Não, não estamos falando de Bíblia, arqueologia ou engenharia, quando nos referimos acima à Torre de Babel. Embora o título induza a essas ideias pré-concebidas, de certa forma estamos nos reportando a esses temas, ainda que metaforicamente. A breve palestra de Patricia Ryan (video abaixo) é de uma preciosidade difícil de mensurar, e agradabilíssima de se ouvir. Ryan, que é professora de inglês em países árabes há 30 anos, recomenda que não se utilize exageradamente o idioma britânico nem se deprecie o valor da tradução para outras línguas, sob pena de que centenas (talvez milhares) de idiomas alternativos e pouco falados venham a morrer nas próximas décadas, além da possibilidade sempre presente de barrar o caminho brilhante de um gênio, que resolveria problemas crônicos da humanidade ou formularia teorias revolucionárias (como Einstein, por exemplo), só porque ele não passou nos testes oficiais (e altamente rentáveis - para quem os promove) de proficiência em inglês. Muito da riqueza da sabedoria humana se esconde na diversidade de linguagens que todos os povos utilizam. Logo, a Torre de Babel, quer você goste ou não do que a Bíblia diz, é uma síntese da riqueza cultural que este mundo produziu e queremos que continue produzindo. Vale a pena ouvir o que Patricia Ryan tem a dizer, sobretudo quanto ao seu conselho: "Don't insist on English!" ("não insistam no inglês!"):