Coluna de Fernando Rodrigues na Folha de S. Paulo de hoje:
Brasília fracassou
BRASÍLIA - A prisão preventiva do governador de Brasília, José Roberto Arruda, confirma a falência do modelo político-administrativo do Distrito Federal. Criado em 1960 e piorado ao longo das décadas, o sistema é disfuncional e produz escândalos em série.
O Congresso fará um bem ao Brasil -e aos habitantes de Brasília- se extinguir o modelo em vigor. O Distrito Federal tem mais de 2,5 milhões de habitantes e nenhum prefeito nem vereador. Só há um governador e uma Câmara Distrital. A concentração de poder é a porta de entrada para a corrupção.
Considerava-se necessário no passado instalar a capital da República numa área de segurança nacional. Esse conceito caducou. Não há prejuízo nem risco para o Brasil hoje se o Distrito Federal for devolvido para Goiás. Cidades satélites como Ceilândia (mais de meio milhão de habitantes) passariam a ter prefeitos e Câmara Municipais.
Não ficariam mais controladas por um administrador nomeado sabe-se lá com que tipo de influência política imprópria e oculta. O centro de Brasília também pode ser uma cidade autônoma, como as demais, com prefeito e vereadores. Os cidadãos brasilienses passariam a votar para eleger o governador de Goiás, senadores, deputados federais e estaduais goianos.
Os benefícios seriam fartos. O Senado eliminaria as três vagas de Brasília. Não haveria mais Câmara Distrital e a casa dos horrores chamada Palácio do Buriti, sede do governo local. Os edifícios poderiam ser convertidos em museus.
É preciso coragem para colocar essa mudança em prática. Mas o fracasso retumbante do sistema atual exige grandeza do Congresso: acabar com o democratismo da Constituição de 1988 que ampliou de maneira desmedida a autonomia administrativa para um pedaço de terra no interior de Goiás. Um benefício pago com o dinheiro de todos contribuintes brasileiros.
O Congresso fará um bem ao Brasil -e aos habitantes de Brasília- se extinguir o modelo em vigor. O Distrito Federal tem mais de 2,5 milhões de habitantes e nenhum prefeito nem vereador. Só há um governador e uma Câmara Distrital. A concentração de poder é a porta de entrada para a corrupção.
Considerava-se necessário no passado instalar a capital da República numa área de segurança nacional. Esse conceito caducou. Não há prejuízo nem risco para o Brasil hoje se o Distrito Federal for devolvido para Goiás. Cidades satélites como Ceilândia (mais de meio milhão de habitantes) passariam a ter prefeitos e Câmara Municipais.
Não ficariam mais controladas por um administrador nomeado sabe-se lá com que tipo de influência política imprópria e oculta. O centro de Brasília também pode ser uma cidade autônoma, como as demais, com prefeito e vereadores. Os cidadãos brasilienses passariam a votar para eleger o governador de Goiás, senadores, deputados federais e estaduais goianos.
Os benefícios seriam fartos. O Senado eliminaria as três vagas de Brasília. Não haveria mais Câmara Distrital e a casa dos horrores chamada Palácio do Buriti, sede do governo local. Os edifícios poderiam ser convertidos em museus.
É preciso coragem para colocar essa mudança em prática. Mas o fracasso retumbante do sistema atual exige grandeza do Congresso: acabar com o democratismo da Constituição de 1988 que ampliou de maneira desmedida a autonomia administrativa para um pedaço de terra no interior de Goiás. Um benefício pago com o dinheiro de todos contribuintes brasileiros.
A idéia é muito boa, portanto nada mudara.
ResponderExcluirAleques soares de sousa
ResponderExcluirNão é por nada não , más esse texto não leva em consideração um monte de coisas.
Primeiro: O fato de ter prefeitos não elimina o fator corrupção da administração pública muito bem mostrado em vários casos de corrupção evolvendo prefeituras e suas respctivas câmaras municipais;
Segundo : Prefeituras e Câmaras municipais em alguns municípios os salários que é pago para seus componentes não é coberto pela arrecadação do próprio município levando os munícepes a trabalharem para manter um exevutivo sem função e um legslativo sem proveito.
Vamos fazer uma análise mais criteriosa eu acho sinceramente que Executivo e Legislativo municipais só servem para gastar o dinheiro que poderia ser usado para investimento na população.