Matéria interessante do LiveScience, traduzida por Natasha Romanzoti e publicada no HypeScience:
Casais que envelhecem juntos são felizes ou tristes juntos
Segundo um novo estudo, os casais que envelhecem juntos entram em sintonia: seus níveis de felicidade aumentam e diminuem em sincronia.
Os pesquisadores analisaram dados de 178 casais (356 participantes no total), que foram seguidos por um período de 35 anos entre 1956 e 1991. A felicidade foi medida com a seguinte pergunta: “Você descreveria sua vida até agora como sendo…”. As respostas variaram de 1 a 5, sendo 1 “muito feliz” e 5 “muito infeliz”.
Eles usaram um estudo do envelhecimento no qual os dados são coletados a cada sete anos. Além da felicidade, foram levados em conta idade, educação, crianças e duração do casamento.
Os resultados mostraram que, se um dos cônjuges relatou altos níveis de felicidade, o outro cônjuge, inevitavelmente, disse o mesmo. Da mesma forma, se o membro de um casal mostrou mais felicidade em comparação com a pesquisa anterior, o outro parceiro também. Níveis de felicidade e mudanças na felicidade eram muito mais semelhantes entre casais do que entre homens e mulheres selecionados aleatoriamente.
Conforme as pessoas envelhecem e sua saúde piora, os pesquisadores esperavam que a felicidade também caísse. Mas as descobertas sugeriram que, apesar de haver alguns altos e baixos entre os casais, a felicidade média do grupo não mudou muito ao longo do tempo.
A conclusão é que a felicidade de um casal anda junto. Por quê? Os pesquisadores querem descobrir.
Será que a felicidade é contagiosa? A literatura sugere que quando se trata de felicidade e funcionamento emocional, muitas vezes os sentimentos do marido têm um forte impacto sobre os sentimentos da mulher do que vice-versa.
Outra pesquisa sugere uma espécie de contágio. Os resultados mostraram que, por exemplo, se um dos cônjuges tem um declínio na saúde, logo aparecem sintomas depressivos no outro cônjuge. E casais que envelhecem juntos tendem a se parecem um com o outro.
Os resultados sugerem um possível recurso para promover o envelhecimento saudável. Similar a um tratamento com pílula, um parceiro pode estimular sentimentos de bem-estar do outro parceiro.
Os pesquisadores esperam fazer estudos de acompanhamento para saber se o casamento pode ser bom para a saúde de uma pessoa. Por exemplo, uma pessoa que está muito feliz pode levantar a moral de sua esposa e isso pode servir como um recurso na velhice?
E isso pode ter dois lados, por exemplo, uma pessoa que está passando por um momento difícil pode acabar com o humor do seu parceiro?
A equipe também quer saber se o link com a felicidade só funciona para relacionamentos de longo prazo. Pesquisas sugerem que o bem-estar compartilhado não é o mesmo para casais com vários relacionamentos passados.