo, pois já sabia o que se passava naquele coração perturbado e enganado. Tampouco está preocupado em reivindicar para si a sua condição divina, pois o âmbito da conversa, que mal começara, já havia se deslocado do mundo espiritual para o território dos bens materiais. Por isso checa a motivação primeira do jovem, ou seja, se ele sabia realmente o que queria e a quem estava se dirigindo, como fica claro no evangelho de João:
João 6:64 Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar.
João 6:65 E continuou: Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido.
João 6:66 Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele.
Chamar Jesus de "Bom Mestre", naquela situação, em que já havia ficado clara a sua real intenção, era um mero fingimento, um falso agrado do jovem, com o objetivo de obter, quem sabe com algum sacrifício material, a salvação. No fundo, o jovem rico não cria em Jesus, mas, por via das dúvidas, ele devia estar pensando: "vai que eu estou errado". Ainda que custasse alguma coisa, era melhor se garantir de alguma forma. Quando Jesus o desafia a desapegar-se do seu amor pelas riquezas, ele fica "muito triste" (περίλυπος - perilupos), tristeza esta que é meramente humana, circunstancial, "porque a tristeza (λύπη - lupē) segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte" (2 Coríntios 7:10). Jesus lamenta o ocorrido (v. 24), mas não sai correndo atrás do jovem rico para refazer as suas condições, do tipo "não é bem assim, volta aqui", como muitos crentes fazem quando evangelizam, tentando contemporizar as condições, ou melhor, a condição FÉ que Deus nos requer para a obtenção da Sua graça, a salvação. A frase que o Mestre diz em seguida, "é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" (v. 25), era uma hipérbole comumente usada nos provérbios dos povos daquela região. Os que presenciaram a cena não entenderam exatamente o que havia acontecido, pelo que se indagavam se alguém poderia ser salvo, dadas essas condições (v. 26), ao que Jesus respondeu reforçando a FÉ: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus" (v. 27). Pedro, o mais sanguíneo dos apóstolos, e que sempre se apresentava primeiro que os outros, já tratou de mostrar que eles haviam deixado tudo para trás para seguir a Jesus (v. 28), ao que Jesus lhe confirma que receberiam, já no presente, muitas vezes mais do que haviam abandonado, e a eternidade no porvir (vv. 29-30).
Era hora, entretanto, de seguir o caminho e reafirmar a Sua missão, pelo que Jesus os chama de volta ao que efetivamente deviam fazer, ir a Jerusalém e ali padecer (vv. 31-33). Os discípulos não entendiam essas coisas (v. 34), algo que ficará claro para eles, como num insight, apenas após a ressurreição, que Lucas aproveitará no capítulo 24, mas desde já prepara a sua narrativa que desembocará no caminho de Emaús, quando se lhes abrem os olhos e ardem os corações. Já próximo de Jericó, havia um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas (v. 35). Ele ouviu "o tropel da multidão que passava" (v. 36), o que indica que havia muita gente seguindo a Jesus, e certamente muitos já o esperavam nas cercanias de Jericó. Quando soube que era Jesus que passava(v. 37), ele não titubeou e saiu a clamar pelo Mestre (v. 38). Nem a censura dos transeuntes fê-lo calar-se. Pelo contrário, gritava cada vez mais (v. 39), importunando Jesus e a multidão como a viúva fizera com o juiz iníquo na parábola que inaugura o capítulo 18. Jesus pára e manda chamá-lo, perguntando-lhe o que queria, ao que ele respondeu que queria ter de volta a sua visão (v. 40). Diante de tanta insistência e fé, Jesus o curou (v. 41) e o ex-cego, agradecido, passou a segui-lo glorificando a Deus juntamente com todo o povo (v. 43).
Deve ser por isso que Jesus emenda outra parábola em seguida, a do fariseu e publicano (vv. 9-14). De novo, os fariseus eram personagens centrais (e negativos) de suas parábolas. Em comum com a parábola anterior, esta traz um homem, fariseu, que pelo menos aparentemente temia a Deus, mas agia como juiz e se julgava superior aos outros. Ele "orava de si para si mesmo" (v. 11), ou seja, Deus era apenas um dado externo na sua necessidade de obter aprovação de si mesmo e de quem o visse orando. Precisava se colocar de pé, como aqueles que "gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens" (Mateus 6:5), a quem Jesus havia criticado no Sermão da Montanha. Já haviam obtido a sua recompensa, CARNAL, que era a satisfação íntima (e vazia – "de si para si") do reconhecimento público de sua importância na sociedade local. Nada os conectava a Deus senão a aparência exterior de religiosidade e de observância dos deveres cerimoniais, como o jejum e o dízimo (v. 12). Por outro lado, havia um publicano na parábola (v. 10), alguém que, dada a sua condição de cobrador de impostos e colaborador dos invasores romanos, tinha péssima reputação junto à população. Mesmo estando de pé, ele estava "longe" do fariseu (v. 13), tanto em sentido físico como espiritual, pois "não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu", mas se reconhecia publicamente como pecador e clamava pela misericórdia do Senhor. A conclusão da parábola proposta por Jesus é uma das mais belas lições do cristianismo puro e simples: o publicano foi justificado, e o fariseu, não, "porque todo o que se exalta será humilhado. Mas o que se humilha será exaltado" (v. 14), lição que seus discípulos jamais se esqueceriam, pois relembrariam muitos anos depois: "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte" (1 Pedro 5:6) e "Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4:10).
Neste interregno, as crianças eram trazidas para tocar a Jesus, o que incomodava os discípulos (v. 15). Jesus lhes disse que não impedissem as crianças de chegarem até ele, pois delas é o reino de Deus (v. 16), ao que acrescentou que "quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele" (v. 17). De fato, muitas pessoas pensam que o cristianismo (e a salvação, em particular) é algo profundamente adulto, elaborado, fruto de complicadas elocubrações intelectuais, quando é algo extremamente simples, que mesmo uma criança pode entender. Outras pessoas, entretanto, nos acusam por considerar nossa crença em Cristo uma mera fantasia infantil, fruto de uma malformada percepção da realidade, um castelo de ilusões em que nos refugiamos e nos asilamos para fugirmos da complexidade do mundo adulto. Muitos cristãos, também, criam para si muitas fábulas e regras intrincadas, como se não acreditassem na singeleza da graça de Deus e, portanto, necessitassem de algumas regras adicionais ou substitutas de algo que é tão rico, belo e SIMPLES ao mesmo tempo. Como Paulo já advertia os coríntios, não podemos nos afastar da "simplicidade que há em Cristo Jesus" (2 Coríntios 11:3), e não há vergonha alguma em nos comportarmos como crianças para com Deus, como filhos queridos que sempre buscam o colo do Pai, porque sabem e se reconhecem como totalmente dependentes dEle, algo que o jovem rico, que Lucas relata em seguida (vv. 18-23) não entendia, pois, embora se preocupasse em herdar a vida eterna de alguma maneira (v. 18), não queria livrar-se das riquezas e seguir a Jesus (v. 22). É curioso que a palavra que ele usa para formular a sua pergunta – herdar (κληρονομέω - klēronomeō ) – já denuncia que a sua preocupação é muito mais material do que espiritual. No relato correspondente de Mateus 19:16, ele pergunta "que bem (αγαθός - agathos) devo fazer", ou seja, que "boa obra" ele deveria fazer para conseguir a salvação. Em ambas as perguntas, existe uma idéia subjacente, na sua abordagem inicial de Jesus, de que o jovem rico imaginava, de alguma maneira, que a salvação pudesse ser "comprada" com suas muitas riquezas. Logo, esta sua infeliz introdução, por assim dizer, "contamina" todo o restante da conversa que teve com Jesus, que lhe conhecia, como Deus, o coração, e sabia quais eram as suas reais intenções. É nesse contexto que devem ser entendidos os versículos em que ele chama Jesus de "Bom Mestre" (v. 18), e Jesus lhe responde: "Porque me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus" (v. 19). Jesus não precisava testá-lo, pois já sabia o que se passava naquele coração perturbado e enganado. Tampouco está preocupado em reivindicar para si a sua condição divina, pois o âmbito da conversa, que mal começara, já havia se deslocado do mundo espiritual para o território dos bens materiais. Por isso checa a motivação primeira do jovem, ou seja, se ele sabia realmente o que queria e a quem estava se dirigindo, como fica claro no evangelho de João:
João 6:64 Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar.
João 6:65 E continuou: Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido.
João 6:66 Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele.
Chamar Jesus de "Bom Mestre", naquela situação, em que já havia ficado clara a sua real intenção, era um mero fingimento, um falso agrado do jovem, com o objetivo de obter, quem sabe com algum sacrifício material, a salvação. No fundo, o jovem rico não cria em Jesus, mas, por via das dúvidas, ele devia estar pensando: "vai que eu estou errado". Ainda que custasse alguma coisa, era melhor se garantir de alguma forma. Quando Jesus o desafia a desapegar-se do seu amor pelas riquezas, ele fica "muito triste" (περίλυπος - perilupos), tristeza esta que é meramente humana, circunstancial, "porque a tristeza (λύπη - lupē) segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte" (2 Coríntios 7:10). Jesus lamenta o ocorrido (v. 24), mas não sai correndo atrás do jovem rico para refazer as suas condições, do tipo "não é bem assim, volta aqui", como muitos crentes fazem quando evangelizam, tentando contemporizar as condições, ou melhor, a condição FÉ que Deus nos requer para a obtenção da Sua graça, a salvação. A frase que o Mestre diz em seguida, "é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus" (v. 25), era uma hipérbole comumente usada nos provérbios dos povos daquela região. Os que presenciaram a cena não entenderam exatamente o que havia acontecido, pelo que se indagavam se alguém poderia ser salvo, dadas essas condições (v. 26), ao que Jesus respondeu reforçando a FÉ: "Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus" (v. 27). Pedro, o mais sanguíneo dos apóstolos, e que sempre se apresentava primeiro que os outros, já tratou de mostrar que eles haviam deixado tudo para trás para seguir a Jesus (v. 28), ao que Jesus lhe confirma que receberiam, já no presente, muitas vezes mais do que haviam abandonado, e a eternidade no porvir (vv. 29-30).
Era hora, entretanto, de seguir o caminho e reafirmar a Sua missão, pelo que Jesus os chama de volta ao que efetivamente deviam fazer, ir a Jerusalém e ali padecer (vv. 31-33). Os discípulos não entendiam essas coisas (v. 34), algo que ficará claro para eles, como num insight, apenas após a ressurreição, que Lucas aproveitará no capítulo 24, mas desde já prepara a sua narrativa que desembocará no caminho de Emaús, quando se lhes abrem os olhos e ardem os corações. Já próximo de Jericó, havia um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas (v. 35). Ele ouviu "o tropel da multidão que passava" (v. 36), o que indica que havia muita gente seguindo a Jesus, e certamente muitos já o esperavam nas cercanias de Jericó. Quando soube que era Jesus que passava(v. 37), ele não titubeou e saiu a clamar pelo Mestre (v. 38). Nem a censura dos transeuntes fê-lo calar-se. Pelo contrário, gritava cada vez mais (v. 39), importunando Jesus e a multidão como a viúva fizera com o juiz iníquo na parábola que inaugura o capítulo 18. Jesus pára e manda chamá-lo, perguntando-lhe o que queria, ao que ele respondeu que queria ter de volta a sua visão (v. 40). Diante de tanta insistência e fé, Jesus o curou (v. 41) e o ex-cego, agradecido, passou a segui-lo glorificando a Deus juntamente com todo o povo (v. 43).