sábado, 25 de junho de 2011

Mano Menezes veta pastores na seleção brasileira

Ao contrário da era Dunga, em que a presença de um pastor evangélico era constante nos treinamentos e na concentração da seleção brasileira de futebol, além da influência do então assistente técnico Jorginho, o atual treinador, Mano Menezes, proibiu assistência religiosa de qualquer espécie, segundo noticia a Folha de S. Paulo na edição de hoje. Na matéria transcrita abaixo, destacamos alguns links sobre assuntos já publicados anteriormente neste blog:

Mano veta pastor na concentração

COPA AMÉRICA
Presença de religiosos e manifestações de crença, liberadas na era Dunga, agora são proibidas

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL

ENVIADOS ESPECIAIS A LOS CARDALES

O técnico Mano Menezes proibiu a presença de líderes religiosos na concentração da seleção na Copa América.

Durante a era Dunga (2006-2010), pastores tinham livre acesso aos bastidores do time nacional.

No Mundial da África do Sul, em 2010, o pastor Anselmo Alves frequentou o hotel da seleção para dar ajuda espiritual aos atletas de Dunga.

Nas folgas, como hoje, os jogadores têm liberdade para encontros religiosos.

A CBF também monitora o fervor religioso dos atletas.

Antes da estreia do Brasil -no dia 3 de julho, contra a Venezuela-, a entidade vai alertar os jogadores para evitar comemorações com mensagens religiosas.

Jogadores festejando gols com frases religiosas em camisetas e integrantes da comissão técnica comandando orações no centro do campo depois de conquistas de títulos eram hábito na seleção.

A Fifa já censurou a CBF por causa das manifestações religiosas dos atletas dentro de campo. Depois da conquista da Copa das Confederações de 2009, a federação pediu moderação na atitude dos atletas mais fiéis.

Na época, os jogadores da seleção fizeram uma roda no centro do campo e rezaram.

A Fifa informou que não puniria os atletas na ocasião porque a manifestação ocorreu depois do apito final.

Já no Mundial, a entidade comunicou que enviaria representante para monitorar as seleções, a fim de evitar mensagens religiosas. A Fifa não gosta de misturar futebol com política ou religião.

Depois da Copa do Mundo, a CBF escanteou a ala religiosa. Na comissão técnica e na administração da seleção, ela deixou o poder.

Na África do Sul, o auxiliar técnico Jorginho foi apontado como o responsável por aparelhar a delegação brasileira de evangélicos. Ele foi o responsável pela contratação de Marcelo Cabo para ser "espião" de Dunga na Copa.

Desconhecido no futebol, Cabo frequentava com Jorginho a Igreja Congregacional da Barra da Tijuca. O auxiliar técnico influiu até na escolha dos seguranças da seleção. Um deles foi colocado no posto por ser evangélico.

Dentro de campo, a força dos religiosos é menor e as manifestações públicas também são. O grupo perdeu força com as saídas de Kaká e Felipe Mello, que faziam questão de sempre expressar a fé nas entrevistas coletivas.

No ano passado, atletas do Santos -incluindo Ganso, Robinho e Neymar, que estão na seleção- se recusaram a visitar um centro espírita.

Argumentaram "motivos religiosos e outras coisas". Dias depois, pediram desculpas e fizeram uma visita ao local.

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