180 mil pessoas de diferentes confissões religiosas marcharam ontem na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, pedindo tolerância e respeito entre todas elas. Não está relatada na notícia abaixo, do Extra, a presença de evangélicos entre os manifestantes, e nas entrelinhas fica a impressão de que eles é que são considerados os intolerantes que têm um "projeto de poder" a ser combatido. Pode ser apenas impressão, mas se uma grande parcela de "evangélicos" continuar com sua pregação ideológica (em vez de teológica) e seu comportamento de torcida organizada em saída de estádio, é bom se preparar para a oposição no mesmo nível:
Cento e oitenta mil pessoas marcham pela liberdade de fé em Copacabana
A orla de Copacabana amanheceu com um aroma bem diferente da maresia habitual. Vinha das mãos de adeptos da Umbanda e do Candomblé, que às 9h, já perfumavam a paisagem com as ervas que pitavam à espera da 4ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Junto a eles, católicos, judeus, muçulmanos, esotéricos, praticantes de Wicca, de inúmeras religiões e até de nenhuma seguiram do Posto 5 ao Leme contra o fim do preconceito.
Abençoada pelo sambista Arlindo Cruz, a caminhada reuniu 180 mil pessoas de acordo com a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
Quem comandou a manifestação pacífica foram os representantes dos diversos segmentos religiosos que lá estão presentes, até a tarde, entoando cânticos de louvor a Buda, Alá, Deus ou Olodumare, denominação de cada uma das crenças para a divindade suprema.
- Os intolerantes na sociedade brasileira têm um projeto de poder e é isso que estamos alertando hoje. Toda vez que você demoniza ou persegue é porque você quer dominar o outro - defendeu o representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, o babalaô Ivanir dos Santos.