Novas informações surgem dando conta de que o matador do triste episódio na escola de Realengo já sofria de esquizofrenia desde os 6 anos de idade, época em que já tomava remédios controlados e os pais adotivos o teriam trazido para casa cientes de sua condição, o que - se confirmado - revela uma atitude amorosa e elogiável. O problema maior foi Wellington Menezes de Oliveira ter parado com a medicação aos 14 anos de idade. Familiares revelam ainda que o assassino sofreu bullying na mesma escola onde praticou o atentado e teria fascinação pelo Velho Testamento da Bíblia e também pelos terroristas islâmicos, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo na edição de hoje:
Atirador sofreu bullying, diz irmão
Vannildo Mendes / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Desajeitado e arredio, o atirador Wellington Menezes de Oliveira era alvo de chacotas de colegas da Escola Municipal Tasso da Silveira, palco do massacre. Na adolescência, foi rejeitado pelas meninas. "Desde pequeno ele tinha distúrbio mental e sofria isso que chamam de bullying", diz A., seu irmão adotivo de 44 anos.
Sob compromisso de não ser identificado - a Secretaria de Segurança do Rio lhe alertou que pode sofrer retaliação -, A. contou ao Estado que, ainda criança, Wellington recebeu diagnóstico de esquizofrenia. Ele foi adotado pela tia, Dicéia de Oliveira, mãe de A. "Lembro do dia em que ela chegou com aquela criança assustada no colo. Ele tinha de 6 a 7 anos quando começou a tomar remédios controlados."
Por volta dos 13 ou 14 - idade das vítimas -, Wellington abandonou os remédios. "Desde então sua esquisitice só piorou. Ele tinha obsessão pelo Velho Testamento da Bíblia", relatou A., negando que o irmão tivesse ligação com o Islamismo, como se especulou após a chacina.
A preocupação da família cresceu quando Dicéia percebeu que Wellington, já então viciado em internet, passou a ler manuais de fabricação de explosivos e manuseio de armas, além de pesquisar atentados terroristas, com predileção por homens-bomba do Oriente Médio. Segundo A., Wellington tinha preferência mórbida por cenas violentas e foi censurado pela família por comentar com empolgação o atentado contra Nova York, em 2001.
Os problemas se agravaram com a morte do pai adotivo, há cinco anos. E Wellington se isolou de vez após a morte de Dicéia, há dois, quando foi morar em Sepetiba, na casa deixada pelo pai. Especula-se que a partir daí passou a planejar o massacre. "Fiquei perplexo, como todo mundo, quando vi na TV a habilidade com que ele usava armas", diz A. Para ele, Wellington aprendeu tudo na internet.
Nicéia teve cinco filhos biológicos - três vivem no Distrito Federal. Taxista por mais de 20 anos, quase todo o tempo morando em Realengo, A. divorciou-se há três e mudou para o Entorno do Distrito Federal, onde vive há mais de 15 anos seu irmão mais velho, P., de 59. Uma irmã é dona de casa e vive com o marido, professor, há dez anos em Brasília. Outros dois irmãos ainda moram no Rio, um no Realengo.
Os Oliveira Alves, irmãos adotivos de Wellington, conheciam a maioria das famílias de adolescentes atacados. "Sou pai e avô e posso sentir o tamanho da dor dessas famílias. A única coisa que podemos fazer é lamentar do fundo do coração."
Retaliação. A vida da família está destruída. Ontem A. foi avisado pela empresa que está compulsoriamente de férias e deve aguardar em casa. Hipertenso e doente renal, P. teve ontem de ser internado. Pai de santo, ele comanda a Casa Afro-Cultural e Assistencial São Jorge, entidade filantrópica com registro ativo no governo federal, que recebe dinheiro público para atividades assistenciais. Por determinação policial, que considera elevado o risco de atentados, ele fechou o local por tempo indeterminado.
Sob compromisso de não ser identificado - a Secretaria de Segurança do Rio lhe alertou que pode sofrer retaliação -, A. contou ao Estado que, ainda criança, Wellington recebeu diagnóstico de esquizofrenia. Ele foi adotado pela tia, Dicéia de Oliveira, mãe de A. "Lembro do dia em que ela chegou com aquela criança assustada no colo. Ele tinha de 6 a 7 anos quando começou a tomar remédios controlados."
Por volta dos 13 ou 14 - idade das vítimas -, Wellington abandonou os remédios. "Desde então sua esquisitice só piorou. Ele tinha obsessão pelo Velho Testamento da Bíblia", relatou A., negando que o irmão tivesse ligação com o Islamismo, como se especulou após a chacina.
A preocupação da família cresceu quando Dicéia percebeu que Wellington, já então viciado em internet, passou a ler manuais de fabricação de explosivos e manuseio de armas, além de pesquisar atentados terroristas, com predileção por homens-bomba do Oriente Médio. Segundo A., Wellington tinha preferência mórbida por cenas violentas e foi censurado pela família por comentar com empolgação o atentado contra Nova York, em 2001.
Os problemas se agravaram com a morte do pai adotivo, há cinco anos. E Wellington se isolou de vez após a morte de Dicéia, há dois, quando foi morar em Sepetiba, na casa deixada pelo pai. Especula-se que a partir daí passou a planejar o massacre. "Fiquei perplexo, como todo mundo, quando vi na TV a habilidade com que ele usava armas", diz A. Para ele, Wellington aprendeu tudo na internet.
Nicéia teve cinco filhos biológicos - três vivem no Distrito Federal. Taxista por mais de 20 anos, quase todo o tempo morando em Realengo, A. divorciou-se há três e mudou para o Entorno do Distrito Federal, onde vive há mais de 15 anos seu irmão mais velho, P., de 59. Uma irmã é dona de casa e vive com o marido, professor, há dez anos em Brasília. Outros dois irmãos ainda moram no Rio, um no Realengo.
Os Oliveira Alves, irmãos adotivos de Wellington, conheciam a maioria das famílias de adolescentes atacados. "Sou pai e avô e posso sentir o tamanho da dor dessas famílias. A única coisa que podemos fazer é lamentar do fundo do coração."
Retaliação. A vida da família está destruída. Ontem A. foi avisado pela empresa que está compulsoriamente de férias e deve aguardar em casa. Hipertenso e doente renal, P. teve ontem de ser internado. Pai de santo, ele comanda a Casa Afro-Cultural e Assistencial São Jorge, entidade filantrópica com registro ativo no governo federal, que recebe dinheiro público para atividades assistenciais. Por determinação policial, que considera elevado o risco de atentados, ele fechou o local por tempo indeterminado.
Infelizmente, além de tudo, inclusive de sua doença, ele havia sofrido bullying nessa mesma escola. Tanto da parte das meninas quanto dos rapazes que, inseguros de si e querendo agradar essas meninas, provavelmente o isolaram.
ResponderExcluirEmbora o ato dele não se torne menos condenável nisso tudo, antes de apontar o dedo e julgarmos a miséria alheia (a qual todos estamos sujeitos, em maior ou menor grau), é importante lembrarmos que tudo isso foi só o ponto culminante de uma série de circunstâncias anteriores.
É provável que, em um julgamento justo, os que o vitimizaram na época da escola (principalmente AS que o vitimizaram) teriam um juízo de reprovabilidade social tão grande quanto o dele. Pessoas essas que hoje vivem suas vidas normalmente e devem se considerar "normais" e "inocentes" (como, ademais, se algum de nós pudesse ser considerado totalmente inocente dos males do mundo).
Ao que parece, a família toda tem algum tipo de problema, porque a questão espiritual é muito complicada. O fato do irmão-primo ser pai de santo, já explica muita coisa, infelizmente! Que o Deus Todo Poderoso console o coração das milhares de pessoas que foram atingidas com esse ataque, inclusive a família (adotiva ou legítima) do morto atirador.
ResponderExcluirEstes são dias difíceis! Agora tá na moda usar o termo bullying para chamar de violência aquela antiga zoação dos tempos de escola. Tudo em nome da tal tolerância que exclui o que possivelmente possa ser objeto de recriminação.
ResponderExcluirEsta é uma artimanha astuta do espírito do anti-cristo para calar qualquer tipo de discurso pautado no cristianismo. Afinal, a Bíblia é clara ao falar sobre a condenação eterna dos efeminados.
E aê? A Bíblia, então, é um livro "buller"?
Alliado, eu não concordo com vc. Bullying é uma monstruosidade. Imagine uma criança que nasceu com orelhas "de abano" e é zoada por toda uma turma durante anos??? Isso não é aceitável! No caso do atirador, a questão era por ser efeminado... Mas e se fosse por não ter uma perna??? Ensinarei meu filho que esse caminho, o da zoação, não é o que Deus determinou. Deus ensina através da palavra que não podemos tacar pedras! Veja o caso de Maria Madalena e tantos outros na Palavra. Pecadores, cegos, servos do Senhor e etc... Só quem passou por um bullying sabe como isso é extremamente dolorido. Pelo visto, não é o seu caso. E um Cristão que não sofreu bullying (por ser cristão), é algo inacreditável.
ResponderExcluirPois é, Luana, criação de filho é algo muito particular, porque cada pai tem certeza de que sabe fazê-lo da melhor forma.
ResponderExcluirRespeito sua opinião, mas, discordo completamente, inclusive quando cita a passagem bíblica, a meu ver, num contexto totalmente diverso.
Também rechaço sua afirmação de que um cristão por essa condição, necessariamente precisa sofrer esse tal de bullying. Afinal, como disse o próprio Jesus, sejamos simples como uma pomba e astutos como uma serpente.
Permaneçamos firmes!
Subscrevo as palavras da Luana. Bullying é violência psicológica, e qualquer pessoa que concorde com isso precisa ir correndo ler a Bíblia e buscar a Cristo.
ResponderExcluirNão concordo com o bullying, mas, também não concordo com a exacerbação que tem sido feita em torno do assunto. É como dizer que "Chapolin Colorado" é um seriado que incentiva a violência infanto-juvenil devido ao seu martelo vermelho... Ora, ora...
ResponderExcluirE pelos que fazem tanta grita, afirmar que a família do tal assassino tinha problema pelo fato do "irmão-primo ser pai de santo" (segundo comentário da irmã Luana) é cometer bullying, pois, correlaciona um distúrbio com o credo de alguém...
Fui claro?
Permaneçamos firmes!
Sim, Alliadoo, eu entendo que não aceitar determinadas coisas que estão em desacordo com a palavra de Deus não pode ser considerado Bullying. Só que zoar, mesmo que seja o pecado, não é aceitável. Eu não tirei sarro do pai de santo, na verdade tenho muita pena dele. Muito sofrimento, com certeza.
ResponderExcluirEu entendo perfeitamente o seu ponto de vista... tem gente que pensa que bullying é uma justificativa para cometer outro pecado. Isso pra mim é uma loucura completa...
Entendo que tem gente que exagera na dose porque nem todos os problemas de relacionamento social podem ser classificados como bullying. A generalização é muito arriscada.
Bullying, virou um termo bonitinho para a antiga zoação! E não me venham com falsa hipocrisia de dizer que você nunca chamou uma amiguinha de "gordinha", ou nunca riu de um amigo mais dentucinho ( meu caso), ou falou que aquela menina magrinha nunca iria arrumar namorado, ou não venha me falar que o menino efeminado não ganhava apelidos nada agradáveis!
ResponderExcluirIsso é uma coisa tão natural, mas como o mal vem se instalando no mundo,a perversidade vem tomando conta do homem, e vemos casos como esse!
O bullying deve ser criminalizado. Esse é o resultado de que o bullying não é boa coisa.
ResponderExcluir