A revista ISTOÉ publicou uma longa matéria sobre premonição na sua última edição, que foi rebatida pelo jornalista Carlos Orsi, do Estadão. A quem interessar possa, a polêmica pode ser acompanhada pelos excertos e links abaixo:
Estudo feito por um renomado psicólogo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, reacende o debate sobre a capacidade humana de antever o futuro
Num diálogo do livro “Alice no Outro Lado do Espelho”, de Lewis Carroll, a continuação do clássico “Alice no País das Maravilhas”, a Rainha Branca diz à Alice que tem memória nos dois sentidos, para o passado e para o futuro. Tese que a menina considera um absurdo: “Ninguém pode acreditar em coisas impossíveis”, rebate. A soberana, no entanto, explica que é somente uma questão de prática e a aconselha a imaginar ao menos seis coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã. Menos cético que a carismática personagem, o renomado professor americano Daryl J. Bem, um dos mais proeminentes pesquisadores de psicologia de sua geração, segundo o “The New York Times”, ousou deixar de lado a regra silenciosa que paira sobre o ambiente acadêmico, segundo a qual tudo o que foge de uma explicação racional deve ser solenemente ignorado. E desobedeceu a esse hermetismo em grande estilo, ao investigar a capacidade humana de antever o futuro, popularmente conhecida como premonição. Tal qual a Rainha Branca, ele crê na memória com a seta indicando para a frente.
(continue lendo no site da ISTOÉ)
Não, a ciência não encontrou provas de precognição
por Carlos Orsi
Confesso que desde novembro do ano passado eu vinha esperando algum veículo da imprensa brasileira resolver divulgar, de forma sensacionalista, o artigo “Feeling the Future: Experimental Evidence for Anomalous Retroactive Influences on Cognition and Affect“, de autoria do pesquisador Daryl Bem e que relata nove experimentos que testaram a capacidade humana de prever o futuro — alguns dos quais, segundo o autor, obtiveram resultados positivos.
O IG já havia publicado uma extensa entrevista com Daryl Bem em janeiro, agora em março a revista Mente e Cérebro trouxe artigo a respeito e houve um artigo bem ponderado e nada sensacionalista de Hélio Schawrtsman, mas faltava a abordagem sensacionalista. Confirmando o dito de H.L. Mencken, segundo o qual pensar mal dos outros pode ser um pecado, mas raramente será um erro, eis que no domingo de carnaval encontro a IstoÉ nas bancas com a seguinte chamada de capa: “Premonição Existe“.
O tempora! O mores!
(continue lendo no site Amálgama)
A premonição sob a luz da ciência
Estudo feito por um renomado psicólogo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, reacende o debate sobre a capacidade humana de antever o futuro
Num diálogo do livro “Alice no Outro Lado do Espelho”, de Lewis Carroll, a continuação do clássico “Alice no País das Maravilhas”, a Rainha Branca diz à Alice que tem memória nos dois sentidos, para o passado e para o futuro. Tese que a menina considera um absurdo: “Ninguém pode acreditar em coisas impossíveis”, rebate. A soberana, no entanto, explica que é somente uma questão de prática e a aconselha a imaginar ao menos seis coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã. Menos cético que a carismática personagem, o renomado professor americano Daryl J. Bem, um dos mais proeminentes pesquisadores de psicologia de sua geração, segundo o “The New York Times”, ousou deixar de lado a regra silenciosa que paira sobre o ambiente acadêmico, segundo a qual tudo o que foge de uma explicação racional deve ser solenemente ignorado. E desobedeceu a esse hermetismo em grande estilo, ao investigar a capacidade humana de antever o futuro, popularmente conhecida como premonição. Tal qual a Rainha Branca, ele crê na memória com a seta indicando para a frente.
(continue lendo no site da ISTOÉ)
Não, a ciência não encontrou provas de precognição
por Carlos Orsi
Confesso que desde novembro do ano passado eu vinha esperando algum veículo da imprensa brasileira resolver divulgar, de forma sensacionalista, o artigo “Feeling the Future: Experimental Evidence for Anomalous Retroactive Influences on Cognition and Affect“, de autoria do pesquisador Daryl Bem e que relata nove experimentos que testaram a capacidade humana de prever o futuro — alguns dos quais, segundo o autor, obtiveram resultados positivos.
O IG já havia publicado uma extensa entrevista com Daryl Bem em janeiro, agora em março a revista Mente e Cérebro trouxe artigo a respeito e houve um artigo bem ponderado e nada sensacionalista de Hélio Schawrtsman, mas faltava a abordagem sensacionalista. Confirmando o dito de H.L. Mencken, segundo o qual pensar mal dos outros pode ser um pecado, mas raramente será um erro, eis que no domingo de carnaval encontro a IstoÉ nas bancas com a seguinte chamada de capa: “Premonição Existe“.
O tempora! O mores!
(continue lendo no site Amálgama)