Há algumas histórias tão bizarras que nem mereceriam nota de rodapé em jornal de bairro, mas que servem para expor o ridículo da "indignação" de certas pessoas chatas, que não se contentam em guardar a sua frustração de vida apenas para si, e por isso ficam arranjando motivos fúteis para importunar quem não tem nada a ver com sua tragédia pessoal.
Parece ser este o caso de John Wolff, um engenheiro eletrotécnico aposentado (e ateu) de Manheim Township, na Pennsylvania (EUA), que ficou magoadinho com um restaurante local, o Prudhomme's Lost Cajun Kitchen.
Tudo porque o restaurante em questão oferece um desconto de 10% aos domingos à noite, mas só para quem apresenta o boletim dominical de alguma igreja ou sinagoga da região.
Sentindo-se discriminado (ou - mais provavelmente - na falta do que fazer), John Wollf apresentou uma queixa oficial à Comissão de Relações Humanas do Estado da Pennsylvania, além de ter provocado organizações ateístas a se manifestar sobre a questão.
A Freedom from Religion Foundation ("Fundação para a Liberdade da Religião"), por exemplo, não perdeu o holofote e se deu ao trabalho de emitir nota oficial dizendo que "os descontos para boletins de igreja são práticas promocionais restritivas, que favorecem os clientes religiosos e negam a clientes que não frequentam a igreja, e não-crentes, o direito a desfrutar completa e igualmente do restaurante, da loja ou outros negócios".
Tanta coisa boa para fazer na vida, e ateus gastam energia e dinheiro para botar a boca no trombone por causa de 10% de desconto no jantar de domingo à noite num restaurante popular.
Uma das proprietárias do restaurante, Sharon Prudhomme, se defende dizendo que esta é apenas uma promoção para atrair mais clientela nos domingos à noite, assim como existem outras promoções para outros grupos sociais em outros dias da semana, e ninguém dá piti por causa disso.
Prudhomme alega também que ninguém é obrigado a ser religioso para conseguir um desconto, se estiver assim tão necessitado. Basta passar em uma das muitas igrejas e sinagogas da região e pegar um boletim de graça, na porta, sem nem precisar entrar no templo.
Depois os ateus ficam chateados quando a gente diz que eles só ficam tão revoltados por um prato de comida porque precisam cacarejar a sua amargura em praça pública. Odeiam sofrer a sua solidão.
Se ser ateu é tão bom assim, por que é que eles não conseguem ser felizes sozinhos, sem incomodar ninguém por bobagem?
Talvez porque, no fundo, eles têm uma carência mórbida de atenção...
Fonte: Lancaster Online