Muitas igrejas hoje entendem que o inimigo a ser batido é a “religiosidade”, ou seja, aqueles que se preocupam em manter viva a essência do evangelho, a graça salvífica e redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se revela simples e acessível ao ser humano, seja ele do século III ou do XXI.
Não, isso não basta, dizem os novos pregadores do apocalipse. Curiosamente, dizendo-se “apóstolos”, negam a própria tradição apostólica. Dizendo-se resgatadores da verdade evangélica, se valem de novidades rituais e mercadológicas de ocasião. É preciso submeter-se aos seus complicados rituais e repetir os seus chavões e mantras, que alegam dizer tudo, mas não dizem nada.
Já que aquilo que eles chamam pejorativamente de “religiosidade” se preocupa com a essência do evangelho, nela não há lugar para correntes de prosperidade, novos apostolados, estranhas unções e atividades exóticas afins. É preciso “colar” nos outros a pecha de “religiosos” para desviar a atenção da sua própria religiosidade pagã.
Chegamos, portanto, a uma nova fase, uma espécie de inquisição moderna. Se o irmão ou a irmã se preocupam em estudar a Palavra, para conferir nela se os seus líderes estão realmente pregando a Verdade, logo eles são chamados de “religiosos” e devem ser combatidos e exterminados.
O mesmo ocorre se eles ousam questionar os seus líderes e se preocupam em manter-se conectados à essência do evangelho, tal como nos foi legado ao longo de 2.000 anos de História da Igreja Cristã, e não se convertem ao novo “evangelho”, finalmente revelado aos líderes iluminados nos últimos 20 anos, os novos gnósticos portadores de uma revelação especial. O inferno não tolera a Sabedoria.
O tristemente curioso nisso tudo é que se esquece facilmente de que Jesus foi um bom religioso. Hoje é chamado de “fariseu” todo aquele que mantém os dois pés atrás em relação a toda e qualquer novidade esdrúxula que se imiscui na Igreja. Paulo se orgulhava de ser um fariseu no melhor sentido da palavra (Atos 26:5), hoje tão depreciada.
Era aos religiosos que o evangelho era pregado inicialmente (Atos 2:5 e 13:43) nas reuniões festivas e sinagogas, e a palavra “religioso” aqui era usada no melhor sentido, exatamente para designar quem estava interessado em aprender e seguir os ensinamentos do Senhor.
Para Tiago, “a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27), mas provavelmente ele seria expulso da Igreja se dissesse uma coisa dessas em pleno século XXI, já que a palavra “religião” foi banida de muitos púlpitos por ser a nova inimiga de plantão.
Ajudar os órfãos e as viúvas então, nem pensar... a não ser que de repente seja necessário para adoçar (com o intuito de “justificar”) o turbilhão de dinheiro entrando na “obra”, já que não fica bem comprar um avião de 9 milhões de dólares pro “pastor” com o dinheiro que poderia ser melhor usado em caridade.
Entretanto, outro fenômeno esvazia ainda mais o discurso da caça aos “religiosos”. Afinal, quem é que define o que é “religiosidade”? Atacá-la também não é outra forma de religião? O também tristemente curioso é que quem inicia essas campanhas antirreligiosas tem uma série de práticas muito mais religiosas, como o próprio nome “campanha”, que faz tanto sucesso no meio gospel atual, deixando as novenas e os terços católicos no chinelo. O discurso antirreligioso é só mais uma subespécie (degenerada) do discurso religioso. Simples assim.
É certo que, num futuro próximo, a “religiosidade”, tal como é vista por alguns pregadores, deixará de ser a inimiga e novos espantalhos serão erigidos em seu lugar, uma espécie de “vodus evangélicos” que deverão ser alfinetados de todas as maneiras possíveis até que se esgotem e sejam novamente substituídos pelo mais novo vilão do imaginário “gospel”.
Entretanto, o estrago já estará consumado na vida de muitas pessoas que foram atraídas por essa pregação perniciosa, que, conforme Paulo já dizia (2 Coríntios 11:3) e Davi já ensinava (Salmo 51:17), não consegue se contentar com a simplicidade da devoção sincera de um coração contrito.
Àqueles que foram tachados de “religiosos”, não resta ou alternativa senão manterem-se fiéis à sã doutrina. Como o próprio Jesus deixou bem claro, mais importante do que dar frutos rápidos e aguados, é permanecer (João 15:16).
No meio de tanta ansiedade gerada pelo consumismo moderno, dentro e fora das igrejas, religiosos de todo o mundo, uni-vos! O melhor a fazer é continuar crendo no que Jesus disse: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11:29).
É muito mais cristão ser religioso no melhor sentido do termo, do que atacar a religiosidade, mas se locupletar à custa dela.
Não, isso não basta, dizem os novos pregadores do apocalipse. Curiosamente, dizendo-se “apóstolos”, negam a própria tradição apostólica. Dizendo-se resgatadores da verdade evangélica, se valem de novidades rituais e mercadológicas de ocasião. É preciso submeter-se aos seus complicados rituais e repetir os seus chavões e mantras, que alegam dizer tudo, mas não dizem nada.
Já que aquilo que eles chamam pejorativamente de “religiosidade” se preocupa com a essência do evangelho, nela não há lugar para correntes de prosperidade, novos apostolados, estranhas unções e atividades exóticas afins. É preciso “colar” nos outros a pecha de “religiosos” para desviar a atenção da sua própria religiosidade pagã.
Chegamos, portanto, a uma nova fase, uma espécie de inquisição moderna. Se o irmão ou a irmã se preocupam em estudar a Palavra, para conferir nela se os seus líderes estão realmente pregando a Verdade, logo eles são chamados de “religiosos” e devem ser combatidos e exterminados.
O mesmo ocorre se eles ousam questionar os seus líderes e se preocupam em manter-se conectados à essência do evangelho, tal como nos foi legado ao longo de 2.000 anos de História da Igreja Cristã, e não se convertem ao novo “evangelho”, finalmente revelado aos líderes iluminados nos últimos 20 anos, os novos gnósticos portadores de uma revelação especial. O inferno não tolera a Sabedoria.
O tristemente curioso nisso tudo é que se esquece facilmente de que Jesus foi um bom religioso. Hoje é chamado de “fariseu” todo aquele que mantém os dois pés atrás em relação a toda e qualquer novidade esdrúxula que se imiscui na Igreja. Paulo se orgulhava de ser um fariseu no melhor sentido da palavra (Atos 26:5), hoje tão depreciada.
Era aos religiosos que o evangelho era pregado inicialmente (Atos 2:5 e 13:43) nas reuniões festivas e sinagogas, e a palavra “religioso” aqui era usada no melhor sentido, exatamente para designar quem estava interessado em aprender e seguir os ensinamentos do Senhor.
Para Tiago, “a religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27), mas provavelmente ele seria expulso da Igreja se dissesse uma coisa dessas em pleno século XXI, já que a palavra “religião” foi banida de muitos púlpitos por ser a nova inimiga de plantão.
Ajudar os órfãos e as viúvas então, nem pensar... a não ser que de repente seja necessário para adoçar (com o intuito de “justificar”) o turbilhão de dinheiro entrando na “obra”, já que não fica bem comprar um avião de 9 milhões de dólares pro “pastor” com o dinheiro que poderia ser melhor usado em caridade.
Entretanto, outro fenômeno esvazia ainda mais o discurso da caça aos “religiosos”. Afinal, quem é que define o que é “religiosidade”? Atacá-la também não é outra forma de religião? O também tristemente curioso é que quem inicia essas campanhas antirreligiosas tem uma série de práticas muito mais religiosas, como o próprio nome “campanha”, que faz tanto sucesso no meio gospel atual, deixando as novenas e os terços católicos no chinelo. O discurso antirreligioso é só mais uma subespécie (degenerada) do discurso religioso. Simples assim.
É certo que, num futuro próximo, a “religiosidade”, tal como é vista por alguns pregadores, deixará de ser a inimiga e novos espantalhos serão erigidos em seu lugar, uma espécie de “vodus evangélicos” que deverão ser alfinetados de todas as maneiras possíveis até que se esgotem e sejam novamente substituídos pelo mais novo vilão do imaginário “gospel”.
Entretanto, o estrago já estará consumado na vida de muitas pessoas que foram atraídas por essa pregação perniciosa, que, conforme Paulo já dizia (2 Coríntios 11:3) e Davi já ensinava (Salmo 51:17), não consegue se contentar com a simplicidade da devoção sincera de um coração contrito.
Àqueles que foram tachados de “religiosos”, não resta ou alternativa senão manterem-se fiéis à sã doutrina. Como o próprio Jesus deixou bem claro, mais importante do que dar frutos rápidos e aguados, é permanecer (João 15:16).
No meio de tanta ansiedade gerada pelo consumismo moderno, dentro e fora das igrejas, religiosos de todo o mundo, uni-vos! O melhor a fazer é continuar crendo no que Jesus disse: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11:29).
É muito mais cristão ser religioso no melhor sentido do termo, do que atacar a religiosidade, mas se locupletar à custa dela.
Estimado Irmão Hélio!
ResponderExcluirParabéns por este texto. Profundo e Consistente. Nós que usamos a Inteligência que Deus nos deu, sabemos que o termo Religião se aplica a toda e qualquer expressão que nos liga a Deus. Mas muitos continuarão dizendo que seguem o Evangelho e não Religião. Na verdade estas pessoas fazem uma confusão entre o termo Religião e Instituição. Talvez o que elas queiram dizer é que não seguem Instituições, mas acabam uando o termo religião para expressar isto. Paz em Cristo!
http://www.reverendoeugenio.blogspot.com/
Obrigado pelo comentário e pelo elogio, Rev. Eugênio!
ResponderExcluirA Deus toda a glória!