Parte 2 - A terra
por Richard Foster
Outra coisa interessante a respeito do Jubileu era a perspectiva que ele dava à terra, uma perspectiva que era característica do pensamento do Antigo Testamento. A terra não tinha valor em si e de si própria em termos do número de colheitas que produziria até o Jubileu (Lv 26:16). Ela não era usada como um investimento, coisa comum nos nossos dias. A questão central era que o povo de Israel não possuía a terra; apenas tinha permissão para usá-la. Deus era o soberano da terra: “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha” (Lv 25:23). Como o tesoureiro de uma companhia ou a governanta de uma mansão, a autoridade humana sobre a terra era de supervisão. Deus havia distribuído a terra de tal forma que todo o povo podia se beneficiar com sua produção.
Este princípio de distribuição equitativa em vez de acúmulo, e administração em vez de posse, era tão revolucionário naquela época como é agora. O que aconteceria se esta ideia – de que o propósito da terra é servir às necessidades da humanidade em vez de prover os meios para auto-engrandecimento – fossem aceitos hoje? O que isto diria aos nossos investimentos em bens imóveis? Talvez este enfoque não recebesse a aprovação geral, mas e se os cristãos cressem que a terra era para o bem de todas as pessoas igualmente? É possível que apenas este grupo pudesse liberar recursos que amputariam a fome da face da terra?
Não temos nenhuma evidência histórica de que os filhos da aliança jamais implementaram o Jubileu. Contudo, isto nos diz apenas que eles eram frequentemente um povo de dura cerviz e desobediente. Não joga nenhuma luz sobre a correção ou viabilidade ou mesmo conveniência desse tipo de providência. O que o princípio do Jubileu de fato nos mostra é a preocupação profunda e permanente de Deus com a justiça e a equidade.
(FOSTER, Richard. Celebração da Simplicidade. Campinas: United Press, 1999, pp. 36-37)
por Richard Foster
Outra coisa interessante a respeito do Jubileu era a perspectiva que ele dava à terra, uma perspectiva que era característica do pensamento do Antigo Testamento. A terra não tinha valor em si e de si própria em termos do número de colheitas que produziria até o Jubileu (Lv 26:16). Ela não era usada como um investimento, coisa comum nos nossos dias. A questão central era que o povo de Israel não possuía a terra; apenas tinha permissão para usá-la. Deus era o soberano da terra: “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha” (Lv 25:23). Como o tesoureiro de uma companhia ou a governanta de uma mansão, a autoridade humana sobre a terra era de supervisão. Deus havia distribuído a terra de tal forma que todo o povo podia se beneficiar com sua produção.
Este princípio de distribuição equitativa em vez de acúmulo, e administração em vez de posse, era tão revolucionário naquela época como é agora. O que aconteceria se esta ideia – de que o propósito da terra é servir às necessidades da humanidade em vez de prover os meios para auto-engrandecimento – fossem aceitos hoje? O que isto diria aos nossos investimentos em bens imóveis? Talvez este enfoque não recebesse a aprovação geral, mas e se os cristãos cressem que a terra era para o bem de todas as pessoas igualmente? É possível que apenas este grupo pudesse liberar recursos que amputariam a fome da face da terra?
Não temos nenhuma evidência histórica de que os filhos da aliança jamais implementaram o Jubileu. Contudo, isto nos diz apenas que eles eram frequentemente um povo de dura cerviz e desobediente. Não joga nenhuma luz sobre a correção ou viabilidade ou mesmo conveniência desse tipo de providência. O que o princípio do Jubileu de fato nos mostra é a preocupação profunda e permanente de Deus com a justiça e a equidade.
(FOSTER, Richard. Celebração da Simplicidade. Campinas: United Press, 1999, pp. 36-37)