segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Eddie Long, de pastor suspeito de pedofilia a rei do universo



Poder, sexo e dinheiro. Dizem que essas três coisas movem o mundo. 

No caso do pastor Eddie Long, da Igreja Batista Missionária do Novo Nascimento, mais uma das muitas mega-igrejas norteamericanas, essa localizada na área metropolitana de Atlanta, capital da Georgia, parece que está fazendo de tudo para saber se a sabedoria popular se confirma. 

Apesar da proximidade com o ex-presidente George W. Bush (foto acima), ele já foi investigado pelo Senado dos Estados Unidos em 2007, juntamente com Benny Hinn e Joyce Meyer, entre outros, por suspeita de enriquecimento ilícito. 

Em 2010, três rapazes que haviam frequentado sua igreja o acusaram de pedofilia, de tê-los seduzido e forçado a ter relações sexuais com ele quando os três ainda eram menores de idade. 

Foi daí que vieram a público as fotos narcisistas abaixo, em que Long se fotografa no espelho exibindo seus dotes físicos. 

O escândalo tomou proporções ainda maiores porque Eddie Long sempre foi (mais) um dos pastores norteamericanos que mais pregavam contra o homossexualismo, e o caso teve uma enorme repercussão. 

Segundo a denúncia dos jovens, à qual se juntou um quarto rapaz de Charlotte, Carolina do Norte, Long empregava os rapazes na folha de pagamento da igreja, e os cobria de presentes que variavam de roupas de grife a carros, além de levá-los como companhia exclusiva em viagens (muito) prazerosas ao redor do mundo. 

As partes envolvidas terminaram fazendo um acordo $ecreto fora dos tribunais, na base do "abafa!" mesmo, o que evitou que as denúncias fossem cabalmente apuradas. 

Long, então, fez um retorno supostamente humilde, mas triunfal, ao púlpito de sua igreja, bem no estilo de tantos outros "pastores" que são pegos com a boca na botija ou dólares na Bíblia: se dizem perseguidos, vilipendiados, etc., mas nunca tocam diretamente nas denúncias que os levaram àquela situação. 

A culpa é sempre dos outros, o que não deixa de ter um fundo de verdade, já que são "outros" que confiam cegamente neles e sustentam o hedonismo caríssimo de suas vidas nababescas. Suspeito, entretanto, que o inferno esteja cheio de meias-verdades...



Agora, o blog do Cristiano Santana trouxe à baila um vídeo (que segue abaixo), em que Long é "entronizado" dentro da sua igreja por um pregador judeu-messiânico (sósia do Mike Murdoch do Malafaia, por sinal), que lhe dá a Torah, o livro sagrado judaico, para apresentá-lo como uma espécie de "rei do universo", do qual procedem bênçãos e juízos sobre tudo e todos, ou seja, uma versão gospel turbinada de "deus de Atlanta da prosperidade". 

O tal "rabino" diz ainda que o pergaminho da Torah teria a idade de 312 anos e havia sido resgatado do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. P

ara eles não basta profanar a religião dos outros, é preciso detonar também com o holocausto perpetrado pelos nazistas. 

Cá entre nós, chega a ser inacreditável que tanta gente se deixe levar por esses delírios. Mas nem o alto potencial do autoengano coletivo justifica. 

Tirando o risível sofrimento de seus súditos tendo que carregá-lo no trono (Long anda meio pesado ultimamente), é mais um daqueles espetáculos grotescos que muitos evangélicos fazem hoje em dia, infelizmente, apenas para desonrar o evangelho que dizem pregar. 

Se há alguma coisa boa nisso, é que fica cada vez mais fácil e claro identificar quem NÃO é cristão. 

A cena esdrúxula provocou reação também da comunidade judaica norteamericana, que - com toda a razão - viu no uso da Torah nessa, com o perdão da palavra, "palhaçada" uma profanação do seu culto. 

O próprio Eddie Long, segundo noticia a CNN, já tratou de pedir desculpas aos judeus pela imbecilidade que patrocinou. 

Isto faz girar o holofote também nos tais "judeus messiânicos", que têm lugar de honra hoje em muitas igrejas supostamente cristãs que adotam - cada dia mais - práticas judaizantes. 

Eu sempre me lembro do que o rabino Henry Sobel disse certa vez a respeito deles: "não são judeus nem cristãos, e desonram ambas as religiões". 

Aliás, eles têm todo o direito de acreditar no que quiserem, mas daí a levá-los ao altar como cristãos verdadeiros para entronizar um pastor com esse currículo vai uma longa distância. 

É triste ver como o nome de Deus e a Bíblia (no caso, a Torah) são vergonhosamente utilizados nesses surtos megalomaníacos. 

Não devemos nos surpreender, entretanto. Jesus já alertava que "levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mateus 24:11-12). 

A terrível constatação de que restam poucos cristãos verdadeiros no mundo, apesar dos milhões que dizem professar a "fé na fé", deve ser motivo para que levantemos nossa voz e cantemos "Maranata, volta logo Senhor Jesus"!




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