Dawkins de novo?
Sim, eu mesmo me aborreço de ter que ficar falando direto desse ególatra, mas ele se expõe tanto às custas de argumentação barata que seus adversários de retórica resolveram baixar o nível tanto quanto ele, e os seus fãs ateus que me perdoem, mas essas notícias ganham um destaque tão grande na mídia especializada que se torna impossível não reproduzi-las, ainda que os argumentos tacanhos de ambos os lados se limitem ao mais escrachado deboche.
Parece que Dawkins anda enfrentando o seu inferno astral.
Depois da invertida que tomou alguns dias atrás por não saber o título completo da obra-prima de Darwin, a bomba da vez vem da pena de Adam Lusher, em artigo publicado ontem, 19 de fevereiro, no jornal britânico The Telegraph, que revela que a fortuna amealhada pela família Dawkins tem um pé na senzala da Jamaica.
Um pé muito pesado, diga-se de passagem, já que um de seus ancestrais, Henry Dawkins, tinha uma fazenda de cana-de-açúcar na Jamaica, e os registros feitos por ocasião de sua morte, em 1744, indicam que ele tinha 1.013 escravos.
A propriedade de 400 acres da família Dawkins em Chipping Norton, Oxfordshire, foi comprada, nessa época e pelo menos em parte, com o dinheiro dessa empreitada escravocrata jamaicana.
Já a propriedade de Over Norton Park, herdada pelo pai de Richard Dawkins e que continua na família, foi comprada em 1726 por James Dawkins, irmão do tetravô do militante ateu, também chamado Henry Dawkins (filho caçula do Henry Dawkins acima).
Sim, eu mesmo me aborreço de ter que ficar falando direto desse ególatra, mas ele se expõe tanto às custas de argumentação barata que seus adversários de retórica resolveram baixar o nível tanto quanto ele, e os seus fãs ateus que me perdoem, mas essas notícias ganham um destaque tão grande na mídia especializada que se torna impossível não reproduzi-las, ainda que os argumentos tacanhos de ambos os lados se limitem ao mais escrachado deboche.
Parece que Dawkins anda enfrentando o seu inferno astral.
Depois da invertida que tomou alguns dias atrás por não saber o título completo da obra-prima de Darwin, a bomba da vez vem da pena de Adam Lusher, em artigo publicado ontem, 19 de fevereiro, no jornal britânico The Telegraph, que revela que a fortuna amealhada pela família Dawkins tem um pé na senzala da Jamaica.
Um pé muito pesado, diga-se de passagem, já que um de seus ancestrais, Henry Dawkins, tinha uma fazenda de cana-de-açúcar na Jamaica, e os registros feitos por ocasião de sua morte, em 1744, indicam que ele tinha 1.013 escravos.
A propriedade de 400 acres da família Dawkins em Chipping Norton, Oxfordshire, foi comprada, nessa época e pelo menos em parte, com o dinheiro dessa empreitada escravocrata jamaicana.
Já a propriedade de Over Norton Park, herdada pelo pai de Richard Dawkins e que continua na família, foi comprada em 1726 por James Dawkins, irmão do tetravô do militante ateu, também chamado Henry Dawkins (filho caçula do Henry Dawkins acima).
Curiosamente, o grande campeão da causa abolicionista na virada do século XVIII para o XIX foi o parlamentar evangélico William Wilberforce (1759-1833), cuja conversão em 1785 o moveu a batalhar incessantemente pelo fim do tráfico negreiro em todo o mundo.
Entretanto, numa de suas primeiras iniciativas legislativas para tentar acabar com a escravatura, em 1796, teve o voto contra do mesmo James Dawkins, que havia comprado a propriedade hoje em poder da família Dawkins.
O outro irmão de James e Henry, George Hay Dawkins Pennant (1764-1840), também combateu incessantemente o fim do comércio de escravos, chegando a dizer em 1831, dois anos antes da vitória final de Wilberforce com a abolição definitiva em terras britânicas, que "a rápida aniquilação da escravatura seria acompanhada pela devastação das colônias das Índias Ocidentais, com inevitável desconforto e miséria reservados à população negra".
Numa dessas coincidências macabras da história, o Relatório Anti-Escravidão de 1831 criticava os senhores de escravos na Jamaica por fazerem com que eles trabalhassem aos domingos e assim não podiam frequentar os serviços religiosos, condenando-os "ao trabalho duro e ao secularismo".
Entretanto, numa de suas primeiras iniciativas legislativas para tentar acabar com a escravatura, em 1796, teve o voto contra do mesmo James Dawkins, que havia comprado a propriedade hoje em poder da família Dawkins.
O outro irmão de James e Henry, George Hay Dawkins Pennant (1764-1840), também combateu incessantemente o fim do comércio de escravos, chegando a dizer em 1831, dois anos antes da vitória final de Wilberforce com a abolição definitiva em terras britânicas, que "a rápida aniquilação da escravatura seria acompanhada pela devastação das colônias das Índias Ocidentais, com inevitável desconforto e miséria reservados à população negra".
Numa dessas coincidências macabras da história, o Relatório Anti-Escravidão de 1831 criticava os senhores de escravos na Jamaica por fazerem com que eles trabalhassem aos domingos e assim não podiam frequentar os serviços religiosos, condenando-os "ao trabalho duro e ao secularismo".
Como era de se esperar, Richard Dawkins tem ficado bastante irritado quando alguém lhe pergunta sobre o passado escravagista da família, respondendo, bem ao seu estilo, que apenas 1 em 512 genes dele descendem do senhor de engenho jamaicano, além de dizer que a propriedade herdada não dá lucro.
Entretanto, também no estilo bullying do qual ele rotineiramente lança mão, já tem gente se movimentando para exigir reparações da família Dawkins por sua oposição ferrenha ao abolicionismo em séculos passados.
Justo ele que gosta tanto de criticar a escravidão na Bíblia e tem um documentário de 2007 intitulado "Escravos da Superstição", agora tem um bode escravocrata enorme bem no meio de sua sala.
Como diria o caipira, né, Dawkins: "pimentabilis annus outrem refrescorum est"... nada como um século atrás do outro...
Entretanto, também no estilo bullying do qual ele rotineiramente lança mão, já tem gente se movimentando para exigir reparações da família Dawkins por sua oposição ferrenha ao abolicionismo em séculos passados.
Justo ele que gosta tanto de criticar a escravidão na Bíblia e tem um documentário de 2007 intitulado "Escravos da Superstição", agora tem um bode escravocrata enorme bem no meio de sua sala.
Como diria o caipira, né, Dawkins: "pimentabilis annus outrem refrescorum est"... nada como um século atrás do outro...
Wow, 80 pessoas inscritas nisso aqui? Impressionante o mal gosto que alguns aceitam ter...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, anônimo, e por vir aqui confirmar o nível de argumentação dos ateus. Se nos permite aumentá-lo um pouquinho, mau se escreve com U nesse caso. MAL é advérbio, MAU é adjetivo ou substantivo. Esperamos tê-lo ajudado... obrigado!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluireu tenho que rir desses fanáticos
Querem sujar Dawkins com coisas que os tatatatatatatatavós dele fizeram? Putz, é muita idiotisse!
Sabe-se lá o que meus antepassados fizeram?
Sabe-se lá o que os antepassados desses fanáticos burros fizeram também?
Sabe-se lá o que os antepassados do autor desse blog fizeram?
Se o pai do pai do pai do pai do pai... do meu pai tivesse sido um pirata que invadia cidades e saqueavam comercios, logo eu deveria preso por causa disso? Na cabeça louca de vocês sim.
Tipo, a hipocrisia dos mesmos é tão grande que se quer pensam que estão julgando alguém, ignorando completamente o que a gibíblia, aquele livro tosco que eles juram de pés junto que seguem, que diz "Não julgue para não ser julgado".
Você pode provar que nenhum ancestral seu nunca, nunca, nunca, nenhumzinho cometeu delitos ou tiveram atitudes criminosas? Se pode "que a primeira pedra", também está lá na sua gibíblia.
Obrigado pelo comentário, Felipe!
ResponderExcluirFico feliz por você perceber que o sarcasmo e a hipocrisia também são maneiras baixas de se argumentar, só que o Sr. Dawkins jogava isso na cara de todo mundo enquanto fazia cara de paisagem. Agora que descobriram muitos esqueletos no armário dele, chegou a hora dele experimentar do próprio veneno retórico...
E, cá entre nós, "gibíblia" é muito fraquinho, coisa de teen que sofreu bullying na escola e agora quer parecer cool virando ateu e arranjando inimigos imaginários... melhoras!
Ver o Dawkins experimentando do seu próprio veneno é bom, mas ver neo-ateu birrento chorando por aqui... NÃO TEM PREÇO.
ResponderExcluirAHAHA
e o Felipe ainda escreve idiotiCe com SS...
ExcluirEngraçado... Os ateus sempre levantam a questão da escravidão no passado como argumento contra a religião, como se todo religioso hoje defendesse que a escravidão é algo necessário, mas agora ficam todos ofendidos quando o mesmo argumento é usado contra Dawkins? E ainda vem falar de hipocrisia?
ResponderExcluirSe você quer dizer que a Bíblia que usamos não condena a escravidão (sem fazer as devidas contextualizações) então podemos dizer que o Dawkins ainda se beneficia do dinheiro que seus parentes escravagistas fizeram. Como a história é irônica, não?
Por isto mesmo a Bíblia se cumpre mais uma vez... Os ateus de tanto julgarem, acabaram sendo julgados.
A crença ateísta fornece os "sustentáculos" dos mais insípidos para as mesma. Mas é engraçado as ideias da crença ateísta tanto quanto a um teísta de fé cega
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