A vida de cachorro que não pertence à gente diferenciada também anda difícil. Acabou pra eles a moleza de acompanharem os seus donos, que são fiéis vip's da exclusiva Igreja Católica da Assunção de Nossa Senhora, localizada no coração do elegante bairro dos Jardins, em São Paulo. O totó vai ter que esperar o dia de São Francisco de Assis pra ser benzido, segundo noticia o Jornal da Tarde:
Igreja proíbe animais em missa
MARICI CAPITELLI
Os fiéis, que se sentiam incomodados, reclamaram. E o conselho paroquial da Igreja Assunção de Nossa Senhora, nos Jardins, determinou que cachorros não podem mais acompanhar seus donos nas missas. A proibição, que começou a valer no mês passado, está sendo informada durante as celebrações dominicais e com um cartaz no mural de aviso logo na entrada. Mas, mesmo assim, a presença dos pets ainda tem causado confusão entre os fiéis.
“Já cheguei a contar seis cachorros em uma única missa. Tinha até um de grande porte”, disse José Lourenço, de 68 anos, que trabalha como voluntário na igreja. Os donos costumavam levar seus cães à missa das 11h30 de domingo, a mais concorrida, que chega a receber cerca de 700 fiéis.
Incomodados, frequentadores passaram a pedir providências para o padre. Argumentaram que os pets desviavam a atenção, que poderiam morder e que a igreja não é local para eles.
“Tomamos a decisão para atender a vontade da maioria”, explicou o cônego Severino Martins. Embora goste de animais, ele concorda que a “casa de Deus” não é o lugar ideal para eles. “Da mesma maneira que não se leva cachorro em Fóruns, na Sala São Paulo, também não é adequado na igreja.”
A Cúria Metropolitana não tem uma norma específica sobre o assunto. “Nem é preciso uma norma. É preciso apenas bom senso. A igreja preserva o carinho pelos animais. Mas não é o local para eles porque distraem as pessoas e causam incômodo”, diz o vigário episcopal para as comunicações da Cúria, Antonio Aparecido Pereira.
O padre Martins explica que os donos alegam que os animais fazem parte de suas vidas. “Só que é da vida deles, e não de quem está ao lado assistindo à missa.”
Os voluntários da igreja contam que uma proprietária chegou a entrar na fila da comunhão com o cachorro no colo. “Tive que colocar a hóstia na boca dela porque estava segurando o cão e não tinha como pegar”, lembra uma ministra.
Iracema Silva, de 73 anos, frequentadora da igreja, aplaudiu a decisão. Ela afirma que em várias missas de domingo a dona de um cão sentou-se a seu lado. “Tenho medo de cachorro. Fiquei muito tensa.”
A pedagoga Simone Hernandes, de 43 anos, estava em uma missa e um cachorro latiu. “Não chegou a incomodar, mas acho que se pode encontrar um jeito de deixar os cães do lado de fora, assim contempla todo mundo.”
Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César (Samorcc), também defende uma solução conjunta. “Não se pode simplesmente discriminar o animal. É preciso que eles tenham um espaço do lado de fora com segurança e água. Onde fiquem bem cuidados.” Segundo ela, a região tem muitos idosos e cães. “Muitas vezes, eles só têm o cão e a missa.”
“Já cheguei a contar seis cachorros em uma única missa. Tinha até um de grande porte”, disse José Lourenço, de 68 anos, que trabalha como voluntário na igreja. Os donos costumavam levar seus cães à missa das 11h30 de domingo, a mais concorrida, que chega a receber cerca de 700 fiéis.
Incomodados, frequentadores passaram a pedir providências para o padre. Argumentaram que os pets desviavam a atenção, que poderiam morder e que a igreja não é local para eles.
“Tomamos a decisão para atender a vontade da maioria”, explicou o cônego Severino Martins. Embora goste de animais, ele concorda que a “casa de Deus” não é o lugar ideal para eles. “Da mesma maneira que não se leva cachorro em Fóruns, na Sala São Paulo, também não é adequado na igreja.”
A Cúria Metropolitana não tem uma norma específica sobre o assunto. “Nem é preciso uma norma. É preciso apenas bom senso. A igreja preserva o carinho pelos animais. Mas não é o local para eles porque distraem as pessoas e causam incômodo”, diz o vigário episcopal para as comunicações da Cúria, Antonio Aparecido Pereira.
O padre Martins explica que os donos alegam que os animais fazem parte de suas vidas. “Só que é da vida deles, e não de quem está ao lado assistindo à missa.”
Os voluntários da igreja contam que uma proprietária chegou a entrar na fila da comunhão com o cachorro no colo. “Tive que colocar a hóstia na boca dela porque estava segurando o cão e não tinha como pegar”, lembra uma ministra.
Iracema Silva, de 73 anos, frequentadora da igreja, aplaudiu a decisão. Ela afirma que em várias missas de domingo a dona de um cão sentou-se a seu lado. “Tenho medo de cachorro. Fiquei muito tensa.”
A pedagoga Simone Hernandes, de 43 anos, estava em uma missa e um cachorro latiu. “Não chegou a incomodar, mas acho que se pode encontrar um jeito de deixar os cães do lado de fora, assim contempla todo mundo.”
Célia Marcondes, presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César (Samorcc), também defende uma solução conjunta. “Não se pode simplesmente discriminar o animal. É preciso que eles tenham um espaço do lado de fora com segurança e água. Onde fiquem bem cuidados.” Segundo ela, a região tem muitos idosos e cães. “Muitas vezes, eles só têm o cão e a missa.”